A religiosidade popular criou uma série de atos de piedade ao longo da Semana Santa que não constam na Liturgia oficial. Por exemplo, as procissões. A liturgia prevê apenas a procissão do Domingo de Ramos (a pequena procissão com as Espécies Sagradas após a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa e a procissão com o Círio aceso na Vigília Pascal). Mas criaram-se outras, a do Bom Jesus dos Passos, a Procissão do Encontro, a Procissão do Senhor Morto, após a encenação da Paixão, a Caminhada do Silêncio, a Procissão da Ressurreição...Além de manifestações folclóricas, como a Malhação do Judas...
Duas coisas parecem importantes: 1. O respeito pela piedade popular, encarnada na cultura de um povo e de um lugar. Num tempo em que o povo não entendia as cerimônias da Semana Santa e pouco participava, foram surgido expressões populares de piedade, de fé e de compaixão. 2. Insistência no essencial. O essencial é a Liturgia da Igreja. E, dentro de todo esse tempo, a Ressurreição é o grande farol que nos guia. Por tanto, não substituir o essencial pelo menos importante. Alguns atos deveriam ser evitados: Malhação do Judas, autoflagelação, crucifixão de pessoas.
Fonte: Quaresma, Páscoa e Pentecostes
Pe. José Bortolini.
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