domingo, 27 de julho de 2014

"Por favor, parem a guerra, pensem nas crianças", pede o Papa

Em sua meditação do Angelus hoje, o Papa clamou pela paz e fez um forte apelo em favor das crianças


O Papa Francisco pediu com humildade e firmeza o fim das guerras que têm assustado o mundo nas últimas semanas.

O Papa iniciou sua mensagem no Angelus de hoje recordando que nesta segunda-feira, 28, - dia de luto - recorda-se o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, um conflito definido por Bento XVI como “tragédia inútil”, pelas milhares de vítimas e grande destruição que provocou. E desejou que se aprenda com a história para não se repetir os erros do passado.

O Oriente Médio, o Iraque e a Ucrânia foram as três “zonas de crise” que receberam a atenção de Francisco.

“Em particular, o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Peço-vos para que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa”. 

Ao recordar que tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz, Francisco voltou seu olhar para as crianças, as maiores vítimas inocentes dos conflitos, e faz um apelo veemente para que cessem os conflitos.

“Nunca a guerra. Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que tem como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorris. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!”. 

(Rádio Vaticano)

sábado, 26 de julho de 2014

Hoje Meu Cantinho Completa 3 anos!!!

Quando era jovem costumava recortar artigos e folhinhas do Sagrado Coração de Jesus e colar em um caderno e dizia: Isso é importante vou guardar!
A 3 anos minhas filhas me incentivaram a fazer esse blog e que bom já não guardo só para mim, hoje posso dividir tudo o que me faz bem com vocês.
Obrigado a todos que por aqui passam, que São Joaquim e Santa Ana nos abençoe, dando sabedoria em nossa missão de catequistas para levar a Boa Nova do Reino de Deus a nossos irmãos.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

27/07/2014 - 17º Domingo Comum

Evangelho: Mt 13,44-52 Ele vende todos os seus bens e compra aquele campo.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.

Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”.

Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo o mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):

O centro de convergência da parábola do tesouro escondido e da pérola preciosa encontra-se na decisão do agricultor e do comerciante, de desfazer-se de todos os seus bens para adquirir o bem encontrado, por ser sobremaneira precioso. O bom senso mostrou-lhes a conveniência de investir tudo na aquisição do bem maior. A perda redundaria em ganho, a loucura revelar-se-ia sabedoria.

Assim comporta-se o discípulo em relação ao Reino. Sua descoberta leva-o a redimensionar toda a sua vida, dando um sentido novo a cada um de seus aspectos, subordinando-os ao absoluto do Reino. O discípulo predispõe-se a qualquer sacrifício. Nada lhe parece demasiadamente pesado, quando se trata de colocar o Reino e seus valores no centro de sua existência.

O discípulo vê-se confrontado com a responsabilidade de fazer uma opção que revolucionará toda a sua vida. Nem sempre estará seguro do passo que deverá dar. Daí a possibilidade de se deixar levar pelo medo e pela incerteza. A convicção do discípulo, ao tomar esta decisão, dependerá do modo como foi tocado pelo Reino. Quanto mais profunda for a experiência tanto mais seguro estará o discípulo. Uma experiência superficial dificilmente levará a uma opção radical. Aí se revela quem, de fato, fez-se discípulo do Reino.

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

A paróquia como lugar da Iniciação à Vida Cristã

Há muito tempo se fala em renovação da paróquia, o que pode sugerir não ser nada fácil essa missão. A paróquia deve ser, antes de tudo, uma comunidade. No entanto, a paróquia não é simples organização administrativa ou extensão territorial, mas uma célula orgânica da Igreja, parte viva do corpo místico de Cristo. Onde a prioridade deve passar pelas relações humanas, as relações interpessoais e a necessidade do homem e da mulher do hoje da nossa história.
Temos o estudo 104 da CNBB “Comunidades de comunidade: uma nova paróquia”  que foi publicado, após  a 51ª Assembleia Geral Bispos, com o objetivo de servir de subsídio para reflexão e aprofundamento da vida paroquial. O texto aponta caminhos para ajudar as paróquias a serem verdadeiras “casas de comunhão e da vivência da Palavra”; como pede o Documento de Aparecida (DAp), por “uma Igreja samaritana em estado permanente de missão”.
A catequese na paróquia deve primar pela vida em sua interação com a fé a partir de um novo paradigma que ressalta a capacidade das pessoas de superarem as situações adversas encontrando um sentido para sua existência. Este paradigma nos aponta a Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal como um itinerário mistagógico que favorece um encontro da pessoa com Jesus Cristo. É em nossas paróquias e comunidades que precisamos favorecer este encontro que transforma vidas e conduz ao discipulado.
As reflexões do Concílio Vaticano II levaram a Igreja a redescobrir sua missão original de ser, sobretudo, Povo de Deus, comunhão de fé e de vida. Esta é a base para muitas mudanças na catequese e, de certo modo, um retorno à Igreja dos Apóstolos: “Perseveraram eles na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações”. (At 2,49). Esta experiência de fé e ao mesmo tempo a doação aos irmãos deveria caracterizar sempre a Igreja. Desta forma, para que nossas paróquias e comunidades vivam plenamente sua missão de educar a fé precisamos investir na formação dos nossos catequistas e rever nossa prática catequética a partir das orientações da Igreja.
Pe. Jordélio Siles Ledo, css
Coordenador Diocesano da Comissão para Animação Bíblico Catequética
http://setorjuventudesa.com.br/?p=3113

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Catequese “Completa”


  Dias atrás estava eu preparando um encontro para os pais e fiquei  imaginando o que seria interessante falar para eles. Não queria fazer aquela reunião chata, onde só há cobrança, mesmo sabendo que é necessário, mas não queria que eles se sentissem pressionados, sabatinados, obrigados há alguma coisa. Então conversando com Jesus recebi uma iluminação Divina para conversar com eles sobre a completude da catequese.

Fui para o encontro com os pais e deixei claro que estávamos ali para conversar, para nos conhecer e discutir sobre a catequese, os filhos, a família, etc. Dessa forma, comecei perguntando o que era para eles a catequese, o que significava? Alguns disseram que servia para educar na fé, outros disseram que servia para ensinar doutrina, um disse que era pra crismar e assim o assunto discorreu.  Depois perguntei pra eles o que eles esperavam da catequese e para a surpresa deles mesmos, as expectativas não correspondiam com o conceito de catequese que eles mesmos tinham.

Porque querer que o filho se converta, somente ensinando doutrina, não é possível. É preciso muito mais que teoria pra se converter o coração de alguém. E era o que eles disseram que esperavam.
Percebi que essa era a porta pra eu poder explicar o que era a catequese completa.

Catequese completa é a catequese que deveria começar em casa. Mas isso não acontece mais. Os filhos não têm mais nenhuma orientação religiosa.

Eu quando era pequeno, tive com minha mãe instrução religiosa, mesmo ela não tendo muita, mas me ensinou que existia um Deus, me mostrou a Bíblia, mesmo sendo uma evangélica, que talvez nem ela mesmo sabia que era. Mas ela me ensinou a rezar, rezou comigo quando era pequeno.

Hoje nem isso os pais fazem. Dizem que não tempo, e não duvido que não tenham mesmo, só que tudo é uma questão de prioridade. E pelo jeito a salvação dos filhos não é prioridade para os pais.

É mais prioridade a faculdade, os cursos, o balé, a computação, o curso de inglês. A igreja a gente resolve quando precisar casar!

Bom, percebi que eles perceberam a necessidade de estarem inseridos no contexto catequético. Hoje não podemos mais querer ser “continuidade” da catequese dada pelos pais. Hoje devemos iniciar um trabalho com amor e carinho e insistir com os pais que eles continuem isso em casa. Uma hora e meia ou duas horas de catequese semanalmente não conseguem competir com o resto da semana que eles têm em casa.

Por isso, catequistas, sempre insistam com os pais para participarem da catequese junto com os filhos, fazendo seu papel em casa. Incentivando, aprendendo junto, compartilhando do que vivenciaram, isso é fundamental para o trabalho do catequista. Lembre-se: catequista não faz milagres!
Bom seria se os pais participassem mais, aí sim nossa catequese seria completa!

Por: FERNANDO LOPES

sábado, 19 de julho de 2014

16º Domingo Comum - Evangelho: Mt 13,24-43 Deixai crescer um e outro até a colheita

Naquele tempo: Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’

O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado. Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”

Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.

Jesus contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.

Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”

Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):

A parábola do joio e do trigo mostra como devemos, na vida, suportar a coexistência do bem e do mal. É impossível realizar uma clara separação entre eles. A ação concomitante do senhor do campo, semeando a boa semente, e a do seu inimigo, semeando a erva daninha, é inevitável. É preciso contar com esta eventualidade!

Os discípulos foram alertados quanto à tentação de querer arrancar a erva daninha, deixando crescer somente o trigo. Seria arriscado, pois juntamente com a erva má, arrancar-se-ia também a boa. O prejuízo desaconselha uma tal providência.

Diante desta situação, a atitude correta consiste em ter paciência, misericórdia e esperança. Paciência, porque, no final das contas, ficará patente a identidade do bem e do mal, embora, num determinado momento, parecessem semelhantes. Além disto, fica sempre aberta a possibilidade de conversão do pecado para a graça, pois a ação de Deus, no coração humano, supera o nosso entendimento. Misericórdia, porque o discípulo do Reino é chamado a acolher os pecadores, com a mesma benevolência do Pai, sem pretender excluí-los dos benefícios do Reino. Trata-se de uma luta constante para libertá-los da escravidão à qual foram reduzidos pelo pecado. Sem misericórdia, este processo de aproximação será inviável. Esperança, porque o mal está fadado a ser derrotado. Pela força de Deus, o bem terá a última palavra na história humana.

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terça-feira, 15 de julho de 2014

As lições de uma grande derrota

“Na perspectiva da fé, submeter-se à realidade é submeter-se a Deus”. Michel Quoist
O Brasil e o mundo ficaram chocados, aturdidos, com a derrota de 7 a 1 da seleção brasileira contra a Alemanha. Ninguém pôde entender e explicar como em menos de trinta minutos de jogo já tínhamos tomado cinco gols muito bem construídos. Gols elegantes.
No país do futebol, numa das “Arenas” mais belas e caras do mundo, o time de craques milionários que jogam no mundo todo, muito bem pagos e treinados, com menos de trinta minutos estava prostrado, derrotado, paralisado. Algo inimaginável, algo que superou todas as piores previsões negativas. O “gigante do futebol”, cinco vezes campeão do mundo, gemia e chorava, dentro de sua casa… Alguns falaram em “apagão” do time. Nenhum comentarista de futebol conseguiu explicar o que houve, embora arriscassem muitos palpites. Nunca houve em toda a história das Copas do Mundo um time que tivesse sido tão massacrado, vexado, em sua própria casa. Foi algo sobre-humano… por isso, tudo merece muita reflexão.
As palavras do povo em lágrimas eram: vergonha, humilhação, etc… É precioso olhar tudo isso, com os olhos da fé. Michel Quoist disse que “na perspectiva da fé, submeter-se à realidade é submeter-se a Deus”.
Os sábios dizem que são nas piores derrotas que o homem aprende a reconhecer seus erros e se preparar para a vitória. Os nossos fracassos, quando bem aproveitados, são remédios eficazes. Então, o mais importante agora é tirar desta catástrofe futebolística, dessa hecatombe nas almas da maioria dos brasileiros, as lições que esse belo país, Terra de Santa Cruz, precisa aprender para vencer os enormes desafios que tem pela frente.
Em junho do ano passado o povo brasileiro foi para as ruas reclamar, como há muito tempo não fazia, contra todas as mazelas que o afligem. Conhecemos bem; houve até um cartaz que dizia: “São tantos problemas que não cabem num cartaz”.
Não podemos nos orgulhar diante do mundo, apenas com realidades tão passageiras, efêmeras e voláteis como futebol, carnaval, e coisas semelhantes. Não. Precisamos nos orgulhar de ter um povo educado, com mais honestidade, sem criminalidade descontrolada, sem fome, sem falta de moradia, sem corrupção, sem malversação do dinheiro público, com bons hospitais, bons médicos e dentistas para o povo, saneamento básico, transportes públicos adequados, mais remédios, menos inflação e impostos, melhor PIB, políticos mais honestos, menos “toma lá dá cá”, menos conchavos políticos, menos fingimentos, etc. Isto sim, deve encher de orgulho uma nação; e não simplesmente se satisfazer com um orgulho perigoso e enganador de querer ser “o melhor do mundo” em futebol e carnaval. Mas agora o circo “pegou fogo”.
É claro, que o esporte é belo e necessário, e a sua disputa sadia e educada é boa; mas não pode ser um fanatismo doentio, a realização determinante de um povo; é muito pouco e efêmero como acabamos de ver. Disse o profeta: “Maldito o homem que confia no homem”. Arriscar a felicidade numa competição é insensatez e imprudência. São Paulo recomendou aos filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4).
Quiseram fazer “A Copa das Copas”, num orgulho exacerbado, acintoso, tentando humilhar os que fizeram as outras Copas, como se assim pudéssemos “ganhar o mundo” e o “satisfazer” o povo. A FIFA pediu 8 estádios e fizeram 12 Arenas ao custo de cerca de trinta bilhões de reais… numa nação carente.
Então, para se combater o orgulho e a vaidade desvairada, nada melhor do que a humilhação. O grande santo e doutor da Igreja, São Francisco de Sales, dizia que sem humildade ninguém se salva, e sem passar pela humilhação ninguém se torna humilde. Jesus abominou a ostentação e a soberba. “Aquele que se exalta será humilhado, o que se humilha será exaltado”.
Que então, essa humilhação que o Brasil sofreu na Copa, como nenhum outro país já experimentou, nos ajude a vencer as terríveis misérias acima citadas.
Especialmente neste ano de eleições, temos uma grande oportunidade desta conscientização se manifestar num voto consciente, lúcido, sem venda da própria consciência, sem votos nulos ou brancos, que em nada ajudam a democracia, ao contrário, a enfraquece. A esperança do povo deve nascer nas urnas, exercendo de maneira realmente patriótica o voto. A urna é mais sagrada que o campo de futebol.
Prof. Felipe Aquino

sábado, 12 de julho de 2014

15ª Domingo do Tempo Comum - Evangelho: Mt 13,1-23 O semeador saiu para semear.

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galiléia. Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas:

"O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!"

Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: "Por que falas ao povo em parábolas?"

Jesus respondeu: "Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem. É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam nem compreendem. Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: 'Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure'.

Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram.

Ouvi, portanto, a parábola do semeador: Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta". - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):

A parábola evangélica ilustra a benevolência do Pai, no seu desejo de salvar a todos, sem distinção. Ninguém está, de antemão, excluído da salvação. Tudo dependerá da disposição e do empenho com que se acolhe a comunicação do Pai.

A semente caída à beira do caminho ilustra a atitude de quem se relaciona com o Pai, de maneira superficial e leviana. A que caiu em terreno pedregoso é símbolo de um coração impermeável aos apelos divinos. A que caiu entre os espinhos aponta para os corações preocupados com múltiplas tarefas, a ponto de faltar-lhes tempo para um diálogo amoroso com o Pai. Enfim, a semente lançada em terra fértil simboliza quem se abre para acolher a Palavra de Deus e se deixa transformar por ela.

A eficácia da Palavra de Deus no coração humano revela-se no modo de viver de quem a acolhe. Somente o testemunho de uma vida pautada no amor e na justiça é um indicativo seguro de que a Palavra está produzindo frutos. O percentual - cem, sessenta ou trinta - dependerá do maior ou menor enraizamento da Palavra na vida do discípulo do Reino. Isto irá ser diferente, de pessoa para pessoa. O importante é que a semente não se perca e produza os frutos esperados. O espaço para a generosidade fica sempre aberto. A eficácia da Palavra não tem limites.

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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Seguir Jesus Cristo de fato e de verdade

Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou que a sua missão era fazer a vontade do Pai (Mt 6,10; Jo 6,38). A vontade do Pai é esta: “Que eu não perca nada do que ele me deu, mas o ressuscite no último dia” (Jo 6, 39.40). Jesus exortou aos escolhidos: “Deveis ser perfeito como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). A perfeição é a vontade de santificação que os salvos têm para Deus (Rm 12,1.2; 1Ts 4,3).
Jesus Cristo também salientou sobre a sua nobre missão de: “Servir e não ser servido” (Mc 10,45). O maior ensinamento de Cristo é o “AMOR” (Jo 15, 12.13). No ensino do amor de Jesus de Nazaré não existe espaço para gente orgulhosa, exaltada, egocêntrica e autoritária.
São Paulo Apóstolo escreve: “Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus. Ele assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achando em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte e morte de cruz!” (Fl 2,5-8).
Seguir o Senhor Jesus Cristo é seguir o seu exemplo é obedecer ao seu ensinamento. Aquele que fala, prega e escreve sobre o Filho de Deus e não vive a sua santa doutrina é: hipócrita, mentiroso, traidor e falso religioso.
O falso religioso sabe se colocar muito bem no teatro da religião; ele usa o nome de Jesus porque sabe que esse nome tem poder para operar sinais, prodígios e maravilhas (Mt 7,23). O principal motivo da existência do falso religioso é que a religião propicia para ele: salário, luxo e poder. O falso religioso é dotado de uma inteligência incrível, por isso engana muita gente, ganha promoções e é tido como santo por muitos. Por incrível que pareça! Esse tal tem ajuda de superiores e de gente poderosa. Seu fascínio sedutor cega as pessoas, principalmente pelo cargo que exerce, pela obra fundada, pelos bens realizados e pelo conhecimento que tem. Seria tão fácil saber que o falso religioso é identificado pelo seu espírito, mandão, patrão, impostor, ditador, autoritário, prepotente e idólatra pelos bens materiais. Ele usa textos da Bíblia para legitimar o seu jeito de ser e viver. Sua doutrina herética é mortal para ele como também para muitos dos seus seguidores!

FINGIR SEGUIR JESUS CRISTO

É bom frisar que o homem que busca glória para si na carona do Evangelho de Cristo, longe está Deus dele. Deus não ajuda o homem com intenção egoísta, idolátrica e pelos seus atos condenatórios. Deus não faz negócio com agiotas e capitalistas, principalmente do mercado religioso. Os banqueiros do capitalismo da religião econômica da teologia da prosperidade têm negócio com deus MAMON (Mt 6,24).
Deus não compactua com quem finge ser seguidor de seu Unigênito Filho. Deus nunca esteve com aquele que mesmo tendo recebido a mais alta formação religiosa, eclesial e teológica e a ordenação ministerial, mas nunca foi de fato e de verdade discípulo de Cristo e nunca viveu o mandamento do AMOR. Deus não habita num coração onde há um excelente teatro da farsa cristã. Não há acomodação para o bom Deus onde tudo já for ocupado. Deus não dá, não divide a sua glória com ninguém. Deus não caminha com canalhas paramentados.
Para aquele que usa o nome de Jesus, o Evangelho e a Igreja para seu benefício próprio, tem na alma o mundo da internet. Para ele tudo é relativo, banal, fútil, virtual, superficial, parcial e jamais infernal para o futuro de sua alma. O tal não tem o santo temor de Deus e zomba dos justos.
A vida religiosa de quem trai a Boa Nova do Reino de Deus é uma espetacularização, uma busca frenética pelo poder, esquematiza o culto a personalidade; sua meta é o glamour, status e câmera. Só gosta de eventos que tenham muitidões. Seu comportamento é pomposo: vestes de marca, paramentos religiosos caríssimos, carro de luxo, aparelhos eletrônicos de tecnologia de ponta, avião, joias, mansões, viagens para os lugares mais caro e fausto em companhia duvidosa e até de gente que é inimiga da amoral Cristã. Tudo isso para ganhar mídia e vender seus produtos. Essas coisas revelam o quanto esse religioso é idólatra pelos bens terrenos e distante fica dos pobres.

OS DOIS MODELOS

O falso religioso que passa como seguidor de Jesus Cristo tem dois modelos de conquistar e enganar o povo.
O primeiro: Aparenta ser popular, amigo e amoroso, na verdade é um lobo vestido de pele de velha.
O segundo: apresenta-se com ar de autoridade, de firmeza na fé, segurança e fidelidade na Sagrada Doutrina. Defende com ferro e fogo os valores morais, a família e a religião. Aparece como salvador da pátria e se mostra bastante corajoso. Parece falar pouco, simula ser equilibrado, calmo e tranquilo, porém, tudo vai ser revelado sobre ele, porque na convivência ele fala demais no vocabulário de mandar, impor e não gosta de ouvir e nem tão pouco de obedecer.
Quando é descoberta a sua identidade, e ele é rejeitado com os seus projetos é aí que aparece a sua intolerância com um desequilíbrio fulminante e um ser violento em potencial. É bom ressaltar que os dois modelos são hoje o reality show no campo religioso.
Jamais esses modelos enganam os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, aqueles que são guiados pelo Divino Espírito Santo.

CONCLUSÃO

Nosso Senhor Jesus Cristo ensinou: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). Aprender com Jesus é viver a graça, a fé, a verdade e o amor de Deus. A meta é a vida eterna. Vivendo a consciência da salvação da alma e liberto da ganância dos bens terrenos, caminhamos como sal da terra e luz do mundo. A visão maior do seguidor de Cristo é as mansões celestiais. O nosso tesouro se encontra lá.
Seguir Jesus é amar o projeto do Reino de Deus. É ter respeito por si e pela dignidade da pessoa humana. É ser autêntico, ser honesto, é ser cristão arrependido de seus pecados e procurando sempre crescer no amor e na amizade dos irmãos e na comunhão do Pai celestial.
Seguir Jesus é praticar boas obras, promover a justiça social pregar a comunhão fraterna e a caridade para com todos.
O jugo de Jesus Cristo é o AMOR. No amor do Mestre de Nazaré só há espaço para servo, para simplicidade, humildade e a divina misericórdia. Reina no coração do seguidor de Cristo a compaixão a piedade e o santo temor de Deus.

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sábado, 5 de julho de 2014

06/07/2014 14º Domingo Comum

Evangelho: Mt 11,25-30 Eu sou manso e humilde de coração.

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: 'Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.

Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):

Mansidão e humildade foram duas virtudes postas em prática por Jesus, ao longo de seu ministério. Virtudes importantes para quem pretende ser Mestre, sem opressão nem arrogância em relação aos seus discípulos. Virtudes que o distinguiam de outros mestres que transformavam a religião num amontoado de prescrições rígidas e minuciosas, de difícil cumprimento. Virtudes necessárias para quem se reconhece enviado, com a missão de fazer a salvação acontecer na vida do povo, sem a intenção de se colocar no lugar do Pai.

Por ser manso e humilde, o relacionamento de Jesus com os fracos e pequeninos caracterizou-se pela paciência e pela benevolência, pelo respeito ao ritmo e ao momento de cada um. Ele sabia descer até as pessoas para solidarizar-se com suas dores e sofrimentos. Com os marginalizados, recusava-se a agir de maneira preconceituosa e arbitrária, por reconhecer-lhes a dignidade de seres humanos. Com os doentes e atribulados pelos maus espíritos, fazia-se próximo, infundindo neles a esperança de cura.

Todavia, o Jesus manso e humilde soube ser severo com os prepotentes e injustos, evidenciando sua opção pelo Reino. Embora certas atitudes e palavras do Mestre possam parecer chocantes, na verdade, são expressão de sua humildade e mansidão, por se tratarem de um recurso extremo para chamar as pessoas à conversão.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Dicas para controlar a ansiedade

Combata a ansiedade com a confiança em Deus

Gosto de olhar fotos antigas e tentar me recordar da ocasião em que elas foram tiradas, pensar no que eu estava vivendo naquele momento e fazer um paralelo com o que mudou daquele dia até hoje. Outro dia, vi uma dessas fotos que me fez refletir uma questão: como eu me preocupava com coisas desnecessárias!

Era o batizado de uma sobrinha há uns quinze anos. Na foto, quase todos estavam alegres, descontraídos e voltados com ternura para aquele pequeno ser vestido de branco que acabara de se tornar cristão pelas águas do batismo. Eu, ao contrário, apareço na foto tão tensa que até minha testa estava franzida. Comecei a pensar se havia alguma razão para eu estar assim tão preocupada na ocasião, e percebi claramente que não. Recordo-me de que foi me pedido apenas para ajudar a posicionar as pessoas na foto e pronto. Só isso.

Eu me preocupava demais com coisas extremamente desnecessárias, e a foto fez com que eu me recordasse disso. Se você me perguntar se, hoje, eu continuo me preocupando com as coisas, a resposta será sim, com certeza! Mas em uma proporção muito menor, pois tenho aprendido a confiar mais em Deus, e, à medida que cresço na confiança, diminuo na preocupação. Na verdade, uma das coisas mais difíceis na vida são as preocupações que temos. Seja com nossos filhos, nossos amigos, nosso cônjuge, nossos pais, nosso emprego e tantas outras coisas que fazem parte de nossa vida. Mas me diga: quem, até hoje, conseguiu resolver alguma coisa à custa de preocupação?

Bem sabemos que o fato de nos preocuparmos não resolve nada; na verdade, o que mais queremos, nesta vida, é deixar de nos preocupar, só não sabemos como fazer isso. Mesmo sabendo que, amanhã, talvez, já tenhamos nos esquecido de quais eram as preocupações de hoje, conscientes de que nossa vida pode deixar de existir a qualquer momento, achamos impossível fazer com que a nossa mente viva tranquila sem nos preocuparmos. Daí, vem a questão: afinal, será que existe algo que possamos fazer para nos preocuparmos menos e darmos um basta na ansiedade?

Lendo os escritos do padre Henri Nouwen, descobri que existe, sim, uma solução. Ele explica que se é verdade que não podemos mudar seja o que for pelo fato de nos preocuparmos com a situação, o remédio é treinarmos nosso coração e nossa mente no sentido de não perdermos tanto tempo e energia com a ansiedade. Ele também nos mostra o caminho e nos recorda as palavras de Jesus: "Procurai, antes de tudo, o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais virá por acréscimo" (Mt 6,33).

Compreendi com isso que, quanto mais tenho me lançado na confiança em Deus e priorizado a ação do Reino d'Ele em minha vida, mais serenidade experimento mesmo em meio às lutas, e a transmito também aos outros. Essa mudança está registrada claramente em minhas fotos, como pude perceber no álbum de família. Como é interessante olharmos para nossa história e percebermos o quanto Deus vai nos moldando pela força de Sua graça! Já parou para pensar sobre isso? Desejo que, no dia de hoje, o Senhor também o viste e fortaleça sua confiança n'Ele, concedendo-lhe mais serenidade e alegria no viver o dia de hoje como ele é: um grande presente de Deus.

Estou unida a você.
Dijanira Silva


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