quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Onde estava Deus durante a tragédia de Santa Maria-RS?



Minha sobrinha de 18 anos, a mesma idade daqueles que foram mortos nesta tragédia me perguntou à queima roupa: Tio, onde estava Deus na hora do incêndio?
Percebi um misto de revolta e respeito ao me questionar daquela forma. Na verdade ela não entendia porque Deus não havia feito nada afinal ela tinha aprendido, na catequese, que Deus estava ao nosso lado o tempo todo. A dúvida dela é a mesma de milhões de pessoas que ficaram perplexas diante das cenas que se repetiam na televisão. Corpos sem vidas sendo retirados daquele lugar. Jovens com seus futuros interrompidos por uma tragédia. Mas por que?
Em nossa visão achamos que Deus deveria ter feito algo e apagado o fogo ou, quem sabe, agido de maneira milagrosa para que as paredes da boate caíssem como caíram as muralhas de Jericó. Não, as coisas não acontecem dessa forma.
Ter Deus ao nosso lado não significa que não passaremos pelas dores ou momentos difíceis. A presença de Deus em nossa vida não nos isenta do sofrimento. Viver em Deus não é caminho largo sem dor. A dor e o sofrimento fazem parte da nossa vida por causa da nossa limitação, seremos livres deles totalmente quando, um dia, vivermos em Deus. Mas enquanto caminhamos nesta terra imperfeita e limitada estaremos à mercê do sofrimento e da dor. A diferença está em que aquele que vive uma vida na fé e em Deus encara e supera o sofrimento de forma diferente. O que vive pela fé não é vencido pela dor e pelas tribulações mas supera tudo isso porque Deus está ao seu lado. Aquele apóstolo também sentiu isso, ele não foi poupado do sofrimento, mas tinha certeza da sua vitória: “Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos”. (2Cor 4,8-9). Ter Deus ao nosso lado não nos livra da dor, mas nos dá condições de superá-la.
Disse tudo isso à minha sobrinha que ainda permanecia em dúvida e retrucou: “entendi, mas por que Deus não fez alguma coisa para evitar aquilo tudo?”
Sei que esta é a pergunta que todos estão fazendo porque fomos criados pensando que Deus deve fazer tudo por nós. Felizmente não é assim. Digo felizmente poque Deus nos criou para que tivéssemos um relacionamento de amor com ele. Ele nos ama e nós o amamos. Ora, para que isso aconteça deve haver liberdade. Caso contrario não seria amor e sim pura obediência. Amamos a Deus com tanta liberdade que podemos até rejeitá-lo, caso seja essa nossa escolha. Por causa disso Deus não intervém na nossa história a todo momento. Fazemos o nosso caminho a partir daquilo que apreendemos do seu amor, temos a sua força que nos impele a superar os momentos difíceis mas não somos parte de um brinquedo de Deus, onde Ele controla tudo com um joystick como se fosse um daqueles joguinhos de computador.
Se acontecem tragédias, acidentes e ataques terroristas Deus não é o culpado. Até entendo que diante de uma falta de explicação para os fatos tentemos buscar um culpado e não achando ninguém culpamos a Deus. Mas as tragédias acontecem por negligência, por falta de responsabilidade ou porque não se observaram regras básicas de segurança, no caso, acender um artefato explosivo num ambiente fechado. Os acidentes são frutos do desgaste de peças e de falhas humanas e os ataques terroristas, frutos da maldade do coração dos homens. Deus não participa disso.
Mas onde estava Deus? É melhor que mudemos a pergunta pra “Onde está Deus neste momento?”
Deus está nas milhares de pessoas que são solidárias e rezam por essas familias. Ele está nas centenas de voluntários que se uniram para ajudar. Deus se encontra naqueles que entraram na boate, em chamas, para resgatar os que estavam ali. Deus permanence no coração daqueles que choram e ao mesmo tempo enxuga as lágrimas de um pai ou mãe inconsoláveis. Deus estará no coração de cada parente ou amigo daqueles jovens fazendo com que eles possam retomar as suas vidas. Deus estará na voz daqueles que irão denunciar as péssimas condições de segurança de locais semelhantes à esta boate para que outras tragédias não venham acontecer mais.
Deus deve estar em seu coração neste momento, para que você se una à essas famílias e reze por elas. Deus deve estar em seu coração, neste momento para que você procure alguém que esteja sofrendo para consolar e ajudar.
Deus pode fazer tudo, mas prefere fazer tudo através de você.

(Padre Juarez Castro)
http://semeandocatequese.blogspot.com.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santidade do altar - uma catequese sobre a mesa eucarística

No centro de nossas Igrejas está o altar. Mas sabemos de fato o que é o altar? Como nos aproximamos da mesa do altar? Nossa catequese ensina a veneração para com o altar?

A liturgia nos ensina que é Cristo o altar. A mesa eucarística é lugar de veneração. Vamos ver um pouco na história dos Padres da Igreja como o altar era pensado.

O altar segundo o Rito de Dedicação do Altar deve ser ungido com o Santo Óleo do Crisma. O mesmo Santo Óleo que utilizamos para o sacramento do Crisma é usado para ungir o altar. Em virtude da unção, o altar se torna símbolo de Cristo, o "Ungido" por excelência, pois o Pai o ungiu com o Espírito Santo e o constituiu Sumo Sacerdote, para oferecer no altar de seu Corpo o sacrifício da vida pela salvação de todos. Por isso, desde tempos remotos, o altar foi cercado de respeito e veneração pelos cristãos: Um lugar santo é o altar cristão.

Na história da Igreja o altar foi chamado de: santo (sanctus), divino(divinus), tremendo (tremendus). Ou ainda epifania, ou seja lugar em que Deus se manifesta! S. João Crisóstomo denominava o altar de admirável (admirabilis).S. Gregório Nisse nos ensina que o altar é tão santo que nem todos, mas só os sacerdotes, e estes só com reverência, o podem tocar. E o tocam primeiro beijando-o com reverência.

A santidade do altar exige, daqueles que dele se aproximam na liturgia uma correspondente santidade de vida: Eles devem possuir a pureza da consciência e o perfume da boa reputação, que são simbolizados pelo santo Crisma, composto de azeite e de bálsamo. Devem ter uma consciência pura, para poderem dizer com o Apóstolo: "Nós temos a glória de que nossa consciência nos dá testemunho de uma boa reputação" (2 Cor 1, 12).

E São Crisóstomo acrescenta: "Os clérigos não podem ter mácula alguma, nem em sua palavra, nem no seu pensamento, nem nas suas ações, nem na sua opinião, porque eles são a beleza e a força da Igreja: se eles fossem maus, eles a maculariam por inteiro".
Como seria bom se a turma de catequese tivesse uma catequese no altar e sobre o altar! Em que a catequista pudesse ensinar a reverência e a santidade da mesa eucarística.
A mesa do altar é Cristo!

Por: Ms. VANDERSON DE SOUSA SILVA
MESTRE EM TEOLOGIA LITÚRGICA Rio de Janeiro
Contato: semvanderson@hotmail.com
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

27 janeiro 2013 – 3º Domingo do tempo Comum

Evangelho: (Lc 1,4;4,14-21)
Com a força do Espírito, Jesus voltou para a Galiléia, e sua fama correu por toda a região. Ensinava nas sinagogas deles e era elogiado por todos. Chegou a Nazaré onde se tinha criado. Segundo seu costume, entrou num sábado na sinagoga e se levantou para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, deu com a passagem onde se lia: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; enviou-me para proclamar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para pôr em liberdade os oprimidos, e para anunciar um ano da graça do Senhor. Jesus fechou o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se. Os olhos de todos os presentes na sinagoga se fixaram nele. Então começou a falar-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”.
COMENTÁRIO
Mais uma vez nos encontramos para falar de paz e das lutas por liberdade, por justiça e contra todo tipo de opressão. O evangelho de hoje fala exatamente sobre essas coisas. Podemos dizer que Jesus iniciou sua vida pública neste evangelho.
Jesus entra na sinagoga, lê um trecho da Sagrada Escritura, escrito pelo profeta Isaias (61,1-2) e ao terminar a leitura diz: "Hoje cumpriu-se esta passagem da Escritura". Com essas palavras, Ele afirma que veio para libertar. A salvação se torna presente, através de Jesus.
Durante a celebração religiosa, na sinagoga, faziam-se duas leituras: uma da lei e outra dos profetas. Qualquer um dos participantes poderia oferecer-se para fazer uma leitura. Jesus ofereceu-se, levantou-se, escolheu esta passagem do profeta Isaias e fez a leitura.
Jesus iniciou a leitura, com estas palavras: "O Espírito do Senhor me consagrou para anunciar a Boa Nova aos pobres". Já pensou? Boa nova para os pobres? O que pode ser uma boa notícia para os pobres? Anunciar o que para esses marginalizados, sem alimentos, sem saúde, sem dignidade, sem nada?
Realmente, será que Jesus teria algo de bom para anunciar aos indigentes das praças e viadutos, aos idosos e menores abandonados? Que boa notícia poderia ter para os favelados, aposentados e desempregados?
A Boa Notícia para todos os excluídos chama-se inclusão, aceitação, amor, libertação. Jesus é a própria Liberdade, Ele veio para libertar-nos de tudo que nos separa de Deus e dos irmãos. Libertar-nos do egoísmo e da ganância que geram pobreza, divisão, opressão e violência.
Muitos ficaram entusiasmados com Jesus, porém poucos acreditaram em suas palavras e se escandalizaram com tudo que viam e ouviam. Era muito difícil acreditar no carpinteiro que se transformara no Messias. Se fosse hoje, acreditaríamos?
Imagine aquele amigo de infância, que freqüentou a mesma escola e que dividiu conosco os mesmos brinquedos. De repente cresceu e agora se apresenta como o libertador dos oprimidos, aquele que tem o poder de devolver aos cegos a visão. Dá para acreditar?
Para aquelas pessoas, certamente foi uma prova muito difícil. Nós somos privilegiados, nossa geração é privilegiada, pois não fomos submetidos a esse teste. Já encontramos tudo pronto.
Nascemos dois mil anos depois. Nesse intervalo, Jesus já nos deu milhares de provas do seu amor e do seu poder, por isso, só não vive suas Palavras e não acredita, quem não quer.
Nós temos provas evidentes, por isso seremos também mais cobrados. Mesmo assim, apesar de tantas provas, milhares e milhares não acolhem Jesus, não vão ao seu encontro, não vivem suas Palavras, não lutam por dignidade e justiça, nem promovem a paz.
Jesus identificou sua missão através da Palavra de Deus. Nós também precisamos fazer o mesmo. Evangelizar os pobres de espírito, libertar os oprimidos pela sociedade, remir os prisioneiros das superstições e tradições, recuperar as vistas daqueles que não querem enxergar e proclamar a Boa Nova a todos os povos.
Essa tarefa é nossa, esta é a missão de cada um dos seguidores de Jesus. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

São Paulo


São Paulo é conhecido por suas cartas lidas nas celebrações eucarísticas, na Liturgia da Palavra. Através de suas cartas, sabemos muita coisa a respeito de sua vida e das verdades fundamentais de nossa fé.

São Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, região ao sul da Turquia, por volta do ano 10 da era cristã. Além de ser judeu, da tribo de Benjamim, era, também, cidadão romano.

Desde a infância, foi educado conforme a doutrina dos fariseus, por um sábio chamado Gamaliel. Destacou-se, inicialmente, como um implacável perseguidor das primeiras comunidades cristãs. Foi conivente com o assassinato de Santo Estevão, que morreu apedrejado pelos perseguidores dos cristãos.

Sua conversão ocorreu de modo inesperado a caminho de Damasco, quando liderava uma perseguição contra os cristãos daquela cidade. Jesus ressuscitado apareceu-lhe e o derrubou do cavalo, inquirindo dele o motivo de tanta perseguição. A luz que emanava de Cristo era tão forte que lhe cegou os olhos afeitos à escuridão do mal. Quando voltou a enxergar, estava transformado. De cruel perseguidor dos cristãos ele se tornou um ardoroso apóstolo dos gentios, isto é, dos novos cristãos que não eram judeus.

Esse fato ocorreu por volta do ano 36 e, a partir desse momento Paulo consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, viajando por todo o mundo conhecido de então, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo e o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. São Paulo é, sem dúvida, uma das principais colunas do cristianismo.

O exemplo de sua vida nos ensina que deu nos dá oportunidade de nos convertermos e de colocar a nossa fé a serviço do Reino.

Como diz a oração da Liturgia das Horas, “Outrora oprimindo a Igreja, tocou-te o divino amor. E aqueles que perseguias abraças qual defensor".

Que nós tenhamos também, como ele, uma visão luminosa de Cristo que destrua o mal que cultivamos e nos faça ser verdadeiros discípulos de nosso Redentor.

Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que significa dizer "Eu creio em Deus"? Papa explica na catequese

Jéssica Marçal
Da Redação


Arquivo
Dizer acreditar em Deus significa, segundo o Papa, fundar a vida sobre Deus, deixar que Sua Palavra a oriente
Na catequese desta quarta-feira, 23, o Papa Bento XVI começou uma reflexão sobre o Credo, a profissão de fé, dando continuidade ao ciclo de catequeses dedicadas ao Ano da Fé. Enfatizando o exemplo de Abraão, que aceitou plenamente o chamado de Deus, Bento XVI explicou especificamente o significado da expressão “Eu creio em Deus", que inicia a oração cristã.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 23/01/2013

.: Todas as notícias sobre o Ano da Fé

Essa afirmação, “Eu creio em Deus” é, segundo o Papa, fundamental, e embora aparentemente simples, abre ao infinito mundo do relacionamento com o Senhor e com o seu mistério. “Crer em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da sua Palavra e obediência alegre à sua revelação”.

E para escutar o que Deus tem a dizer ao ser humano, Bento XVI indicou a Sagrada Escritura. Ele lembrou que toda a Bíblia fala de fé e ensina a fé narrando a história em que Deus se faz próximo do homem através de tantas figuras de pessoas que acreditam Nele e confiam Nele. Uma dessas pessoas é Abraão.

“E é propriamente sobre Abraão que gostaria de concentrar-me e concentrar a nossa atenção, porque é ele a primeira grande figura de referência para falar de fé em Deus: Abraão o grande patriarca, modelo exemplar, pai de todos os crentes (cfr Rm 4, 11-12)”

E o fato de Abraão ter tido uma fé inabalável, ao continuar aceitando a vontade de Deus mesmo quando os caminhos lhe pareciam misteriosos, tem um significado especial para todos os crentes. Conforme explicou o Santo Padre, quando se diz “Eu creio em Deus”, está-se dizendo da mesma forma que disse Abraão, que confiou em Deus.

“Dizer 'Eu creio em Deus' significa fundar sobre Ele a minha vida, deixar que a sua Palavra a oriente a cada dia, nas escolhas concretas, sem medo de perder algo de mim mesmo”, enfatizou o Pontífice.

Por fim, o Santo Padre destacou que a crença em Deus leva a uma contínua saída de si mesmo, da mesma forma que o fez Abraão, para levar à vida diária a certeza que vem da fé: “a certeza, isso é, da presença de Deus na história, também hoje; uma presença que leva vida e salvação, e nos abre a um futuro com Ele para uma plenitude de vida que não conhecerá nunca o pôr do sol”.

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http://noticias.cancaonova.com

domingo, 20 de janeiro de 2013

Ano Liturgico.




A Igreja quer nos ajudar a ter Jesus como centro da nossa vida. Para isso ela organizou o ano em torno da vida de Jesus.
Ano Litúrgico é o calendário de nossa Igreja, contém a data dos acontecimentos da História da Salvação, surgiu e se desenvolveu a partir da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Por isso, o centro do Ano Litúrgico é JESUS CRISTO, no seu Mistério Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição, celebrado pela Igreja, todos os dias na Eucaristia.
Esse Mistério Pascal é o coração do Ano Litúrgico.
O Ano Litúrgico é diferente do nosso calendário anual: começa no 1º Domingo do Advento e termina no Domingo da Festa do Cristo Rei (novembro).
O Ano Litúrgico se divide em dois grandes ciclos, duas grandes festas: CICLO DO NATAL CICLO DA PÁSCOA. Entre esses dois ciclos está o TEMPO COMUM.
Em cada ciclo há 3 momentos: Preparação para a festa principal, Celebração festiva no dia da festa e Prolongamento da festa.
Para melhor expressarmos os diferentes momentos do Ano Litúrgico, usamos as cores. Elas estão presentes nas celebrações litúrgicas (Missas): no Altar e nas Vestes do Sacerdote, de acordo com o momento celebrado:
VERDE: Esperança. Usado no tempo comum, mantendo viva a esperança da igreja peregrina, que caminha rumo ao Reino de Deus;
ROXO: Penitência, espera. Usado na Quaresma e no Advento;
ROSA: Expectativa, alegria do Senhor que se aproxima. Usado no 3º domingo do Advento e no 4º Domingo da Quaresma;
BRANCO: Alegria, festa. Usado nos dias de Festas e Solenidades: Natal, Tempo do Natal, Quinta-feira Santa, Páscoa, Ascensão do Senhor, Santíssima Trindade e Cristo Rei. Pode ser substituída por amarelo, bege ou dourado;
VERMELHO: Sangue, fogo. Usado para celebrar o Martírio, a Morte dos Santos da igreja,
no Domingo de Ramos, Sexta feira da Paixão e na festa de Pentecostes.

Vamos pintar o Ano Litúrgico com muita atenção, observando a cor de cada tempo. 

Obs.: 
VERDE: Tempo Comum 
ROXO: Tempo da Quaresma e Tempo do Advento 
ROSA: 4º Domingo da Quaresma e 3º Domingo do Advento 
BRANCO: Tempo Pascal, Tempo do Natal, Ascensão do Senhor, Santíssima Trindade e Cristo Rei 
VERMELHO: Domingo de Ramos, Sexta feira da Paixão, Pentecostes e mártires 

Fonte:http://pequenosfilhosdemaria.blogspot.com.br

sábado, 19 de janeiro de 2013

20 janeiro 2013 – 2o Domingo do Tempo Comum


“Fazei o que ele vos disser!”

Evangelho: (Jo 2, 1-11)
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava presente. Jesus e os discípulos também foram convidados para esse casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu: “Mulher, o que temos nós a ver com isso? Ainda não chegou a minha hora”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Havia ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus. Em cada uma cabiam duas ou três medidas. Jesus disse: “Enchei de água as talhas”. Eles encheram-nas até a borda. Então Jesus disse: “Tirai agora um pouco e levai ao organizador da festa”. Eles levaram. Logo que o organizador da festa provou da água transformada em vinho – ele não sabia de onde vinha, embora o soubessem os serventes que tinham tirado a água – chamou o noivo e lhe disse: “Todos servem primeiro o vinho bom e quando já estão embriagados servem o de qualidade inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora”. Este foi o início dos sinais de Jesus, em Caná da Galiléia. Ele manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele.
COMENTÁRIO
Hoje é domingo, dia de festa, dia do Senhor. Nossa vida poderia realmente ser uma contínua festa, só alegrias, só boas notícias, só melodia e dança. O segredo para que assim seja, Maria já nos revelou naquela festa.
Na verdade não se trata de um segredo. Há dois mil anos, em meio aos discípulos de seu Filho e entre muitos convidados, a Virgem Maria deu este conselho para toda a humanidade: "Façam tudo que meu Filho mandar!" Simples, não é mesmo? É o suficiente para transformar a vida e transformar o mundo.
Ao dizer eles não têm vinho, Nossa Senhora não se referia apenas à falta material da bebida. Naquele momento, Maria estava intercedendo por todos seus filhos, Ela se referia a todo povo de Deus, oprimido e desesperançado, que vivia a expectativa de receber o vinho da Vida e da Salvação.
"Mulher, o que temos a ver com isso? Ainda não chegou a minha hora". Com essas palavras, tenho a impressão que Jesus queria testar sua Mãe. Parece que queria confirmar se Maria estava realmente entendendo o Plano de Salvação que seu Pai havia traçado.
A reação de Maria foi aquela que Jesus já esperava. Ela não se abalou, não discutiu, não impôs sua vontade e nem usou sua autoridade materna. Calmamente, porém de forma firme, disse aos criados: "façam tudo o que Ele mandar!"
Essas palavras de Maria tinham dois endereços: seu Filho e cada um de nós. Para Jesus, suas palavras devem ser interpretadas como uma sugestão. Foi como se Maria tivesse dito: "Filho, você não acha que esta seria uma ótima oportunidade para você iniciar a Grande Obra de Redenção da humanidade?
Para nós o recado foi dado de forma direta. Aqueles criados representavam toda a humanidade e, através deles, Ela recomenda que sejamos obedientes. Ao dizer - "façam tudo o que meu Filho mandar" - Maria não nos deixa outra alternativa. Obediência é a única saída para quem espera a salvação.
Jesus iniciou sua vida pública num ambiente festivo. Operou seu primeiro milagre numa festa de casamento. Nesse mesmo ambiente, Maria nos aponta o caminho a seguir, o Verdadeiro Caminho que é Jesus.
Por tudo isso, o cristão tem que ser alegre, tem que irradiar felicidade. O verdadeiro cristão sabe que, estão reservadas maravilhas que os olhos humanos jamais viram para aquele que fizer o que Jesus manda.
Jesus veio para efetuar mudanças radicais. A primeira coisa que fez foi acabar com aquele conceito de religião antiga, opressora, cheia de normas, cheia de regras e triste; uma religião fabricada para beneficiar meia dúzia de fariseus e alguns doutores da lei.
Jesus veio trazer a salvação para todos. Na Nova Lei, classe social, raça e poder aquisitivo de nada valem. A partir de Jesus, amor, misericórdia e perdão, são requisitos básicos para se ganhar a vida eterna. Jesus veio para transformar. Sofre uma transformação radical a vida de quem segue Jesus. Quem deixar-se mudar vai perceber que, a mudança é como da água para o vinho.                                  


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O tempo comum e seu significado

O Tempo Comum ocupa a maior parte do ano litúrgico. O fato de ser denominado “Tempo Comum” não significa que seja menos importante. Antes mesmo de se organizarem as festas anuais (Natal e Páscoa), com seus tempos de preparação e prolongamento, o Tempo Comum foi a primeira realidade na vivência do Mistério Pascal. 

Na experiência das primeiras comunidades existia apenas a sucessão de domingos e semanas, ao longo do ano, tendo o domingo como dia maior, que congregava os irmãos e irmãs em torno da Palavra e da Ceia. Quando, mais tarde, foram organizados o ciclo da Páscoa e o do Natal, foi para celebrar com mais intensidade, num tempo determinado, o que já fazia parte do cotidiano das comunidades.

O Tempo Comum nos reconcilia com o normal e nos ajuda a descobrir o dia-a-dia como tempo de salvação, segundo a promessa do ressuscitado: ”Estarei com vocês todos os dias”. O Senhor se revela a nós nos acontecimentos do dia-a-dia, em nossas vivências e cansaços, na convivência, no trabalho... No interior de cada dia, damos prova de nossa fidelidade. É o esforço de buscar, no cotidiano da vida, o mistério do Senhor acontecendo entre experiências de morte e ressurreição.

No Tempo Comum, celebramos. Portanto, o mistério de Cristo em sua totalidade (Encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão) e não um ou outro aspecto do mistério. É o que o distingue dos demais tempos. A tônica recai sobre o evangelho de cada domingo. Aí temos a espiritualidade a ser vivida durante a semana. A vida cotidiana é lida à luz do mistério do Senhor. Nesse longo período do ano litúrgico, devemos prestar especial atenção ao lecionário, tanto dominical como semanal.

É a tarefa cotidiana de trazer a Páscoa para nossa vida. A partir da vida do Senhor, aprendemos dele o que significa e implica ser discípulo. Em companhia dos discípulos que deixaram tudo para seguir o Mestre, junto com todo o povo de Deus, esse povo que coloca em Jesus suas esperanças, acompanhamos o Mestre na sua caminhada missionária. Em cada um dos acontecimentos que ocorrem no caminho, Deus vai revelando o mistério de Jesus e nós vamos sendo convidados a aderir mais profundamente e com mais amor, a sua pessoa e a sua causa.

Nos acontecimentos cotidianos da vida e da caminhada de Jesus, vamos percebendo o mistério maior que está presente também em nossa vida, tanto nos acontecimentos extraordinários como também naqueles que nos parecem banais e rotineiros. Em todos eles, é Deus que está presente, é Deus que nos chama, nos fala, nos toca, nos convida ao seguimento de Jesus, nos envia como testemunhas das realidades em que vivemos Cada domingo é, assim. Uma visita de Deus para nos renovar, para libertar o seu povo, para nos unir mais a Ele e entre nós.      

Como sempre, Ele tudo pode, mas preferiu contar com a nossa participação.

Por: Padre Wagner Augusto Portugal
 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Fraternidade e Juventude - CF 2013


Tema: Fraternidade e Juventude
Lema: Eis-me aqui, envia-me!
(Is 6,8)


Fraternidade e Juventude - CF 2013

Objetivo Geral
Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção da vida, da justiça e da paz.
Objetivos específicos
1 - Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a
elaboração de seu projeto pessoal de vida;

2 - Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos;

3 - Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.
Guia Litúrgico da Quaresma
17/02/20131° Domingo da QuaresmaDt 26,4-10 / Sl 90 / Rm 10,8-13
Lc 4,1-13
Nem só de pão vive o homem.
24/02/20132° Domingo da QuaresmaGn 15,5-12.17-18 / Sl 26 / Fl 3,17-4,1
Lc 9, 28-36
Mestre, é bom ficarmos aqui.
03/03/20133° Domingo da QuaresmaEx 3.1-8.13-15 / Sl 102
1Cor 10,1-6.10-12 / Lc 13, 1-9
Se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo.
10/03/20134° Domingo da QuaresmaJs 5,9.10-12 / Sl 33 / 2Cor 5,17-21
Lc 15,1-3.11-32
Esse homem acolhe pecadores e come com eles?
17/03/20135° Domingo da QuaresmaIs 43,16-21 / Sl 125 / Fl 3,8-14
Jo 8,1-11
Pode ir, e não peque mais.
24/03/2013Domingo de RamosIs 50,4-7 / Sl 21 / Fl 2,6-11
Lc 22,14.23,56
Façam isto em memória de mim.
 


Fonte: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/#ixzz2I2bJMBxV

domingo, 13 de janeiro de 2013

História da CF 2013.




Apresentação
Vivemos da morte-ressureição de Jesus Cristo! Seu nascimento, vida, gestos e palavras receberam sua plenificação na gratuídade da cruz. Cruz Transformação, ressureição!

Os quarenta dias que precedem a Cruz e a Ressureição sinalizam o caminho que a Igreja, na liturgia, nos oferece como possibilidade de sermos atingidos pela experiência redentora de Jesus Cristo. Nas celebrações, as le
ituras nos provocarão a seguir o Senhor até o "clarear do novo dia". Seguir, ouvindo as palavras da Escritura, é a expressão do desejo maior de sermos tomados na profundidade de nossas pessoas e comunidades pelo Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.

A Igreja, durante o tempo quaresmal, nos apresenta o jejum, a esmola e a oração, como exercícios preciosos, no caminho de nossa transformação em Jesus Cristo. A quaresma deve, portanto, vir iluminada pelo desejo de conversão. Nesse tempo especial, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB nos apresenta a Campanha da Fraternidade como itinirário de conversão pessoal, comunitário e social. Fraternidade e Juventude é o tema da Campanha para a quarsma em 2013. O lema é inspirado no profeta Isaías 6,8: "Eis-me aqui, envia-me!".
 A Campanha da Fraternidade é uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
- Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
- Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.
O gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas. A destinação é a seguinte: 45% para a própria paróquia aplicar em programas de promoção humana; 35% para a Diocese aplicar na mesma finalidade; 10% para a CNBB Regional e 10% para a CNBB Nacional.

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal no Rio Grande do Norte, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.

Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era Dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, Presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser Administrador Apostólico de Natal explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1962, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade, bem como o Plano Pastoral de Emergência e o Plano de Pastoral de Conjunto, enfim, para o desencadeamento da Pastoral Orgânica e outras iniciativas de renovação eclesial. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulado: Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma. Em 1965, tanto Cáritas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967, começou a ser redigido um subsídio maior que os anteriores para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, participam deles também a Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral.
Em 1970, a Campanha da Fraternidade ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa em rádio e televisão em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.
De 1962 até hoje, a Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação da Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. É precioso meio para a evangelização do tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.
A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.


Fonte:
pt.wikipedia.org/wiki/Campanha_da_Fraternidade 


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

“O Espírito Santo desceu sobre Jesus!”


13 janeiro 2013 – Batismo do Senhor 
Evangelho: (Lc 3, 15-16.21-22)
O povo estava esperando o Messias. E todos se perguntavam se João não seria o messias. Por isso, João declarou a todos: “Eu batizo vocês com água. Mas vai chegar alguém mais forte do que eu. E eu não sou digno nem sequer de desamarrar as correias das sandálias dele. Ele é quem batizará vocês com o espírito santo e com fogo”. Enquanto todo o povo se batizava, também Jesus se batizou; e enquanto orava, o céu se abriu, desceu sobre ele o Espírito Santo em figura corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz dizendo:  “Tu és o meu filho amado! Em ti encontro o meu agrado!”
COMENTÁRIO
Na liturgia de hoje celebramos o batismo de Jesus. João relutou, mas diante de tanta insistência, batizou o Mestre. Qual motivo teria levado Jesus ao Batismo? 
É importante ressaltar esse fato. Jesus, o próprio Deus, o mesmo Deus que instituiu o Sacramento do Batismo, fez questão de ser batizado. João não se considerava digno sequer de desatar-lhe a sandália, mesmo assim, Jesus insistiu para ser batizado por João. 
Convém lembrar que o batismo de João não é o mesmo Batismo-Sacramento, que foi instituído por Jesus e que nos faz cristãos. Trata-se do batismo de penitência, com que o Batista preparava o povo para a chegada do Messias.
Jesus tinha bons motivos para receber o batismo. Certamente não para converter-se ou tornar-se cristão. Com seu batismo, Jesus manifestou sua aprovação ao trabalho de João. Com seu exemplo, quis valorizar o Sacramento que ainda iria instituir.  
O gesto humilde de Jesus, aguardando sua vez para ser batizado é uma cena que não pode ser apagada da nossa memória. Deve ficar gravada em nossa mente para nos questionarmos: Se receber o batismo era, para Jesus, algo importante, imagine então a importância do batismo para nós e nossos filhos.                                       
Batismo é coisa séria, é o sacramento que nos incorpora a Cristo, que nos torna membros da Igreja, templos do Espírito Santo, filhos de Deus e herdeiros do Céu. Portanto, o batismo não pode ser encarado como um simples ato social.
Não podemos batizar só por tradição ou só por batizar. Pais e padrinhos devem estar conscientes de que, naquele momento, seus filhos estão recebendo um Sacramento que nosso Deus também fez questão de receber.
Antes de iniciar sua vida pública, num ato de humildade, Jesus quis ser batizado. Era vontade de Deus que Jesus fosse batizado por João, mesmo que, diante dos homens, Ele fosse confundido com um pecador
Jesus se mistura com os pecadores, recebe o batismo e o Pai proclama sua filiação divina diante da multidão. A atitude humilde e obediente de Jesus é publicamente recompensada através destas palavras: "Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer".
No momento do batismo de Jesus, aparecem claramente as três pessoas, distintas, da Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Filho é batizado, o Pai apresenta seu Filho e dá testemunho dizendo: "Este é o meu Filho!" E o Espírito Santo desce sobre Jesus em forma de  pomba.
Isso não quer dizer que Jesus tenha recebido o Espírito Santo no batismo, como nós o recebemos. O Espírito santo habitava nele, em plenitude, desde o instante de sua concepção divina. Assim que foi batizado, o Filho de Deus iniciou a sua missão de paz entre os homens. Essa é a lição que nos deixou o Messias, essa é a missão do cristão batizado: em nome da Ssma Trindade deve promover a paz e evangelizar... deve levar aos povos a Boa Nova.

(4095)
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br- 13/janeiro/2013

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Falando de Fé


"A fé é a resposta do homem a Deus, que a ele se revela e se oferece. Resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida" (CIC 26).
Essa definição do Catecismo da  Igreja, considerando que Deus planta no coração do ser humano o desejo do divino, apresenta a fé como atitude que marca a vida humana e relaciona cada pessoa com Deus. A fé não é uma característica acessória. Ela integra o ser da pessoa. Portanto, é elemento constitutivo de seu ser.
Deus continuamente se oferece á humanidade e isto torna o ser humano capaz de Deus. Mesmo que o ser humano resista á sua presença, Deus, de forma incessante, continua a se dar a nós. Ao ser acolhido, Ele assume nosso ser e nos comunica vida e liberdade.

Pe.Marcelo C. Araújo
Editora Santuário

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Epifania do Senhor.




No décimo segundo dia (12.º) do nascimento de Jesus, temos um tempo zodiacal perfeitíssimo: lembra-nos os doze meses da órbita da terra em torno do sol. Cumpriu-se o tempo; a todos os povos Deus se manifesta num menino frágil. Todo o universo que reconhece o Deus Menino como o Senhor, “Sol nascente que nos veio visitar”. No Brasil, no entanto, celebramos o dia de Reis, o dia da Epifania do Senhor, no domingo entre o dia 02 e 08 de janeiro, visto que aqui não é feriado o dia 06 de janeiro.

Pastoralmente, neste dia não deveremos esquecer-nos de anunciar depois da proclamação do evangelho, como nos propõe o Missal, todas as festas do Ano Litúrgico, como expressão de que Natal, Páscoa e Pentecostes formam uma unidade. Assim, a encarnação é o ponto de partida da redenção, porque consiste na transformação do homem velho em homem novo. Este anúncio é antiquíssimo e era chamada de carta heorstática no época dos Padres da Igreja. A celebração deste domingo é outro aspecto da encarnação, porque os seus efeitos têm uma dimensão universal. A Oração do Dia desta Solenidade dá-nos as duas ideias fundamentais a realçar: 1ª guiados por uma estrela Deus revela-se aos pagãos; 2ª o pedido de sermos também guiados à contemplação da glória divina.

Deus revela-se aos pagãos. Perante esta realidade, no evangelho, encontramos três posturas distintas. A primeira é a atitude de Herodes, imagem de um tirano, de um poderoso injusto e egoísta que não tem escrúpulo em fazer uma carnificina quando suspeita de algo contra ele. Com medo de perder o poder, procura eliminar quem lhe pode tirar o poder. São Mateus escreveu o seu evangelho para cristãos que tinham conhecido as três gerações da família de Herodes e este nome soava-lhes a terror como o nome de Nero para os cristãos de Roma. A segunda é a atitude dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas do povo. Eles conheciam a profecia que anunciava este acontecimento, mas não procuram como os Magos, estão como que cegos, a luz da fé não ilumina a sua inteligência; eles esperavam um Messias poderoso (não o entendiam na pobreza); eles não viram a estrela como também toda a cidade de Jerusalém. A terceira é a atitude dos Magos que são a imagem de todos os homens e mulheres que procuram a fé. Na realidade que os rodeiam, procuram o sentido que explique as suas vidas. Apesar de virem de longe, não quer dizer que tenham valores diferentes das nossas tradições. A fé trespassa o local geográfico e abre-se ao universo. Deus também lhes fala através de sinais (neste caso por uma estrela), para que procurem o sentido das suas vidas. Os Magos são a expressão de todos aqueles que têm o coração aberto para acreditar e confiar, dispostos a fazer caminho que pode ser muito longo, sendo necessário, por vezes, vencer vários obstáculos. Quantos se questionam ao ver a luz de homens e mulheres que seguindo Jesus Cristo, longe de todo o sinal de poder, estão próximas dos outros, amando e servindo. O sinal e a luz de Jesus Cristo é para todo o mundo, é universal.

Os protagonistas do evangelho deste domingo são os Magos, mas o centro e o objetivo é Jesus: Deus Encarnado, o Messias que hoje é visitado pelos magos. Diz o evangelho que “prostrando-se diante d’ Ele, adoraram-No”, oferecendo-lhe ouro como rei, incenso como Deus e mirra como homem. Os Magos têm a única atitude cristã perante Jesus: adorar Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Adora-se Deus, devido à sua infinita grandeza. Cada ato litúrgico tem este sentido, apesar de nele reconhecermos a nossa fraqueza e limitação diante de Deus que nos criou. Por isso, somos convidados a imitar os Magos: reconhecer em Jesus a sua grandeza, expressa nas manifestações do seu mistério, desde o nascimento, da sua vida privada em Nazaré e depois na sua vida pública, no sofrimento, na morte, ressurreição e ascensão à glória.

Como os Magos, teremos de aprender a ver a estrela, ou seja, Deus, em todos os lugares: ver na natureza as marcas da sua presença, porque Ele a criou e a colocou ao serviço da humanidade. Para adorar a Deus, temos também de ter em conta todos aqueles acontecimentos que nos põem à prova e nos tentam a “fugir” de Deus, como aconteceu com os Magos que não se iludiram com o desejo “hipócrita” do rei Herodes. Há que deixar bem claro que Deus tem de ser sempre o primeiro, Aquele que tem a primazia, Aquele por quem procuramos, pondo-nos a caminho ao seu encontro. Encontrando-O, como aconteceu aos Magos, Deus torna-se próximo de nós, como um menino nos braços de sua mãe. Também a atitude dos Magos nos diz que a adoração deve expressar um sentimento interior, através de um gesto corporal: a adoração não é um ato intelectual, mas supõe toda a vida, a cabeça, o corpo, o coração. Finalmente, a adoração torna-se mais profunda à medida que o conhecimento de Deus vai progredindo. A adoração é um conhecimento amoroso que fará crescer o desejo de servir o Senhor até à adoração plena e definitiva. 

MEU Padre vai embora! E agora?


Ah, queridos irmãos quão dura é a notícia repentina que nosso pastor nos deixará. Alguns desanimam, outros choram e alguns se revoltam contra quem tomou a decisão.

“ - Coitado do Padre! Será que ele fez algo de errado?”
“ - Ele é tão bom para nós!”

Sim irmãos, todos nós sabemos o quanto nos apegamos a nossos pastores que, com a caminhada, se tornam nossos pais. Quanto aprendemos com eles...

“ - Às vezes as mudanças nos deixam inseguros na caminhada...”

Inseguros? Como assim?

Queridos, em que acreditamos? Como podemos desanimar, nos revoltar e sentir-nos inseguros com algo que é chamado de AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO?

Irmãos, o que venho lhes dizer é que tudo que nos é dado tem um propósito maior do que o apego carnal humano, nossos Pastores crescem a cada nova paróquia, e nós, crescemos a cada novo Pastor. Acreditem, cada Pastor que nos é dado vem com o projeto que nossa paróquia e a nossa vida espiritual necessita, e SIM, é o Espirito Santo que o envia.

Não deixem a possessividade e a prepotência tomar conta de seus corações, não queiram revoltar-se contra as decisões de um Enviado. Acolham de braços abertos o pai que nos é dado!

Lembrem-se daquela canção:

O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande ceifar. A Ceifar, o Senhor me chamou, Senhor, aqui estou! Senhor aqui estou!
Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei até o fim contigo! Está na hora, o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou!
Teu irmão a tua porta vem bater, não vai fechar o teu coração. Teu irmão ao teu lado vem sofrer, vai logo socorrer!

Não se aflijam, a messe é grande e os trabalhadores são poucos. Nossas dioceses possuem tanto trabalho para receber cartas e cartas de fiéis tomando decisões que não lhes cabem, sim nós temos voz e podemos nos manifestar...

Mas deixemos de querer decretar que o Padre é MEU, a IGREJA é MINHA e eu não ACEITO isso e NÃO aceito aquilo.

Seria bom que nossos pais ficassem para sempre conosco, mas não sejamos egoístas pois outros filhos lhes esperam e outros pais amorosos têm novos caminhos a nos ensinar a trilhar.

Queridos Irmãos, recebam com amor e gratidão o que o Espírito Santo nos Envia!


Postado por: Fernanda de Marqui Correia
Foto: MEU Padre vai embora! E agora?

Ah, queridos irmãos quão dura é a notícia repentina que nosso pastor nos deixará. Alguns desanimam, outros choram e alguns se revoltam contra quem tomou a decisão.

“ - Coitado do Padre! Será que ele fez algo de errado?” 
“ - Ele é tão bom para nós!”

Sim irmãos, todos nós sabemos o quanto nos apegamos a nossos pastores que, com a caminhada, se tornam nossos pais. Quanto aprendemos com eles...

“ - Às vezes as mudanças nos deixam inseguros na caminhada...”

Inseguros? Como assim?

Queridos, em que acreditamos? Como podemos desanimar, nos revoltar e sentir-nos inseguros com algo que é chamado de AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO?

Irmãos, o que venho lhes dizer é que tudo que nos é dado tem um propósito maior do que o apego carnal humano, nossos Pastores crescem a cada nova paróquia, e nós, crescemos a cada novo Pastor. Acreditem, cada Pastor que nos é dado vem com o projeto que nossa paróquia e a nossa vida espiritual necessita, e SIM, é o Espirito Santo que o envia.

Não deixem a possessividade e a prepotência tomar conta de seus corações, não queiram revoltar-se contra as decisões de um Enviado. Acolham de braços abertos o pai que nos é dado!

Lembrem-se daquela canção:

O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande ceifar. A Ceifar, o Senhor me chamou, Senhor, aqui estou! Senhor aqui estou!
Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei até o fim contigo! Está na hora, o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou! 
Teu irmão a tua porta vem bater, não vai fechar o teu coração. Teu irmão ao teu lado vem sofrer, vai logo socorrer!

Não se aflijam, a messe é grande e os trabalhadores são poucos. Nossas dioceses possuem tanto trabalho para receber cartas e cartas de fiéis tomando decisões que não lhes cabem, sim nós temos voz e podemos nos manifestar...

Mas deixemos de querer decretar que o Padre é MEU, a IGREJA é MINHA e eu não ACEITO isso e NÃO aceito aquilo.

Seria bom que nossos pais ficassem para sempre conosco, mas não sejamos egoístas pois outros filhos lhes esperam e outros pais amorosos têm novos caminhos a nos ensinar a trilhar.

Queridos Irmãos, recebam com amor e gratidão o que o Espírito Santo nos Envia!


Postado por: Fernanda de Marqui Correia
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