terça-feira, 30 de junho de 2015


"Pessoas são como as flores 
Você pode cuidar de todas as tuas flores 
Oferecendo sempre a mesma água todos os dias 
Por que não é exatamente o que você faz 
Que às deixará felizes 
Mas o tempo que você se dedica a elas..."

______Augusto Branco 
🍃🌹🍃🌹🍃🌹🍃🌹

sexta-feira, 19 de junho de 2015

21 de Junho – 12o Domingo do Tempo Comum

“Mestre, nós estamos afundando e o Senhor não se importa?”
Evangelho: (Mc 4, 35-41)

À tarde daquele dia, Jesus disse aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado do mar”. Eles despediram a multidão e levaram Jesus no barco em que estava. Havia ainda outros barcos com ele. Nisto levantou-se uma grande tempestade que lançava as ondas dentro do barco, de sorte que ele já se enchia de água. Jesus estava na popa, deitado num travesseiro. Eles o acordaram e disseram: “Mestre, não te importas que vamos morrer?” Jesus acordou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Calma!” O vento parou e se fez grande calma. E Jesus disse aos discípulos: “Por que estais com tanto medo? Ainda não tendes fé?”  Tomados de grande medo, diziam uns aos outros: “Quem é este a quem até o vento e o mar
 obedecem?”

COMENTÁRIO
O evangelho deste domingo nos chama à realidade. É uma forte sacudida em nossa fé. Na verdade, usando uma linguagem bem popular, este evangelho é um belo "puxão de orelhas" para cada um de nós.
Marcos faz questão de dizer que Jesus está deitado, porém junto, no mesmo barco e bem ao lado dos seus discípulos. Vem a tempestade, e com ela vem também o medo dos ventos fortes e das ondas que ameaçam naufragar a embarcação e afogar toda tripulação.
Este evangelho tem tudo a ver com o nosso dia-a-dia. A cena é de desespero geral. Cada um gritava mais que o outro e, pelas palavras que usaram, tinham a certeza que Jesus não estava nem aí com tudo aquilo que estava acontecendo.
"Mestre, estamos afundando e o Senhor não se importa?!" Esse desabafo é a grande prova de que os apóstolos ainda não conheciam Jesus verdadeiramente. Até aquele instante, pouco ou nada haviam entendido de tudo que Ele dissera, de tudo que ensinara.
Certamente não tinham ainda a menor noção de quem era Aquele que ali estava. Simplesmente porque quem conhece Jesus, não se desespera, não sente medo. Acredita que não morre jamais aquele está ao lado do Mestre, mesmo que aparentemente o Salvador esteja “dormindo!”
Foi muito alto o preço da salvação, por isso Jesus não "cochila" um só instante. Ele permanece em vigília durante as vinte e quatro horas do dia. Ama e cuida das suas ovelhas. Para preservá-las de todo mal, não desvia sua atenção um só segundo.
Por outro lado, quer também provas concretas de que acreditamos nisso. Continuamente nos apresenta oportunidades para que possamos demonstrar nossa fé. Deixa acontecer tempestades e espera que as adversidades e as turbulências nos façam crescer.
O Mestre está sempre ao nosso lado e confia em nós. Precisamos também acreditar, pois o nosso dia-a-dia é um mar bravio, cheio de ondas perigosíssimas prestes a nos envolver e afogar. Quem não estiver no mesmo barco de Jesus, afunda e perece.
Estar no mesmo barco de Jesus significa caminhar com Ele, lutar com todas suas forças, e acreditar que juntos, podemos silenciar o vento e a maré da desigualdade, da injustiça e da exclusão. Jesus tem toda razão ao chamar-nos de medrosos e descrentes. Quem tem fé, vê no Mestre a segurança necessária para a travessia.
Coragem!!! Quem navega com Jesus tem poder para acalmar os ventos e acabar com as ondas. Sabe que a onda do desemprego é superada através da partilha, da divisão de renda e de alimentos. As ondas de invasões de terras deixarão de existir quando o muito que sobra, para poucos, for distribuído entre os milhares que nada têm.
É bom lembrar que Jesus não está dormindo e que estamos sendo observados, permanentemente, por Aquele a quem até o vento e o mar obedecem.
http://www.miliciadaimaculada.org.br/

sábado, 13 de junho de 2015

14 de Junho – 11o Domingo do Tempo Comum

“O Reino de Deus é como um homem que lança a semente!”
Evangelho: (Mc 4, 26-34)

Jesus dizia: “O reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele durma ou vigie, de dia ou de noite, a semente germina e cresce sem que ele saiba como. É por si mesma que a terra dá fruto, primeiro vêm as folhas, depois a espiga, em seguida o grão que enche a espiga. Quando o trigo está maduro, mete-lhe logo a foicinha, pois é tempo da colheita”. Dizia ainda: “Com que vamos comparar o reino de Deus, ou em que parábola vamos representá-lo? É como o grão de mostarda que, na semeadura, é a menor de todas as sementes da terra. Mas, depois de semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças. Estende ramos tão grandes que os passarinhos podem abrigar-se à sua sombra”.

COMENTÁRIO
Mais uma vez nos encontramos com Jesus ensinando através de parábolas. No Evangelho de hoje, Jesus compara o Reino de Deus com a semente que cresce sem que se perceba. Fala da pequenina semente de mostarda, que ao germinar se transforma numa árvore enorme, capaz de acolher muitos pássaros em seus galhos.
Um antigo ditado diz que a parábola é como o fino pavio de uma vela: aparentemente não tem nenhum valor, mas, por mais fraca que seja a sua luz, ela nos ajuda a descobrir um tesouro. Jesus sabia muito bem como adaptar seus ensinamentos através das parábolas. Sua linguagem inculturada, era de fácil entendimento.
As palavras de Jesus eram facilmente assimiladas, até mesmo pelo mais humilde dos ouvintes. A grande preocupação de Jesus era a de fazer-se entender. Conseguiu atingir seu objetivo, pois sua linguagem era o próprio dia a dia daquelas pessoas. Eram agricultores, moradores da área rural, habituados ao plantio. As palavras de Jesus moldavam-se ao quotidiano daquele povo.
Precisamos imitar este exemplo de Jesus. O evangelizador tem que ter extrema preocupação com seu ouvinte. Precisa conhecê-lo profundamente. Saber dos seus gostos, seus costumes, seu modo de se expressar, para então, falar e ser entendido. Caso contrário, jamais vai despertar entusiasmo, jamais se fará entender. 
Ao comparar as sementes que o homem joga na terra, que germinam, crescem e se transformam em enormes árvores, sem que o agricultor saiba como tudo isso acontece, Jesus quer mostrar que o Reino de Deus tem seu ritmo próprio de desenvolvimento, independente da preocupação humana.
Por tudo isso, não importa como irão se desenvolver as sementes que plantarmos. Nossa preocupação deve estar dirigida para o plantio. Semear é a parte que compete a nós. Nosso trabalho se resume em arar, remexer, afofar os corações ressecados e empedrados. Uma vez plantada, lá no íntimo, a palavra do Reino desenvolve-se e frutifica de maneira misteriosa e silenciosa.
Resumindo: preparar terrenos é a parte mais difícil da nossa tarefa diária. O processo exige conhecimento e um cuidado todo especial com o local do plantio. Já sabemos que o solo não pode estar duro e empedrado. O segredo é eliminar toda acidez e adubar com muita oração. Seguindo rigorosamente essas instruções, um dia veremos os frutos.
Os resultados virão no tempo certo. Lentamente a semente germina e transforma o terreno e a paisagem. Primeiro vêm as verdes folhas da esperança. Em seguida aparecem as primeiras espigas que irão abrigar os milhares de grãos da certeza. Quando estiverem maduras, é hora da colheita, é hora de levar à mesa os frutos.
E aí você, incansável evangelizador, sentirá uma enorme alegria por ver as maravilhas de Deus presentes na vida de milhares de irmãos, graças ao seu empenho. O brilho de felicidade de seus olhos e a sensação de missão cumprida será a sua maior recompensa.
http://www.miliciadaimaculada.org.br/

sábado, 6 de junho de 2015

07 de Junho – 10o Domingo do Tempo Comum

“Não tinham tempo sequer para se alimentar ”
Evangelho: (Mc 3, 20-35)

Jesus entrou em casa, e se reuniu tal multidão que não podiam sequer comer. Quando os seus parentes souberam disso, saíram para agarrá-lo, pois diziam: “Ele está louco”. Também os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: “Ele está possuído de Belzebu. É pelo poder do chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não pode manter-se de pé. E se uma família estiver dividida contra si mesma, não pode manter-se de pé. Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode continuar de pé, mas está próximo do fim. Ninguém consegue entrar na casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, se antes não o tiver amarrado; só então poderá saquear a sua casa. Eu vos asseguro que tudo será perdoado às pessoas, os pecados e até as blasfêmias que tiverem dito. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo jamais será perdoado, será réu de um pecado eterno”. Falou assim porque diziam que ele estava possuído de espírito impuro. Chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: “Tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs estão lá fora e te procuram”. Ele perguntou: “Quem é minha mãe e meus irmãos?” E passando os olhos pelos que estavam sentados à sua volta, Jesus disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus c, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.


COMENTÁRIO
Este Evangelho nos leva a vivenciar a vida agitada de Jesus e de seus discípulos. Apresenta-nos Jesus sempre pronto a atender todos os que o procuravam. É tão grande sua preocupação em ouvir os menos favorecidos, que não lhe sobrava tempo, nem mesmo para comer.
Jesus não se limitava a falar. Seu testemunho, sua abnegação é um exemplo que deve ser imitado por nós que frequentemente relutamos em abrir as nossas portas aos estranhos, a ouvir seus lamentos e a lutar por mudanças.
Observe que os apóstolos, os auxiliares de Jesus, também não têm tempo para cuidar de si próprios e, nem podem! Jesus não aceita o comodismo e exige que o atendimento seja carregado de amor e dedicação. Exige dedicação total ao próximo. Quem não se doa totalmente, não consegue permanecer ao lado de Jesus. É impossível trabalhar ao lado do Mestre sem renúncia e sacrifícios.     
O seguidor de Jesus deve estar disposto a renunciar, abdicar aos seus momentos de lazer e sacrificar seus horários de refeições para se colocar a serviço do Reino.  Certamente é preciso muita coragem para seguir Jesus. Nem sempre estamos dispostos a permitir mudanças em nossa rotina e em nossos hábitos diários.
Não pode haver intervalo, nem mesmo para um lanche, enquanto houver uma só pessoa para ser atendida. Nem pensar em parar enquanto um único irmão estiver necessitando de uma palavra. Precisamos imitar esse Mestre, exigente e amoroso, sempre pronto a ouvir, sempre disposto a perdoar. Deixa tudo de lado por amor.
No entanto, esse seu empenho, essa sua dedicação faz com que, até mesmo seus parentes e amigos o considerem como um louco ou fora de si. Por isso, você discípulo, discípula de Jesus, não estranhe que pessoas de seu convívio venham a criticá-lo por se empenhar na árdua tarefa de fazer a vontade do Pai.
Lute sempre! Jesus não se intimida, assume a postura de um leão e esclarece que fazer a vontade de Deus é algo concreto e definido. É algo espontâneo que deve expressar a nossa livre escolha e a nossa liberdade. A vontade de Deus é fazer-nos entender que o que nos identifica, e nos une como irmãos, é muito mais do que o parentesco e a amizade, é muito mais do que laços de sangue.
O que nos une como família e como filhos do mesmo pai é o amor. Não basta morar na mesma casa, não basta viver sob o mesmo teto, é preciso fazer a vontade do Pai para ser chamado de irmão, de irmã e de mãe. Deus é Pai, é Amor e quer ver-nos transformados.
Vamos então transformar o nosso modo de agir e de pensar. Em nome da justiça e da paz vamos assumir a postura de um leão e, em nome da unidade, assumir a mansidão do cordeiro. Vamos viver o amor, essa é a vontade do  Pai.  
Finalizando, convém lembrar que a Bíblia Sagrada foi escrita originalmente em hebraico e aramaico, portanto, a palavra hebraica “ah” ou a palavra aramaica “aha”, traduzidas para o grego, significam “irmão, parente”.
São palavras muito abrangentes e têm diversos significados que vai do irmão de sangue aos primos, parentes próximos, distantes e até mesmo compatriotas, membros da mesma tribo ou descendência.
Portanto, Jesus não renegou sua mãe nem seus parentes ou discípulos, muito pelo contrário, Ele sempre deu provas do seu grande amor por todos eles, porém, deixou bem claro que só será chamado de mãe, irmã ou irmão, aquele que realmente viver a Palavra de Deus.
http://www.miliciadaimaculada.org.br/