quinta-feira, 31 de maio de 2012

SINAIS DO NOSSO TEMPO


1.     Fome de espiritualidade. Há uma procura intensa de oração, meditação, retiros, religiões e religiosidades. Eis um campo fértil para o neoconservadorismo, o fundamentalismo e a exploração religiosa. As catástrofes naturais, o câncer, as epidemias, a desestruturação da família, a violência formam um conjunto de causas que está na origem desta procura de espiritualidade. A função da religião é a ligação com Deus e com os irmãos e a fé se expressa no amor fraterno. A verdadeira religião socorre órfãos, viúvas, pobres, excluídos.
2.     O individualismo. Auto suficiência, independência, auto realização, satisfação pessoal, auto projeção são expressões da força do individualismo, da “cultura do ego”. Quanto mais independência, isolamento, autonomia mais ilusão, sofrimento e destruição dos valores se impõem e novas ditaduras nos escravizam. Sem comunicação, relacionamento, abertura não saímos do infantilismo e da agressividade. Crescemos graças à comunicação, ao encontro e à interdependência. A vocação do ser humano é ser excêntrico, sair de si e fazer o outro nosso verdadeiro centro.
3.     As organizações populares. Mulheres, negros, índios, operários, camponeses se organizam para vencer a fome, a exclusão, o racismo. A voz dos sem voz agora pode ser ouvida. Manifesta-se a força a força dos pequenos como germe de um novo mundo. A solidariedade está se globalizando e as vítimas alcançam vitórias. as Escrituras Sagradas falam que os fracos confundem os fortes, os que estão no lixo sentam-se entre os nobres, as estéreis dão à luz e os famintos serão saciados.
4.     As maravilhas da ciência. Sentimentos de gratidão e assombro nos invadem mediante o avanço cientifico e as novas tecnologias. Estudamos os prótons, elétrons, o átomo, as células, as amebas etc e ao mesmo tempo recebemos informações sobre as galáxias, o fundo dos mares, o poder do DNA, o mistério do coração e da alma humana desvendado pela psicologia. Ciência e religião se abraçam e os desvios da ciência são corrigidos pelos profetas e teólogos. Não devemos perder nossa capacidade de maravilhamento e fascinação como também o sentimento de gratidão.
5.     A bioética, outro sinal dos tempos bem especifico é a bioética. É um fenômeno cientifico que pela sua incidência na ética e na sociedade, torna-se uma revolução cultural. Embriões congelados, células tronco embrionárias desrespeitadas, barriga de aluguel, suicídio assistido são sinais de um poder cientifico divinizado em detrimento do respeito à vida, à dignidade do embrião, ao valor do matrimônio e da família. Luzes e sombras pairam sobre as descobertas da bioética. A ciência é um precioso serviço ao bem integral da vida e da dignidade de cada ser humano. Mas uma ciência que não leva em conta a consciência, perde sua vocação de promotora da vida e da pessoa.
6.     Depressão. São muitos os golpes da vida que levam à depressão. O famoso “triângulo da depressão” é um ciclo de dores: a ansiedade, a culpa, a amargura. O sentimento de rejeição, a falta de afeto, de elogio, de valorização, as perdas não trabalhadas, as mágoas não perdoadas levam à depressão. Há, porém, eficazes remédios para a depressão como: a fé, a aceitação de si, o perdão, o trabalho, o lazer. Assim, transformamos nossas feridas em pérolas, nossas crises em revitalização. Tudo pode ser reconstruído porque tudo tem sentido. Quem acredita no seu lado saudável e na sua bondade original vence a depressão. É preciso alimentar nossa sanidade e ter expectativa de melhora e de cura. Muitas pessoas se curam no Sacramento da Confissão. Para obter a cura precisamos de perseverança, disciplina e esperança lembrando as boas experiências do passado. Quem abandona o sentimento de vítima e assume a responsabilidade por si mesmo encontrou o caminho da cura.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mistério que está dentro de nós

Os encontros de nossas comunidades e nossas orações em geral são iniciados com o sinal da cruz, proclamando “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. 

Recordamos o amor do Pai celeste pelas criaturas humanas, o dom da graça que Jesus nos fez tornando-nos seus irmãos, e a comunhão com Deus que é realizada pelo Espírito Santo operada em nós. Pedimos ao Senhor que nos ajude, que seu mistério se renove sempre em nós. 

Festejamos aniversários, especialmente de nascimento. Um dia, nascemos para a vida cristã: com o rito do batismo nos tornamos filhos de Deus. Porém quase nunca o festejamos. Nesse dia aconteceu um fato extraordinário, alguém realizou o mandamento que Jesus tinha dado aos apóstolos: “Ide por todo o mundo, ensinai a todas as gentes e batizai-as ‘em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’ ”. 

Naquele dia o mistério da Trindade, escondido em Deus desde sempre, deitou raiz profunda em nosso coração, Deus tomou posse de nós de modo especial. 

Pertencíamos já a Deus, porque todas as criaturas lhe pertencem, como recorda o apóstolo Paulo: “Nele vivemos, nos movemos e somos”. Mas naquele dia, nascemos para a vida da graça; o Pai, o Filho e o Espírito Santo tomaram posse de nosso coração e nos fizeram fortes na fé. 

A Igreja nos propõe hoje meditar o mistério da Trindade. Não uma verdade abstrata, confinada nas nuvens ou nos grossos volumes das bibliotecas, mas profunda, íntima a nós mesmos. Uma realidade que carregamos dentro. Trata-se porém de um mistério, e o que se pode dizer de um mistério? Quem o compreende? Não devemos admirar-nos tanto; nossa vida se desenrola normalmente em meio a tantos mistérios. 

É misteriosa até a corrente elétrica. Nem mesmo os cientistas compreenderam até agora o que é a eletricidade; não é surpresa compreender em profundidade o mistério de Deus. 

Sobre a Trindade, aprendemos no catecismo: em Deus existem três pessoas em uma só natureza. Não é fácil nem mesmo para os grandes cérebros, acostumar-se com o mistério insondável de Deus. 

Existem outras perguntas. Por exemplo: como sabemos que em Deus existem três pessoas? Com que raciocínios abstratos, pesquisas, os teólogos chegaram a essa conclusão. A resposta é simples: sabemos porque Jesus nos disse. Os apóstolos creram em Jesus. Os evangelistas escreveram. A Igreja continua a anunciar. O fato é este: Jesus anunciou aos homens o Pai e seu amor por nós; apresentou a si mesmo como Filho; prometeu e depois enviou aos apóstolos o Espírito Santo que opera sem cessar nas consciências e na Igreja. E Jesus, como no evangelho de Mateus 28, 16-20, mandou os apóstolos ir por todo o mundo a ensinar a boa notícia e a batizar em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. 

Temos estes pontos firmemente. Outra luz se acende se consideramos que Deus é amor. Esta é a insuperável definição de Deus dada pelo apóstolo João. Porque Deus é amor, o mistério trinitário é um mistério de amor. Existe um Pai, existe um Filho. São termos da família humana. João Paulo II em um discurso expôs esta idéia singular: “Deus não é uma solidão, é uma família”. 

Usamos linguagem humana que sabemos imperfeita, o que quer dizer: Deus Pai ama o Filho, e por sua vez é amado pelo Filho. Esta dupla corrente de amor, em Deus, se faz concreta, real, torna-se pessoa: o Espírito Santo. O Espírito Santo, dizem os teólogos que refletiram sobre o Evangelho, é o amor recíproco do Pai e do Filho, feito pessoa. 

Quando sentimos um impulso para o bem, é ele que nos fala e nos assiste. Quando fazemos alguma coisa de bom é a força de Deus que opera em nós. 

A festa de Pentecostes, que vivemos na semana passada, nos ensine a ser mais atentos ao Espírito de Jesus que quer operar os seus prodígios também em nós e por meio de nós. Assim poderemos testemunhar o evangelho hoje e sempre. 

Nós rezamos na liturgia: “Ó Pai, com vosso Filho e o Espírito Santo sois um só Deus e um só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que revelastes, e nós cremos a respeito de vossa glória, atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo. E proclamando que sois o Deus verdadeiro, adoramos cada uma das pessoas, da mesma natureza e igual majestade”.


Cardeal Geraldo Majella Agnelo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Como retomar a vida de oração?


A oração é o oxigênio da alma. “Para mim a oração é um impulso do coração, é um olhar dirigido ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria” (Santa Teresinha do Menino Jesus). 

Então, vamos começar pela oração, nós precisamos orar, rezar, conversar com Deus sempre, como nos ensinou Jesus, que orava sem cessar buscando ocasiões para entrar em profunda intimidade com o Pai. Reze com o que está no seu coração, quer seja bom ou ruim, pois na oração nada se perde, tudo se transforma em matéria-prima para Deus, que nos ama, realizar o milagre de que necessitamos. “Tudo pode ser mudado pelo poder da Oração”. 

Por isso, escolha todos os dias um horário para fazer sua oração pessoal ou ore o dia todo fazendo o que estiver fazendo; é a oração ao ritmo da nossa vida. Isso nos coloca o tempo todo na presença do Senhor, alimento forte e substancioso. É necessário que essa prática seja fiel e perseverante para se tornar uma coisa normal e habitual em nossa vida, como se alimentar todo dia e várias vezes por dia. A oração com a Palavra de Deus nos manterá de pé e reconheceremos melhor o Senhor e Sua promessa de salvação; Sua Palavra forma nossa mentalidade nos moldes do Reino de Deus. 

A Eucaristia, a Santa Missa é o alimento mais forte, pois comungamos o próprio Jesus, nossa vida. Muitas vezes, trabalhamos demais, temos tempo para tudo, para o lazer, para conversar, ver televisão, passear no shopping, mas para parar um pouquinho para repor as “energias” espirituais não damos muita importância. Por isso, existem pessoas morrendo no pecado e numa vida vazia, pois estão “anêmicas” de Deus, com anemia espiritual. Nessa hora, é preciso buscar a ajuda certa, como fez aquela senhora: buscou no Sacramento da Confissão o diagnóstico e o remédio para ser curada e liberta do males da alma. 

Cuidado para não buscar alimentos e remédios em falsas doutrinas. Eles são como um alimento falso, que não resolve, pode ser até um paliativo, que engana, mas não cura e pode até levar à morte. Você vai perdendo energia e sangue sem perceber, como nos diz São Paulo: “Enfim fortalecei-vos no Senhor, no poder de sua força, revesti-vos da armadura de Deus, pra que possais resistir às ciladas do diabo. Pois nossa luta não é contra homens de carne e sangue, mas contra os principados, as potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos espalhados pelos ares. Por isso, protegei-vos com a armadura de Deus” (cf. Efésios 6, 10-13). Neste caso, o melhor é buscar uma direção espiritual, um sacerdote ou uma pessoa mais madura na fé de sua comunidade para ouvi-lo e rezar por você, pois alimento ou medicamento errado pode matar. 

Sem disciplina não se chega a lugar nenhum em tudo que a gente se propõe fazer, quer seja no trabalho, quer seja nos estudos e também na vida de oração: “Sem disciplina não há santidade”. 

Portanto, o primeiro passo é começar a rezar, reconhecer que está com anemia espiritual e acreditar que acima de tudo Deus me ama e me espera de braços abertos na confissão, na Eucaristia, no grupo de oração, na partilha, na direção espiritual e no simples terço com Maria. Deus me vê, não é indiferente à minha dor, Deus me entende, quer me envolver de amor. 

Rezemos juntos: Pai santo, Pai amado, livrai-me de toda doença espiritual, psicológica ou física e derramai sobre mim o Vosso Espírito Santo, para encher-me de força e de vida, para me ensinar a rezar, vem e curai-me, libertai-me, pois eu quero viver. Dai-me o dom da fortaleza, para me libertar de toda tibieza, abatimento, sentimento de derrota e frieza espiritual, quero vencer através da oração e do louvor. Amém. 

Conte sempre com minhas orações. 

Pe. Luizinho
Visite: blog.cancaonova.com/padreluizinho

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Solenidade do Pentecostes

No dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu com poder sobre os Apóstolos; teve assim início a missão da Igreja no mundo. O próprio Jesus tinha preparado os Onze para esta missão aparecendo-lhes várias vezes depois da sua ressurreição (cf. Act 1, 3). Antes da ascensão ao Céu, ordenou que "não se afastassem de Jerusalém, mas que aguardassem que se cumprisse a promessa do Pai" (cf. Act 1, 4-5); isto é, pediu que permanecessem juntos para se prepararem para receber o dom do Espírito Santo. E eles reuniram-se em oração com Maria no Cenáculo à espera do acontecimento prometido (cf. Act 1,14). 

Permanecer juntos foi a condição exigida por Jesus para receber o dom do Espírito Santo; pressuposto da sua concórdia foi uma oração prolongada. Desta forma, encontramos delineada uma formidável lição para cada comunidade cristã. Por vezes pensa-se que a eficiência missionária dependa principalmente de uma programação atenta e da sucessiva inteligente realização mediante um empenho concreto. 

Sem dúvida, o Senhor pede a nossa colaboração, mas antes de qualquer resposta nossa é necessária a sua iniciativa: é o seu Espírito o verdadeiro protagonista da Igreja. As raízes do nosso ser e do nosso agir estão no silêncio sábio e providente de Deus. 

As imagens que São Lucas usa para indicar o irromper do Espírito Santo o vento e o fogo recordam o Sinai, onde Deus se tinha revelado ao povo de Israel e lhe tinha concedido a sua aliança (cf. Êx 19, 3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava cinquenta dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Falando de línguas de fogo (cf. Act 2, 3), São Lucas quer representar o Pentecostes como um novo Sinai, como a festa do novo Pacto, na qual a Aliança com Israel se alarga a todos os povos da Terra. A Igreja é católica e missionária desde a sua origem. A universalidade da salvação é significativamente evidenciada pelo elenco das numerosas etnias a que pertencem todos os que ouvem o primeiro anúncio dos Apóstolos (cf. Act 2, 9-11). 

O Povo de Deus, que tinha encontrado no Sinai a sua primeira configuração, hoje é ampliado a ponto de não conhecer qualquer fronteira de raça, cultura, espaço ou tempo. Diferentemente do que tinha acontecido com a torre de Babel (cf. Jo 11, 1-9), quando os homens, intencionados a construir com as suas mãos um caminho para o céu, tinham acabado por destruir a sua própria capacidade de se compreenderem reciprocamente. No Pentecostes o Espírito, com o dom das línguas, mostra que a sua presença une e transforma a confusão em comunhão. O orgulho e o egoísmo do homem geram sempre divisões, erguem muros de indiferença, de ódio e de violência. 

O Espírito Santo, ao contrário, torna os corações capazes de compreender as línguas de todos, porque restabelece a ponte da comunicação autêntica entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é Amor. 

Mas como entrar no mistério do Espírito Santo, como compreender o segredo do Amor? A página evangélica conduz-nos hoje ao Cenáculo onde, tendo terminado a última Ceia, um sentido de desorientação entristece os Apóstolos. A razão é que as palavras de Jesus suscitam interrogativos preocupantes: Ele fala do ódio do mundo para com Ele e para com os seus, fala de uma sua misteriosa partida e há muitas outras coisas ainda para dizer, mas no momento os Apóstolos não são capazes de carrregar o seu peso (cf. Jo 16, 12). Para os confortar explica o significado do seu afastamento: irá mas voltará; entretanto não os abandonará, não os deixará órfãos. 

Enviará o Consolador, o Espírito do Pai, e será o Espírito que dará a conhecer que a obra de Cristo é obra de amor: amor d'Ele que se ofereceu, amor do Pai que o concedeu. 

É este o mistério do Pentecostes: o Espírito Santo ilumina o espírito humano e, revelando Cristo crucificado e ressuscitado, indica o caminho para se tornar mais semelhantes a Ele, isto é, ser "expressão e instrumento do amor que d'Ele promana" (Deus caritas est 33). 

Reunida com Maria, como na sua origem, a Igreja hoje reza: "Veni Sancte Spiritus! Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis e acende neles o fogo do teu amor!". 

Amém.



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quinta-feira, 24 de maio de 2012

A arte de envelhecer


Dizem que saber envelhecer é o mesmo que produzir uma obra de arte no dia-a-dia. E verdade, pois as coisas não acontecem da noite para o dia. De forma natural, no decorrer da vida, vamos nos encaixando a elas e modificando nosso modo de ser, mesmo sem querer. Entender que a velhice está implícita na juventude, da mesma forma que a morte na vida, é uma maneira de aceitar os aspectos opostos da existência. O segredo do saber envelhecer é conservar a auto-estima, continuando a ser interessante para si próprio e para os outros. Amar a vida, as pessoas, alimentar sonhos, ocupar a mente com alguma atividade são excelentes formas de manter-se emocionalmente equilibrado.

Dizem os geriatras que as pessoas devem fazer exercícios físicos e mentais em todas as fases da vida, cuidando do corpo com uma alimentação sadia, sem excessos, sem abusos, exercitando-se com algum trabalho, mesmo quando aposentadas. Assim, é evidente que com a idade deve haver uma evolução: mudança de hábitos, formas de se comportar, se vestir etc.

É importante, ainda, cultivar as amizades, acompanhar o crescimento e a mudança dos jovens, sem o isolamento próprio de quem se acha fora de época. O elemento fundamental para isso é manter o interesse pela vida e continuar amando. Raramente quem teve muitos amigos, doou muito de si e se preocupou com os outros termina sua vida sozinho. Por isso, buscar novas amizades, inclusive jovens, permite um contínuo renovar-se. O mundo de hoje é muito agressivo e, se a pessoa não se coloca dentro dele, acaba marginalizada por seu próprio modo de vida.

A maior sabedoria não está em saber envelhecer, mas em como viver, de forma sábia, o dia-a-dia. É uma decorrência natural, pois geralmente não sentimos que estamos envelhecendo e não nos consideramos velhos quando atingimos uma idade mais madura.
O ser humano normal gosta de viver, de participar, de trocar experiências, enriquecendo a si e aos outros. O importante é não julgar que já não se pode curtir as coisas boas que a vida oferece, porque a velhice chegou. À medida que a pessoa caminha em idade, não apenas enriquece a cabeça, o espírito. De certa forma, construiu alguma coisa. É hora, então, de curtir suas realizações. Como? Sendo o mais natural possível.

As pessoas excessivamente vaidosas, quando envelhecem, não querem fazer mais nada, porque se julgam velhas. Outras, por pequenos achaques físicos, se acham no fim. Há também as que se refugiam atrás das dores para justificar seu afastamento social. Quem, sem causa justificada, se deixa abater quando envelhece jamais viveu com garra e entusiasmo a própria vida.

A preparação para a velhice acontece ao longo da vida: vivendo. Ninguém pára para dizer que fez 50, 60 ou 70 anos. Os anos vão se sucedendo no nosso fazer, descobrir, curtir, viver. Na terceira idade, a pessoa ama da mesma forma, só que valoriza bem mais a qualidade do que a quantidade das coisas. Por isso é possível curtir tudo com mais intensidade.

Da mesma forma que se educa uma criança desde o dia em que nasce para ser honesta, equilibrada e trabalhadora, educamo-nos diariamente para a velhice, conhecendo-nos melhor, usando como bandeira as próprias qualidades, discernindo os atos pessoais, e tentando ver onde estão as falhas para corrigi-las, sem lhes passar um spray. Ávida se renova a cada dia, e é preciso acompanhá-la. Quem não se interessa por isso é velho, mesmo que tenha 20 anos de idade.

A pessoa envelhece mantendo e acentuando suas próprias características. Quem normalmente é neurastênico, será um velho chato e insuportável, pois sem as censuras normais das outras idades, mostrará com mais naturalidade sua irritabilidade. Ao contrário, quem é dócil, manso, será um velhinho doce, que agrada a todo mundo. Basta observar as pessoas que vivem ao nosso lado. Nesse particular, entra muito, também, a forma como a pessoa aceitou as oportunidades de crescimento que a vida lhe ofereceu.

A idade madura e a velhice evidenciam a experiência. Saliento a sabedoria de minha mãe ao dizer que ela não é velha, é antiga. O antigo tem valor cultural, de conhecimento, experiência, beleza, sabedoria, história. Assim deveriam ser considerados os nossos velhos, por nós e pela sociedade.

Por: Maria Helena Brito Izzo
Psicóloga e terapeuta familiar. Fonte: Revista Família Cristã

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Religiosos destacam importância da catequese familiar

A solução para tantos problemas que a família enfrenta hoje pode estar dentro da própria família. A maior presença dos pais na vida de seus filhos, em especial na iniciação da criança na vida religiosa, pode ser um caminho para os filhos aprenderem valores que possam transformar a realidade social.

O início da vida religiosa da criança geralmente acontece na catequese, mas se engana quem pensa que está é uma tarefa da Igreja. A coordenadora da catequese de Primeira Eucaristia na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Lorena (SP), Rosa Helena Gonçalves Valentim Correa, diz que o processo começa diretamente em casa desde quando a criança nasce, sendo os pais os primeiros catequistas de seus filhos. 

Rosa defende que essa presença dos pais é importante, principalmente tendo em vista o papel desempenhado por eles. “Ensinar a Palavra, o amor, primeiramente a Deus, também à Igreja e ensinar também o respeito. Tudo isso vem de casa então a importância dos pais é eles passarem para seus filhos esse amor que eles mesmos têm por Deus”, disse a catequista.

O grande problema, segundo Rosa, é que hoje os pais não têm tempo para ensinar os filhos e estão muito distantes. “Eles (os pais) não dão muita importância e querem jogar os filhos para a Igreja para eles aprenderem”, comentou. 

Catequese familiar

O assessor da Comissão Episcopal para Vida e Família da CNBB, padre Wladimir Porreca, não só reforçou a importância dos pais na vida religiosa dos filhos como destacou a necessidade de se ter uma catequese familiar. 

“Eu defendo que a catequese seja formada por pais. A Igreja vai instruir esses pais e se precisar dar uma segunda catequese. Temos de ajudar os pais a educar os seus filhos, e não educar os filhos para os pais”, enfatizou. Ele completou dizendo que, quando isso não acontece, está havendo aí também uma terceirização da religião. 

Padre Wladimir ressaltou ainda que a fala dos pais marca profundamente a criança de forma que, mesmo com o passar do tempo e das adversidades da vida, ela não se esquece jamais. Ele contou que há muitos anos existe um alerta por parte do Papa João Paulo II, hoje beato, e de outros papas no sentido de voltar a um princípio que a Igreja primitiva exercia tão bem: a catequese deve ser dada em família. “É na família que se educa para a vida, para a fé, para a esperança e para a caridade”, afirmou.  

Jéssica Marçal
Da Redação

terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Rita de Cássia

Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando. 

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita. 

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. 

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita. 

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade. 

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900. 

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.



http://www.paulinas.org.br

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aprenda a ver o lado bom das pessoas...


As coisas, os êxitos e as pessoas têm seus lados bons e seus lados maus, suas superfícies planas e suas arestas.

É sinal de pouca inteligência, é injusto e parcial descobrir só ou principalmente o lado negativo, os defeitos ou deficiências, as faltas ou limitações.

É pouco construtivo ver tanto o bom como o mau, o agradável como o desagradável, elogiar o primeiro e criticar o segundo.

Será simplório e inocente contemplar só o positivo, o bom, o agradável e esquecer ou disfarçar o negativo, o ruim, o defeituoso; será simplório, porém será mais humano e mais cristão; será mais inocente, porém será mais caritativo; e somente o amor cristão, a caridade evangélica são capazes de consertar o mundo, de elevar as relações de uns com os outros.

Aprenda, portanto, a ver sempre o lado bom das coisas e das pessoas.
"Cada um de vós procure contentar o próximo, para seu bem e sua edificação. Cristo não se agradou a si mesmo…" (Rom 15,2-3). Para agradar ao próximo não devemos analisar se é assim ou assado, mas simplesmente se é filho de Deus, se Deus se compraz nele, se o Pai nos pede que tratemos de conduzir-nos bem e de agradar-nos uns aos outros, e nada mais.

domingo, 20 de maio de 2012


Parabéns ao grupo catequistas unidos que no próximo dia 03 de junho estará completando 1 ano de vida.
1 ano de partilha, conhecimento, alegria em ver tantos irmãos e diversos dons, mas sempre com um mesmo objetivo: Anunciar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida.


Ascensão do senhor Mc 16,15-20

Na solenidade da Ascensão do Senhor podemos afirmar que a missão de Jesus continua na missão dos discípulos. "Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura". A história de Jesus continua na vida da comunidade. A ascensão de Jesus não é sua ausência, pelo contrário, podemos senti-lo e encontrá-lo de modos novos. Começa definitivamente a ação e missão da comunidade cristã. Hoje, povo de batizados, somos responsáveis em continuar a missão de Jesus e seus discípulos. Cabe-nos perguntar se nossa prática é capaz de revelar ao mundo o rosto de Jesus e se  a nossa prática pastoral é capaz de trazer mais vida aos marginalizados.
Lembremo-nos: somos responsáveis por dar continuidade á missão de Jesus!

Frei James Luiz Girardi, OFM

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Poder do Entusiasmo


A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter Deus dentro de si. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários Deuses. A pessoa entusiasmada era aquela possuída por um dos Deuses, e, por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer coisas acontecerem. Assim, se você fosse entusiasmado por Ceres ( Deusa da Agricultura ) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita e assim por diante. Segundo os gregos só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se. 

Assim, o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa eu acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje é preciso ser entusiasmado. 

A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm em transformar o mundo e a própria realidade. 

E só há uma maneira de ser entusiasmado. É agir entusiasticamente! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma. Não é o sucesso que faz o entusiasmo. É O ENTUSIASMO QUE TRAZ O SUCESSO. Há pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida. 

Como vai o seu entusiasmo pelo Brasil, por sua empresa, por seu emprego, por sua família, por seus filhos, por seus estudos, pelo sucesso dos seus amigos???. Se você é daqueles que acham impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite: jamais sairá dessa situação. É preciso acreditar em você. Acreditar em sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade. Deixe de lado todo o negativismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com a sua vida e principalmente entusiasmado com VOCÊ. Você verá a diferença. 

SUCESSO E TENHA TODOS UM EXCELENTE FIM DE SEMANA !!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Paz de Espírito!

As três grandes perguntas da Vida: Quero? Posso? Devo? E para lidar com elas? E quando é que você obtém um pouco de sossego mental? Quando aquilo que você quer é também o que você pode e é aquilo que você deve. Meus princípios de vida servem exatamente para ajudar a decidir nessas questões cotidianas, e princípios têm de ter validade  persistente e afastar qualquer hipocrisia, pois sempre temos dilemas: ás vezes quero, mas não posso; em outras posso, mas não devo,e, ainda, há momentos em que devo, mas não quero. A paz de espírito vem quando sabemos estar fazendo o deve ser feito, usando o que se pode, sabendo ser decente querer aquilo. O alerta do Apóstolo Paulo continua valendo: tudo me é lícido, mas nem tudo me convém...

Mario Sergio Cortella, autor de Qual é a tua obra?, Ed. Vozes

terça-feira, 15 de maio de 2012

A história da Ascensão do Senhor

“Depois de dizer isso, Jesus foi elevado aos céus, a vista deles. Uma nuvem os encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia” (At 1,9-10)

O texto dos Atos dos Apóstolos descreve o centro do mistério que se celebra na Solenidade da Ascensão do Senhor: Jesus sobe aos céus e, a partir daquele momento, sua presença entre nós manifesta-se de outros modos: nos sacramentos, na Palavra, na pessoa do outro e pela vida de união íntima ao Mestre, como um ramo de videira unido ao seu tronco (Jo 15,1-8). Uma presença que se caracteriza pela atividade da Igreja através dos discípulos do Senhor. É nesse sentido que a Ascensão do Senhor conclui, de modo glorioso, a vida pública de Jesus e delega compromissos missionários e  organizacionais à comunidade, aos discípulos e discípulas. 

A história

A origem da Solenidade da Ascensão do Senhor inspira-se nos textos bíblicos que relatam a subida de Jesus aos céus, 40 depois de sua Ressurreição. Os relatos Sagrados relacionam a Ascensão do Senhor com a vinda do Espírito Santo. Jesus sobe aos céus prometendo que enviará o Espírito Santo para sustentar os discípulos na tarefa evangelizadora (At 1,6-8). Este é um dos motivos pelos quais, em algumas Igrejas, era comum celebrar a Ascensão e Pentecostes numa única Liturgia. A separação entre as duas festas, contudo, já é mencionada a partir do século IV, como consta em um Lecionário Armeno e em dois sermões feitos pelo Papa Leão Magno. 

Os textos das missas que descrevem a teologia das antigas celebrações celebram a Ascensão como glorificação de Jesus em vista de confirmar a fé dos discípulos, enviados a evangelizar o mundo. Outro texto diz que a encarnação de Jesus não lhe tirou a glória divina, prova disso é que Jesus subiu aos céus levando consigo a natureza humana. Nesse mesmo tom, uma oração depois da comunhão, do século VIII, proclama a Ascensão do Senhor como promessa que os discípulos de Cristo viverão com Ele na Pátria eterna, pois pela Ascensão, o Senhor abriu as portas para entrar na casa do Pai, canta um longo prefácio do século VIII. 

Um rito que era realizado nesta solenidade era o apagamento do Círio Pascal, depois da proclamação do Evangelho. Com a reforma Litúrgica do Vaticano II, em 1963, esse rito passou a ser realizado na Solenidade de Pentecostes. O Círio é apagado, no Domingo de Pentecostes, durante a Liturgia das Horas (Oração da tarde), após o cântico evangélico.



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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mas o que é Pentecostes?

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja.

O que é Pentecostes?

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia". No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5). 

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.

Qual é sua missão: Introduzir-nos na comunhão do Filho com o Pai, santificando-nos e fazendo-nos filhos com Jesus.

Fortalecer-nos para a missão de testemunhar e anunciar Jesus ao mundo. Para isso recebemos a plenitude de seus dons bem como a capacidade de proclamar a todos a quem somos enviados o Evangelho de Jesus. O Espírito Santo é o AMOR do Pai e do Filho derramado em nossos corações.O amor é fogo que arde, é chama que aquece e é força que aproxima e une. O milagre das línguas é este: tomados pelo amor de Deus os homens passam a viver uma profunda comunhão e entre eles se estabelece a concórdia e a paz destruída pelo orgulho de Babel, raiz da discórdia e da confusão das línguas.

Guiar a Igreja nos caminhos da história para que ela permaneça fiel ao Senhor e encontre sempre de novo os meios de anunciar eficazmente o Evangelho. E isto o Espírito Santo o faz assistindo os pastores, derramando seus carismas sobre todo o Povo e a todos sustentando na missão de testemunhar o Evangelho. É pelo Espírito Santo que Jesus continua presente e atuante na sua Igreja. 

Quem O recebe? 

Todos os que são batizados e crismados.

Quem dele vive? Somente aqueles que procuram guardar a Palavra do Senhor no esforço de conversão, na oração e no empenho em testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus.

Quem crê no Espírito Santo e procura viver Dele, é feliz. Amém.


Dom Eduardo Benes
Bispo diocesano de Lorena/SP


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sábado, 12 de maio de 2012

Mãe de Coração


Esta criança esteve escondida no teu pensamento, 
noite após noite, por anos a fio, 
guardada na tua retina sem que nunca a tivesses visto. 
Esta criança bendita, que foi escolhida por Deus e por ti, 
para compartilhar de tua vida, nunca sofrerá, 
ficará triste ou chorará por desamor ou abandono, 
pois existe alguém especial, um anjo, 
que o destino colocou em seu caminho 
para lhe suprir as carências, lhe amar, dar carinho. 
Ela foi abençoada. 
Não foi gerada por ti, 
não foi esperada por nove meses, 
não veio de dentro de tuas entranhas, 
mas veio de algo muito maior: 
um amor enorme que tinhas para compartilhar 
com ela e com o mundo. 
Não o adotaste simplesmente; ele é teu filho – 
filho do imenso carinho que tens para dar, 
da tua capacidade de doação, 
da abnegação, 
do desejo sofrido e ao mesmo tempo esperançoso que tiveste 
de um dia cuidar e de ouvir alguém 
te chamando de “mãe”. 
Será filho de noites em claro, 
de preocupações, 
de alegrias, 
de dias de chuva, 
de dias de sol. 
Será filho de tristezas, 
de sonhos, 
de esperanças 
e de dedicação, 
pois tens por ele o mesmo carinho que terias 
por um filho do teu sangue. 
Esta criança veio de onde quer que seja, 
predestinada para ti. 
Apenas nasceu de outra mãe, 
pois nada acontece por acaso, 
mas o destino dela eram os teus braços e teu desvelo. 
Ela foi gerada dentro do teu coração 
porque, provavelmente, merecia uma mãe tão especial quanto tu! 
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Smile 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mãe – Importância da maternidade


Há quem diga que Deus criou a maternidade e a considerou tão sublime que quis também nascer de uma mãe, entre nós. E foi tão generoso e misericordioso que dividiu essa Mãe com todas as criaturas. No Calvário, quando já encerrava a sua paixão, Jesus entregou sua mãe a toda à humanidade na pessoa de João, o discípulo amado. Maria é Mãe de Deus e nossa!


É indefinível, inefável o papel de uma mãe. Deus deu às mães o privilégio de dividir com Ele a geração de um filho. Ele nos criou, a cada um de nós, mas todos nós nascemos de uma mulher - mãe!

A mãe sofre pelo filho, a mãe luta pela felicidade do filho, a mãe gostaria de atrair para si todo sofrimento a fim de que o filho não sofra.

Mas ser mãe não é só gerar, é criar, educar, dar amor, carinho, incutir responsabilidade, bons princípios, fé em Deus e na vida, à medida que o filho vai crescendo.

Há mães que não geraram, não são, portanto, mães biológicas, mas criam com amor crianças que, por algum motivo, não puderam ser criadas pela mãe natural.

Há também mães biológicas que não transmitem amor e até tentam se desfazer de seus filhos. É muito lamentável. Deus deu a elas uma missão tão edificante e elas dão as costas para o filho e para Deus.

Todos os dias de nossas vidas deveriam ser “dia das mães”. Primeiramente, para o filho se lembrar sempre com carinho de sua mãe, demonstrando-lhe seu amor, não somente por um dia no ano, mas sempre.
Em segundo lugar, para as próprias mães meditarem sobre a confiança que Deus depositou em cada uma delas, dando-lhe o privilégio de ser mãe.

Temos exemplos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, de como a maternidade é importante para a mulher e de como Deus é generoso e misericordioso, dando a mulheres de mais idade a alegria de serem mães. Podemos citar vários exemplos, mas resumimos em Sarah, esposa de Abraão e em Isabel, esposa de Zacarias, mãe de João Batista.

A comemoração de um dia das mães, que, às vezes, toma um cunho comercial, infelizmente; leva-nos a essas reflexões e nos faz desejar que todos os filhos amem suas mães com muito carinho. Mas, principalmente, nos leva a pedir a todas as mulheres que, biologicamente ou por adoção, têm o privilégio de ser mãe, que cuidem de seus filhos com muito amor, dedicação, carinho e desprendimento porque o filho não existe só para a mãe, mas para crescer e formar um caráter reto que lhe possibilite melhorar o mundo. 

Que nossas mães sintam o carinho de Deus e da Virgem Maria e se espelhem na ternura de Nossa Senhora para continuar sendo os baluartes que sustentam a sociedade e  a família, a genuína Igreja Doméstica. Rezemos por nossas mães abraçando-as e pedindo que Deus recompense a sua missão, verdadeiro sacerdócio de doação e de amor.

Por: Padre Wagner Augusto Portugal
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ave-Maria


  Ave Maria cheia de graça 

Ó MARIA CHEIA DE BENÇÃO DE DEUS

 o Senhor é convosco 

O SENHOR ESTA ENTRE NÓS 

 bendita sois vós entre as mulheres 

ESCOLHIDA ENTRE TODAS AS MULHERES 

 bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. 

ESCOLHIDO FOI O TEU VENTRE, PARA GERAR JESUS

 Santa Maria Mãe de Deus 

VIRGEM E PURA MÃE DE DEUS 

 rogai por nós pecadores 

GUIA-NOS E AJUDA-NOS POIS SOMOS HUMILDES PECADORES.

 agora e na hora de nossa morte. 

EM TODOS OS MOMENTOS DE NOSSAS VIDAS. 

 Amém 

PARA SEMPRE SEJA LOUVADA
E QUE CUMPRA-SE EM MIM
A TUA VONTADE.. 
ASSIM SEJA