sábado, 30 de junho de 2012

Introdução às Confissões de Santo Agostinho Capítulo 4

“E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis, 1, 26s).

Santo Agostinho ensina que se fomos criados à imagem e semelhança de DEUS, temos um enorme potencial latente dentro de nós. Existem vestígios de DEUS em cada um. A criação esconde em si, resquícios do Criador. Resquícios que conduzem ao Criador. Podemos encontrar a DEUS, porque ELE deixou sua marca em cada um. DEUS nos conhece, e está sempre conosco. ELE vive conosco.

É uma força presente e atuante em cada momento de nossas vidas, “mais íntimo a nós do que a nossa própria intimidade”, mesmo que nem sequer percebamos.
Isto é uma parte do que reserva uma leitura das Confissões de Santo Agostinho. Este livro é verdadeiramente uma busca e um encontro. O que se busca pode ter muitos nomes, mas é sempre o mesmo encontro acontecendo. Encontro com algo significativo, com algo maior, com algo que mexe. Santo Agostinho já passou por este mundo. 

Ele morreu em 430 durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. Mas o que ele fez e deixou não passa. E enquanto o ser humano tiver um lado religioso dentro de si, suas Confissões ainda serão lidas.

Por: Adriano José Gonçalves
Paróquia Santuário de São Judas Tadeu
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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Introdução às Confissões de Santo Agostinho Capítulo 3

Porém, é justo indicar um livro apenas pelo seu autor? Talvez não seja. Então por que ler este livro? Como já foi dito, este livro dialoga com o leitor. Este talvez seja seu segredo para ter resistido ao tempo.

As Confissões eram, são e continuarão sendo um livro atual. Passam-se os tempos, e DEUS permanece como o grande mistério e desafio dos povos. Ler estas Confissões é deparar-se com os desafios de alguém que viveu há mais de 1500 anos atrás, e notar que ainda assim encontramos particularidades que chamam nossa atenção.

Por quê? Porque encontramos parte de nossas próprias confissões nesta leitura. Os teólogos católicos geralmente concordam com a crença de Santo Agostinho de que Deus existe fora do tempo e no "presente eterno"; o tempo só existe dentro do universo criado. Assim também são as “coisas de DEUS”. O tempo não as consome. Passam-se os anos, no entanto, DEUS permanece sempre.

E a experiência de DEUS que Santo Agostinho ainda é válida, e repercute dentro de quem a acompanha. O caminho das Confissões é um caminho pessoal, e ruma para dentro de si mesmo (ou como Santo Agostinho dizia: “Não fuja de você mesmo, mas volta para dentro de você; em seu coração habita a verdade").

É um livro enriquecedor. Faz pensar. Mexe com os sentimentos. Aguça a fé. Tem seu lado místico. Ensina muitas coisas, e incita tantas outras. Santo Agostinho faz sua auto-acusação. Não quer atenuante algum.

Apenas fica diante de DEUS, e aguardo o veredicto DELE. DEUS o conhece. Sabe de suas forças e fraquezas. Conhece seu potencial, sua capacidade, e vê o que ele tem atingido. Santo Agostinho têm estas certezas. Acredita nisto com fé decidida. Por isso, acolhe em cada momento da sua vida a presença de DEUS (ELE que está sempre mais próximo de nós do que supomos, “mais íntimo a nós do que a nossa própria intimidade”). DEUS sempre está no centro de tudo. Sempre é o centro de tudo. É o Supremo Bem, que irradia força e amor sobre cada um.
Ler este livro, com mente e coração abertos, é mergulhar numa sólida e bela visão de DEUS. É passar por um caminho, enquanto busca-se o seu próprio. Santo Agostinho provavelmente não te dará muitas respostas. 

Talvez não dê nenhuma sequer. Mas nem era este o seu objetivo. Ele veio mostrar que o caminho está aberto. Existem muitas vias para o crescimento pessoal. E DEUS está aí, esperando por isto. Esperando atitude. 

O caminho está aberto. Todavia, cada um tem de encontrá-lo por esforço e mérito próprio... Ninguém abrirá portas que estão reservadas para você. Porém, estas portas não se abrem sozinhas. É preciso que você queira abri-la. Que você a busque. Que você a encontre.

Que seja capaz de olhar o que ela esconde. Que tenha coragem de enfrentar, seja o que for. Que acredite. E assim, que possa passar adiante, e buscar o que é realmente seu. DEUS está aí. Espera que a sua fé seja realmente decidida. Espera que acredite. Que confie. Que queira. Que saiba... É muito importante realmente saber. Crer e saber, este é o grande lema agostiniano.

Por: Adriano José Gonçalves
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Introdução às Confissões de Santo Agostinho Capítulo 2

Mas por que ler as Confissões de Santo Agostinho?

Um primeiro motivo poderia ser o próprio autor. Afinal, é um dos “grandes” quem se confessa. Um “grande da história” se condena e clama por misericórdia divina. Dentro de toda a história do cristianismo, poucos teólogos têm importância similar a de Santo Agostinho.

E mesmo dentre aqueles que tem esta importância, como por exemplo Santo Tomás de Aquino, usaram eles muito de Santo Agostinho em sua própria obra. Livros como Trindade, Cidade de Deus, Comentários aos Salmos, Comentário Literal dos Gênesis, Enchiridion, Comentários ao Evangelho Segundo João, entre tantos outros, marcaram e ajudaram a solidificar uma fase muito importante para todo o cristianismo. Eram ainda os primeiros séculos do crescente catolicismo, que ainda não tinha uma forma totalmente definida, e vivia sufocado entre tantos outros credos e cultos.

Defender uma fé estabelecida ou já definida não é o mesmo que defender uma fé nascente, ainda tomando sua forma. Advogar uma causa sempre é um desafio. Porém, advogar uma causa que ainda está se formando, que ainda não tem um corpo definido, este sim é um desafio "titãnico", pois exige muito mais daquele que assume esta causa.
Santo Agostinho foi um autor prolífico em muitos gêneros (tratados teológicos, sermões, comentários da escritura, e autobiografia). Suas Confissões são geralmente consideradas como a primeira autobiografia. Agostinho descreve sua vida desde sua concepção até sua então (com cerca de 50 anos).

A consciência psicológica e auto-revelação da obra ainda impressionam os leitores dos nossos dias. Cada capítulo do livro é um passo. E cada passo é dado com total consciência. O livro é como uma estrada. Conhecemos quem caminha (Agostinho). Sabemos onde ele deseja chegar (até DEUS). 

E ele nos chama a trilhar com ele até certo ponto do seu caminho, para então seguirmos o nosso próprio caminho. Todo o caminho está repleto de DEUS, mas é preciso algo mais. Segundo Santo Agostinho, quem conhece mais a DEUS, está mais perto de DEUS, e pode amá-lo mais, e por consequência, será mais feliz. E qual o objetivo da vida, senão ter uma vida feliz?


Por: Adriano José Gonçalves
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Introdução às Confissões de Santo Agostinho Capítulo 1


Viajemos em pensamento. Voltemos ao passado. Nosso destino é o Norte da África, no século IV. Ano de 397 (talvez 398). Ali encontramos uma pequena comunidade. Uma igreja dos primeiros séculos do cristianismo. Adentramos a igreja, porque há alguém nos fundos dela. Há um senhor, nos seus quarenta e poucos anos. As roupas evidenciam ser um religioso.

Mais precisamente um bispo (ou, na época, bispo assistente). Vemo-lo preparado para escrever algo. Ele transborda alegria e entusiasmo. Parece ter o coração inteiro nas mãos, e pretende descrever cada chaga e pulsação que pode sentir. Um coração apaixonado, que estava faminto de DEUS, e agora o encontrou. Um homem que encontrou a si mesmo, e sua realização começou a acontecer, na medida em que busca o Amor (e um Amor sem medidas).

A necessidade pessoal o impele a invocar a DEUS. A deixá-lo entrar em seu coração. A celebrar a grandeza deste mesmo DEUS, enquanto confessa sua fraqueza e pequenez. Ali começam a serem escritas algumas das mais belas páginas da literatura cristã. São as confissões de Aurelius Augustinus, a quem nós chamamos de Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho...
Santo Agostinho tem uma importância singular dentro da história. Importância esta que ultrapassa as barreiras do catolicismo, ou mesmo do cristianismo, ou da religião de modo geral. Sua influência foi enorme, e sente-se isto ainda nos dias de hoje. Apesar de sua figura ficar, às vezes, limitada a exemplo de “pecador convertido”, ele representa bem mais do que isto. Sua vasta obra literária exemplifica esta questão.

E as Confissões têm um lugar especial em todo ela. É o livro que mais diretamente conversa com o leitor. Não nasceu de pedido algum, nem tinha como objetivo provar nada. Não está cheio de teses ou teorias teológicas. É Santo Agostinho consigo mesmo, diante de DEUS, a falar acerca das coisas que marcaram a sua caminhada pessoal. 

É um livro escrito para DEUS, mas escrito também para todo e qualquer “filho de DEUS”. Como ele mesmo diz em certo ponto do livro: “Confesso-te agora tudo isso, Senhor. Leia-o quem quiser, interprete-o como lhe aprouver”.  Santo Agostinho visa apenas uma coisa: a Verdade! E a Verdade é o DEUS VERDADEIRO, que sonda os corações e a tudo conhece. 

E diante deste DEUS só há uma atitude que pode ser tomada: abrir o coração e lhe permitir entrada, e não tentar resistir a ELE. A garantia das palavras de Santo Agostinho neste livro é este DEUS que conhece tudo o que ele escreverá. A Verdade merece palavras verdadeiras. Desde o início, quem ouvirá as Confissões é o próprio DEUS...




Por: Adriano José Gonçalves
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pedro e Paulo.

Comemoramos, nesta semana, a festa dos Santos Apóstolos, Pedro e Paulo, colunas da Igreja que eles, juntamente com os outros Apóstolos e sob a primazia de Pedro, ergueram pelo Espírito Santo depois de nascida no Sangue Redentor derramado na cruz.

“Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja.”(Cf. Mt. 16,18). “Este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos filhos de Israel.”(Cf. At. 9,15)

Paulo, escrevendo aos Gálatas (Cf. 1,15-17), nos fala de sua vocação, de seu chamado pela graça para revelar aos gentios a salvação. E conclui “não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém”. Dispôs-se totalmente, entregou-se inteiramente a Cristo. 

Bem antes, junto ao mar da Galiléia, dois pescadores, um de nome Simão, ouviram também um chamado, mais simples do que ouvira Paulo na estrada de Damasco (Cf. Marcos 1,16, Lucas 5,11, Mateus 4, 18-20) e, deixando as redes, o barco e o pai, partiram.

Que há de comum entre esses dois homens, de origem e cultura tão diferentes, um na simplicidade e rudeza de sua profissão de pescador, galileu e o outro culto, fariseu, instruído por um mestre da lei, Gamaliel, senão a disponibilidade de um coração sincero, aberto à voz de Deus nos acontecimentos de cada dia?

O Evangelista João (Cf. Jo. 1, 41) nos detalha o encontro de Simão com Jesus: “Tu es Simão, o filho de João; chamar-te-ás Cefas”(que quer dizer Pedra). 

Nos Atos dos Apóstolos (Cf. At.9), Cristo enfrenta seu perseguidor: “Saul, Saul por que me persegues?” Não o chama diretamente. Ordena-lhe: “Entra na cidade e lá te dirão o que deves fazer.”

Todos conhecemos a vida desses dois Apóstolos até a sua consumação pelo martírio, em Roma, quando cheios de zelo pelo Evangelho e vivendo o amor eterno, receberam a coroa da glória que lhes estava reservada (Cf. 2 Tim. 4, 6-8).

Em ambos ressalta o imenso amor a Cristo. Em ambos, a sinceridade de sua conversão e de suas vidas.

Os Evangelistas nos relatam que após ter negado o Mestre por três vezes, Pedro chorou amargamente e, no encontro com o Ressuscitado, reconheceu sua fraqueza, respondendo-lhe com toda a humildade, contendo o ardor de seu coração: “Senhor, tu sabes que eu te amo”(Cf. Jo.21, 11-20)

Paulo penitencia-se diante dos Coríntios (Cf. Cor.15,9): “Pois sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus sou o que sou: e sua graça não foi estéril em mim.” 

Pedro, uma vez convertido (Cf. Lc. 22,32), confirma seus irmãos. É o primeiro a proclamar a ressurreição do Mestre e a convidar o povo de Israel a uma verdadeira conversão no reconhecimento do plano salvífico do Redentor: “Saiba, portanto, com certeza, toda a casa de Israel: Deus o constituiu Senhor e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes”(Cf. At.2,36).

Não mais teve medo, como na noite tempestuosa em que a barca quase submergia. (Cf. Mc. 4, 35-41). Timoneiro experiente, acreditava na graça, e com segurança norteou e dirigiu a nova Barca que lhe fora agora confiada, reconhecendo valores e o arrojo de tripulantes, como o de Paulo, respeitando a prudência e firmeza de Tiago, dando segurança e tranqüilidade a todos.

Como homem precisava também do auxílio e colaboração dos irmãos, por isso, não se insurgiu contra a censura de Paulo diante de sua fraqueza pessoal. Aceitou-a dignamente.

Não foi arrogante diante dos irmãos. Mostrou-se sempre como o foi na vivência com o Salvador, um apaixonado, de grande coração, que daria a vida, mil vidas se tivesse, pelo seu ideal e pelo seu Mestre. Por isso, como a Madalena, muito lhe seria perdoado porque muito amou.

De Paulo não poderíamos falar diversamente. Constrangido a fazer o seu próprio elogio, diante de acusações ao seu ministério, deixa-nos uma página belíssima sobre sua vida apostólica: “Oxalá pudésseis suportar um pouco de loucura de minha parte”(Cf. 2Cor 11, 1). As fadigas, os açoites, as cadeias, os perigos das viagens, a preocupação por todas as Igrejas.”Quem fraqueja que eu também não me sinta fraco. Quem cai, sem que eu também não me sinta febril?”.

Sentia-se também sujeito a fraquezas. Comprazia-se na lei do Senhor, mas sentia em si outra lei que pelejava contra a lei de sua razão: “Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte? (Cf. Rm.7,24). Mas sabia em quem acreditara.

Todos os dias, como Sucessor dos Apóstolos e Pastor próprio desta querida Igreja Arquidiocesana de Juiz de Fora, invoco os santos Apóstolos, sobretudo, Pedro e Paulo, agradecendo a Deus que, por eles nos deu a graça da fé e de conhecer a revelação de sua face no seu Filho.

Agradeço por estar na Barca de Pedro, instruído pela doutrina apostólica de que são um manancial as cartas de Paulo. E rezo pela Igreja, por nossos Pastores sob o primado de Bento, que continuam o ministério apostólico para mantermos o vínculo da unidade no mesmo Espírito do Senhor Jesus, para a glória do Pai.



Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO 
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.

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terça-feira, 26 de junho de 2012

O momento certo para a crítica

A grande verdade é que ninguém gosta de receber críticas, mas, quando a hora é de ver e comentar os defeitos dos outros, dificilmente alguém perde a oportunidade de criticar. De qualquer forma, a convivência com as críticas exige uma grande dose de maturidade e equilíbrio. Elas significam um julgamento de valor ou um sentimento subjetivo de acordo com o ponto de vista de quem as faz.

Do lado de quem recebe críticas, as reações também são sempre subjetivas. Há momentos em que são até bem-vindas - a pessoa está mais aberta e as aproveita para se reformular. Em outros, a crítica provoca vergonha, raiva, irritação e depressão.

Há pessoas que reagem a ela com o sentimento de "deixa pra lá"; outras, porém, se arrasam. Se o criticado é forte, consciente de seu próprio valor, saberá receber a crítica naturalmente, sem grandes sofrimentos. Pode até se contrariar e rebater, mas não se sentirá derrubado nem agredido. Porém, se a pessoa estiver atravessando uma fase difícil de sua vida ou for alguém inseguro e complexado, a crítica é péssima e vai de fato machucar.

Qualquer ser humano tem o direito de emitir suas opiniões diante de um comportamento, de uma atitude ou de uma realização do outro. Entretanto, ninguém pode arrasar algo só porque não gostou ou destruir outro ser humano só pelo prazer de ver a sua ruína. Nesse sentido, é necessário separar bem as duas formas de crítica: a construtiva, feita por amor, com carinho e interesse pelo outro; e a destrutiva, feita com ódio ou rancor, para agredir, derrubar e humilhar.

Há críticas maravilhosas, belíssimas. Elas nem seriam críticas, mas verdades ditas em momentos de encontro, de orientação, de ajuda, de troca. Quem critica bem, critica a sós. Chama o outro e diz: "Olha, assim não tá legal. Você tem capacidade de fazer diferente, de fazer melhor. Que tal tentar de novo; fazer outra vez?" Quem critica positivamente, critica mansamente, pensando em acertar, em elevar o outro.

O problema é que existem sempre os críticos que opinam com o dedo em riste, que só sabem ver o lado ruim do outro e têm sempre uma palavra azeda, venenosa, na ponta da língua. Esses críticos ferrenhos e constantes são, em geral, pessoas negativas, agressivas, complexadas. Elas não criticam por amor, mas com arrogância, maldade, vingança e inveja. E, provavelmente, se ocupam muito da vida alheia, porque a delas é um eterno vazio.

Um exame de consciência sobre o assunto não faz mal a ninguém. Por que não procurar as coisas boas que existem? Por que não ver o lado positivo das pessoas? Não seria mais fácil e gratificante viver dessa forma? Se existem várias formas de criticar, por que não escolher as melhores?

Uma mãe, por exemplo, pode chegar para o filho e dizer: "Você é um inútil, um incompetente, um irresponsável. Não presta para nada". Provavelmente tais palavras não contribuirão para sua mudança de comportamento. Por que diante da mesma situação, a mãe não opta pelo lado da compreensão e do diálogo? Elogiar o filho, exaltar sua inteligência e bondade, e só depois apontar o erro, convidando-o a refletir: "Por que você fez isso? Será que não existe outra forma de agir?" Quem faz uma crítica assim, construtiva, não está pensando em si mesmo, mas no outro, no bem comum e, certamente, essa é a grande diferença.

A aceitação de uma crítica depende de como ela é feita, da pessoa que a faz, do momento e do motivo pelo qual é colocada. Mesmo assim, sempre se pode aprender alguma coisa com ela. A observação do outro, mesmo que maldoso, pode servir de alerta sobre nossos defeitos ou, no mínimo, como um ensinamento sobre a inveja e a maldade humanas.

Quem tem segurança e maturidade sempre analisará a crítica recebida e considerará se há nela algum dado importante para o seu autoconhecimento ou para o conhecimento das pessoas que o cercam. O duro é que, na maioria das vezes, as críticas são feitas com a intenção de arrasar e, quando elas nos pegam num mau momento, fica difícil superar.

O jeito, então, é esfriar a cabeça e deixar para pensar nelas depois que toda exaltação foi superada. Vale lembrar que saber aceitar ou fazer crítica é uma arte que precisa ser cultivada por todos nós.




Por: Maria Helena Brito Izzo
Psicóloga e terapeuta familiar. Fonte: Revista Família Cristã
 

domingo, 24 de junho de 2012

Pagar ou não pagar o dízimo?

Essas expressões fazem a Igreja cheirar comércio e fazem mais mal do que bem. 

Ninguém tem de pagar; o dízimo é uma contribuição generosa feita por quem tem consciência e percebe que ele é responsável pela manutenção do culto e pelo crescimento de sua comunidade. Então essa pessoa assume a comunidade e passa a ajudar com seu trabalho e economicamente.

O dízimo tem base na Bíblia. Há referências que estão ligadas à manutenção dos levitas e sacerdotes e do Templo de Jerusalém. É uma pena que hoje o dízimo seja levado mais para essa direção, porque ele teria muito mais força se fosse orientado para o social na comunidade. E aqui ficam o grande problema e uma pergunta: "O que realmente se faz com o dízimo em nossas paróquias? Há uma prestação de contas à comunidade?".

Há muitos outros meios de prover a manutenção e o crescimento das comunidades; há outras formas de sobrevivências. Por isso a sabedoria da Igreja diz : "pagar o dízimo segundo o costume". Não sei se devíamos fazer um cavalo de batalha dessa questão. Jesus chama a atenção dos fariseus sobre a preocupação exagerada com o dinheiro. A prática de Jesus é a misericórdia e a justiça.

Compreendemos que sem dinheiro fica difícil organizar os trabalhos na comunidade. Mas reconhecemos que há
muitos outros meios que vemos na sociedade leiga e que funcionam bem e não são odiosos.

Não pregamos contra o dízimo. Achamos que é um caminho de participação, por isso cada um deveria contribuir conscientemente; é uma forma de partilha e de solidariedade, mas não se pode radicalizar. Deviam ser mais divulgadas a pastoral do dízimo e uma dedicação em formar as pessoas.

É muito mais religião uma contribuição consciente que dispensaria taxas e pró-labore, bem como as paróquias poderem manter certas obras sociais que supririam as deficiências da sociedade leiga.

Não podemos nos esquecer da viúva que colocou no tesouro do Templo algumas moedinhas. Na verdade colocou mais que todos, pois depositara no tesouro do Templo tudo o que ela possuía.

Continua sempre verdade que o que sobra para nós pertence aos pobres. A comunidade nos chama para uma vida de comunhão e participação. Dízimo não é esmola, mas minha participação na vida da minha Igreja.

Texto extraído do Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora Santuário).


sábado, 23 de junho de 2012

João Batista, o maior dos profetas

A natividade de São João Batista

No dia 24 de junho, a Igreja celebra a solenidade litúrgica do nascimento de João Batista, “o maior dos profetas”, que foi enviado “para preparar os caminhos do Senhor”. Ele e a Virgem Maria são os únicos em que a liturgia lembra o nascimento. Os demais santos são comemorados no dia da morte, mas João é comemorado duas vezes: no nascimento e no seu martírio, celebrado em 29 de agosto.

A celebração da natividade de João Batista evoca a manifestação da graça e bondade de Deus. O lema é a frase de Zacarias, seu pai, no evangelho dessa solenidade: “Seu nome é João”. A frase é uma mensagem da gratuidade e bondade divinas. O próprio nome – Yohanan – significa “Deus se mostrou misericordioso”. É importante lembrar que seus pais, Zacarias e Isabel, eram idosos e a mãe, estéril. Portanto o nascimento de João revela o poder e a bondade de Deus e é um sinal claro da importante missão que a ele é confiada.

Ele é o “profeta do Altíssimo” e seu modo de viver lembra Elias, o profeta que vivia no deserto, impelido pelo Espírito. Aliás, no evangelho de Lucas, o anjo anuncia que João andará no espírito de Elias, o mais típico “homem de Deus” do Antigo Testamento.

João é testemunha da Luz, sobretudo por ter apontado Cristo no meio da humanidade. Ele encarna a plenitude do Antigo Testamento e a preparação para o Evangelho. E teve a graça de batizar o próprio Cristo, marcando o início da missão do divino Salvador. 

O maior dos profetas
“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo.” Assim o evangelho de Lucas inicia o canto de Zacarias que louva a Deus pelo nascimento do filho João Batista. E mais adiante ele proclama: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos.” (Lc 1, 68.76)

No dia 24 de junho, com muita alegria, a Igreja solenemente celebra o nascimento de São João Batista que, ao lado da Virgem Maria, são os únicos em que a liturgia lembra o nascimento. Os demais santos são comemorados no dia da morte – quando terminam sua missão e nascem para a vida eterna – mas João é comemorado duas vezes: no nascimento e no seu martírio, celebrado em 29 de agosto.

Esse privilégio litúrgico se deve à grandeza da missão do Batista. Ele é o precursor do Messias, aquele que foi enviado para preparar os caminhos do Senhor. É testemunha da luz por ter apontado Cristo no meio da humanidade: “Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira o pecado do mundo.” (Jo 1, 29) 

Sua festa evoca a manifestação da graça e bondade de Deus. O nome João significa “Deus se mostrou misericordioso”. A misericórdia de Deus se manifestou no nascimento desse profeta. Seus pais, Zacarias e Isabel, “eram justos diante de Deus, caminhando irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor.” (Lc 1, 6) Não tinham filhos porque Isabel era estéril e ambos estavam em idade avançada. Isso era considerado um castigo de Deus na mentalidade judaica da época, mas Deus prova o contrário. 

A misericórdia divina também se manifesta na missão importante a ser vivida por João. Ele nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, de quem é primo, segundo a Tradição. É o último e o maior dos profetas, aquele que veio para dar testemunho da luz verdadeira que é Jesus Cristo.

Nos evangelhos, várias passagens ressaltam a pessoa e a missão do Batista. O evangelista João afirma que “houve um homem enviado por Deus que se chamava João. Este veio para dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. (Jo 1, 6) Em outra passagem o mesmo evangelista narra que, interrogado pelos judeus se ele era o messias esperado, João Batista testemunhou: “Eu não sou o Cristo. Eu batizo em água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Este é o que há de vir depois de mim, ao qual eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.” (Jo 1, 20. 26-27)

Marcos inicia seu evangelho apresentando João Batista que “pregava o batismo de penitência para remissão dos pecados.” (Mc 1, 4) O evangelho de Mateus conta que João começou a pregar no deserto da Judéia, dizendo: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é aquele de quem falou o profeta Isaías quando disse: Voz do que clama no deserto. Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.” (Mt 3, 2-3)

E o próprio Jesus dá seu testemunho sobre a missão de João quando deseja ser por ele batizado. Em outra ocasião, Jesus novamente destaca a missão de seu precursor, afirmando que ele é mais que um profeta, pois foi enviado para preparar o caminho do Messias. E completa: “Na verdade vos digo que entre os nascidos das mulheres não veio ao mundo outro maior que João Batista.” (Mt 11, 11)

Homem de coragem, enfrentou as autoridades e os poderosos, denunciando seus erros e injustiças. Enfrentou o próprio rei Herodes, censurando-o por ter tomado como mulher a esposa de seu irmão: “Não te é lícito” – exclamava com firmeza e coragem, que lhe custaram a prisão e a morte. 

Na celebração desse grande santo, que mensagem eu gostaria de transmitir a todos os fiéis diocesanos confiados ao meu pastoreio? A minha mensagem e a mesma de João Batista, conclamando o povo à conversão: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. E todo homem verá a salvação de Deus.” (Lc 3, 4-6)

João Batista nos convida a mudarmos de vida, a direcioná-la conforme os valores do Reino de Deus: “Quem tem duas túnicas, dê uma ao que não tem; e o que tem que comer, faça o mesmo.” (Lc 3, 11) A salvação divina se concretiza na medida em que o Reino de Deus se realiza: na vivência da fraternidade, na prática da justiça, na defesa da vida, na promoção da dignidade humana, no resgate dos direitos dos pobres e excluídos.

Por isso a mensagem de São João Batista se faz atual e contundente. Ela convida todos a se empenharem na construção de uma nova sociedade, sem violência, sem miséria, uma sociedade que ofereça condições de vida digna para todos. Pois, como proclama Zacarias em seu canto, João veio ao mundo “para dar ao povo o conhecimento da salvação, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para dirigir nossos pés no caminho da paz.” (Lc 1, 77-79)

Celebrando a festa de São João Batista, rogamos que sua proteção se faça constante e sua mensagem sempre nos interpele para a construção de uma sociedade cada vez mais alegre e bonita. Para a construção de uma sociedade cada vez mais cheia de vida, marcada pelos valores do Evangelho de Jesus Cristo, de quem João Batista foi o precursor!



Por: Dom Fernando Mason
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Vos estis lux mundi."


Analisamos no artigo "Vos estis sal terrae", a dimensão valorativa deste imperativo cristão, e notamos quão grande e imenso é o desejo de Jesus por um mundo pautado numa mistura de gostos e sabores mergulhados no Divino.

Pois bem... Esse é o sonho de Deus. E ele não se encerra aqui. Pensemos também na fala de Jesus ao dizer: "Vós sois a luz do mundo." Este discurso é um  misto de de missão, poesia e teologia; nos surpreende com medidas que não merecemos, faz-nos desejar a sacralidade de cada dia e nos invoca a sermos sacramentos de Deus para o outro. Jesus faz-nos querer deitar no chão da existência a fim de recolhermos as muitas partes e sermos n'Ele o todo.

Como é bom observar à noite em alguns lugares, que quando se acende uma lâmpada, logo aparece um enxame de insetos em volta dela, dado o fato de existir luz ali. Às vezes penso também como é contagiante o nosso contentamento, quando a luz entra em cena num lugar visitado pela escuridão. Compreendo que aí está a dinâmica da luz - ser sinal da Verdade. Quando a visão ofuscada pela realidade sombria, já não consegue mais distinguir os detalhes, as partes; a luz entra no cenário, mesmo que talvez seja como a penumbra de uma luz miúda, e revela o mistério.

Acredito que é essa a nossa missão. Não sermos tão somente continuadores do Projeto Salvífico, sendo o sal e fazendo a diferença nesta terra. Todavia, tornar-nos também Sacramento de Deus para este mundo. A luz em sua singular atividade serve pra iluminar, revelar. E quantos ainda carecem da luz da fé em suas vidas? Agora talvez fique claro a Missão acima citada. Quantos precisam recolher os detalhes e gesto da vida, a fim de dá-la sentido, preenchendo o vazio com o todo... Isso é a poesia da existencialidade humana. E quantos ainda precisam de uma luz pra enxergar que é de Deus que brota a vida, a benção, o dom do Amor que explode em todos os instantes das menores iniciativas ao gerar o universo criado... pois é... isso é pura Teologia.

Por ora certamente fica compreensível o porquê dessa tríade - missão, poesia e teologia- na dinâmica da luz. Porque de fato só seremos luz, sinal da verdade para o outro se elevarmos nosso coração aos céus, deitarmos no chão da existência e tornar-nos acolhimento, dom... É Jesus quem diz:  "Sic luceat lux vestra coram hominibus, ut videant opera vestra bona et glorificent Patrem vetrum qui caelis est." - Assim também, brilhe a vossa luz aos olhos dos homens, a fim de que, vendo as vossas obras, eles glorifiquem o vosso Pai que está nos céus." (Mt 5, 16).

Sejamos Luz!!!

Jerônimo Lauricio - Bacharel em Filosofia.
E-mail: jeronimolauricio@gmail.com

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aviso aos invejosos

Como dizia a minha avó, na sabedoria dos antigos, a inveja mata. E hoje sabe-se que este é realmente um sentimento muito sério, capaz de causar enormes prejuízos tanto ao invejoso quanto ao invejado, porque contém grandes cargas de energia negativa. Define-se a inveja como um desgosto pelo bem ou gela felicidade que é de outra pessoa. E um sentimento que leva o invejoso a vibrar negativamente ou a ficar com raiva, quando outro possui aquilo que ele gostaria de ter.

Originariamente, a inveja é um problema interno, psíquico, com fortes repercussões nas relações humanas. E um sentimento mesquinho, pequeno, mas não chega a ser um desvio de comportamento, como a neurose e a cleptomania, embora esteja ligado à emoção. Tal sentimento tem suas raízes na falta de caráter e de formação, nas frustrações não resolvidas, na incompetência e na ociosidade, porque só quem está sem o que fazer tem tempo para cuidar da vida dos outros.

E essas características podem se manifestar na vida de qualquer ser humano, mas assumi-las e enfrentá-las de forma positiva depende de uma série de fatores, como o histórico de vida de cada pessoa e suas diferenças individuais. Pode-se distinguir dois tipos de invejosos: o camuflado e o evidente. O primeiro não mostra na cara o que está sentindo, mas é do tipo que não consegue se alegrar com o sucesso alheio e tem sempre um comentário maldoso a proferir ou uma risadinha sarcástica para dar. O bem do outro é um golpe para ele, que procura uma forma de diminuir ou de desprestigiar a conquista e o mérito de seu vizinho, de seu irmão, de seu colega de trabalho etc.

Já o invejoso evidente não fala, mas se corrói por dentro. Ele fica de mau humor, se estraçalha, se anula e, pior ainda, não consegue aproveitar o que a vida lhe dá, porque o que o outro possui é sempre melhor. O bem da pessoa que ele inveja é motivo de sua raiva, em vez da reflexão: "Por que ele tem isso?"; "De que forma eu também posso conseguir?"; "Será que se eu usar o meu lado positivo e criativo também não irei alcançar isso?" Por tudo isso, a inveja costuma ser própria das pessoas acomodadas, incapazes de lutar para conquistar as melhoras que desejam.

Dizer que a inveja é a arma dos incompetentes é meio perigoso, porque não é possível generalizar sem conhecer a história de cada pessoa. Além disso, existem maneiras diversas de reagir a esse sentimento. Para alguns, ele se torna um estímulo para chegar onde o outro está. Para outros, incapazes de se mover, ele se transforma em ódio, raiva e toda sorte de sentimentos negativos. Seja como for, não deixa de ser um comportamento nocivo, pois faz o próprio invejoso sentir-se infeliz, diminuído, complexado e frustrado.

Aliás, normalmente o invejoso é uma pessoa frustrada, que vive presa num círculo vicioso: um fracasso leva à frustração, que gera algum complexo, que estimula o sentimento de inveja, causando mais frustrações. E, assim, o invejoso se anula, pois não vive mais a sua vida: fica sempre atento ao que o outro é, tem, faz, consegue. Este indivíduo é um forte candidato a uma terapia. Ele precisa de ajuda, porque não só prejudica a si mesmo, mas também a todos que estão à sua volta.

A inveja pode ter muitas causas - influências do ambiente social, atuação dos pais, entre outras -, mas ela é também fonte de muito sofrimento e angústia. Por isso, quem tiver esse problema deve procurar um especialista ou a orientação de alguém que possa esclarecê-lo melhor e ajudá-lo a resolver seus conflitos internos. Por outro lado, é preciso muito cuidado para não se confundir sentimentos sadios e naturais com a mórbida e nociva inveja.

É normal, por exemplo, que alguém veja uma casa, um carro ou uma roupa bonita e pense: "Que bom seria se eu tivesse isso". Este pensamento é bem diferente da verdadeira inveja - tida como um defeito da personalidade - que é própria das pessoas que cultivam o ódio, o ressentimento, a raiva contra seu semelhante, trazendo muita infelicidade para todos.




Por: Maria Helena Brito Izzo
Psicóloga e terapeuta familiar. Fonte: Revista Família Cristã
 

terça-feira, 19 de junho de 2012

O que é a Cruz ?


A cruz é um dos símbolos mais antigos. Sua presença é reconhecida já nas antigas civilizações, como no Antigo Egito, na Ásia, na Europa, na Índia e em Israel. Na Ilha grega de Creta, em Cnossos, foi achada uma cruz de mármore do séc. XV a.C.
Ela representa uma divisão do mundo, indicando os pontos cardeais, tornando-se a base de todos os símbolos de orientação (bússolas, rosa dos
ventos, horizontal x vertical etc.). O cristianismo enriqueceu o simbolismo da cruz, sintetizando nela a história da salvação, tornando-a mais que uma representação de Cristo. Jesus lhe institui um novo e definitivo significado, com sua paixão redentora.
No Novo Testamento, Jesus afirma que, para segui-lo, devemos tomar nossa própria cruz, perdendo a vida para salvá-la (Marcos 8, 34-35). A Cruz é o
triunfo de Cristo, pois nela aconteceu o derramamento do seu sangue, como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento: “sem derramamento
de sangue não há remissão” (Hebreus 9,22). Na cruz de Cristo, também experimentamos a nossa morte, para então podermos experimentar “o poder da
sua ressurreição” (Filipenses 3,10-11).
Aquele que não morre com Cristo não pode viver com Ele, haja vista ser a cruz um sinal para a nova existência na fé, na qual somos conduzidos pelo espírito
de Jesus e não mais por nossas paixões. Talvez seja por isso que o símbolo da Cruz incomode algumas pessoas que não se sentem prontas para assumir a proposta de Cristo. Por isso, tentam retirá-la dos lugares públicos. A cruz com o Crucificado é uma presença silenciosa (nas igrejas, casas, escolas, escritórios, tribunais, bancos, lojas) que, mesmo ignorada por muitos de nós, remete à dor humana, à solidão da morte, gritando a cada instante em milhares de pessoas que sofrem. Olhar para a cruz com o Cruci ficado nos intima a responder o lamento “povo meu, que te fiz eu, ou em que te contristei?” (Miqueias 6,3). Se conseguirmos chegar a essa resposta, encontraremos a razão pela qual devemos carregar nossa própria cruz, seguindo a Cristo com nossas dores e nossas lutas. 
A vida cristã nos convoca a renunciar ao pecado. Porém, só conseguiremos fazê-lo quando amarmos a cruz e iniciarmos uma luta constante pela fidelidade a Nosso Senhor e aos nossos irmãos. Assim, poderemos cantar: “Vitória, tu reinarás; ó cruz, tu nos salvarás”.

Reporter: Frei Erick Ramon

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Servir a Deus em Um Mundo Plural e Secular


Caríssimos irmãos e caríssimas irmãs, não é sem grande dor que percebo as dificuldades de encontrar e de sermos verdadeiros cristãos e cristãs no momento atual que o mundo passa. Baseado em observações e sem esquecer da Palavra De Deus, do Sagrado Magistério e da Tradição, enumero aqui alguns empecilhos a vivência da vida cristã.
São Francisco viveu o real seguimento a Cristo
Vemos com muita frequência, pessoas dizerem que são católicas, vão a Missa, mas que também vão ao centro espírita, ao terreiro de macumba, ouvem o horóscopo, fazem simpatias, frequentam entidades "cristãs" que pregam a Teologia da Prosperidade e assim por diante.  Vejamos:
Ser católico e ser espírita é possível? - Muitos "teólogos" defendem que o espiritismo é cristão, alegando que o mesmo aceita Cristo, prega a prática da caridade e mais outras coisas. Entretanto, seguir a Cristo é seguir radicalmente o Evangelho. Impossível não termos nenhum pecado, mas o pecado que está em mim deve ser banido, devo tentar com todas as forças,por amor a Deus, mortificá-lo. A Bíblia diz que não devemos mexer com os mortos (necromancia), pior ainda evocá-los. Eu costumo dizer que entre os desvios de doutrina, o mais fácil de combater com a Bíblia é o espiritismo, entretanto na prática, é o mais popular entre estes "cristãos", tornando-se um grande mal que ataca silenciosamente como um câncer.
- O espiritismo prega baseado no "Evangelho de Alan Kardec". Negam as verdades cristãs. Pregam a multiplicidade da vida terrena, entretanto, São Paulo, iluminado pelo Espírito Santo (não o Alan Kardec), nos ensina que só se morre uma única vez e depois vem a ressurreição.
- O espiritismo prega que alcançamos a redenção através de múltiplas reencarnações. Não tem sentido, esvazia todo o sentido da vida cristã, pois nega que Cristo seja o Redentor. Não nos salvamos por nossos méritos, mas sim pela Misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sem Ele, não há salvação;
-  Para não entrar em outras questões, vou falar da mais grave: negar o Espírito Santo de Deus, fazer aquilo que Deus abomina, cometer o pecado sem perdão. Procure ler mais, informe-se e veja que não tem nada de cristão no espiritismo. Deus disse:

"Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis para que não sejais contaminados por eles" (Lev 19,31).

Por estas e outras, é impossível ao católico ser espírita também.
Sobre o horóscopo - a Bíblia também condena qualquer meios de querer conhecer o futuro, seja qual ele for, como vimos acima. Portanto, ao católico não deve corresponder tais práticas. Ao perguntarem qual o seu signo, você deve ter a convicção de dizer: "o meu signo é 'Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo'. Este é o verdadeiro signo (sinal) do Cristão."
Sobre a Teologia da Prosperidade, é mais infundado ainda dizer que Deus só está de bem com quem tem bens materiais. É só observar as palavras de Jesus no início do seu Ministério: citando Isaías 61, 1-2, "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu com a unção e me mandou para ANUNCIAR A BOA NOVA AOS POBRES...", ou seja, Jesus tem urgência em anunciar o Reino aos que mais sofrem e enfatiza, em outra passagem, na parábola do Jovem Rico que, quem não for capaz de se desapegar dos bens materiais, não será herdeiro do Reino De Deus.
Sobrepor seus projetos pessoais ao Projeto de Deus - Quando colocamos nossos desejos pessoais acima do Projeto de Deus para a humanidade estamos ferindo um grave princípio cristão. Como posso pedir a Deus que faça a sua vontade (na oração do Pai Nosso) se quero que acima de tudo, seja feita a minha vontade? 
Desrespeito com a Eucaristia - São Paulo nos ensina que, se tomarmos o Corpo e Sangue do Senhor em pecado mortal, este ato não só não servirá para a nossa salvação, como acrescentará um pecado maior ainda aos nossos: servirá para a condenação. Infelizmente, a Eucaristia não tem sido levada a sério pela imensa maioria. Não podemos comungar o Corpo e Sangue de Cristo sem fazer uma opção radical pela vivência do Santo Evangelho.
Falar mal dos Ministros da Igreja - Engrossar a fila dos que condenam, como se tivessem sido constituídos juízes, os sacerdotes e as ordens religiosas. Sobretudo quando, além de falar mal, expor e ridicularizar os objetos de culto sagrado, cometendo o crime civil de vilipêndio religioso e cristão, de desrespeito a hierarquia que o próprio Cristo estabeleceu;
Desrespeitar os Sacramentos, sobretudo difamar e deturpar o sentido do Matrimônio - Esvaziar o sentido do Matrimônio, dizer que é criação humana, quando foi o próprio Deus que instituiu.
Deturpar os valores cristãos como a vida, a castidade, a família - Entrar nesta de que tudo é tabu e de que o mundo hoje é outro. Precisamos compreender que o mundo mudou, as pessoas mudaram, os valores humanos mudaram, mas a Palavra de Deus é imutável: a Palavra é tão radical que Jesus disse que, passarão os céus e a terra, mas da Palavra de Deus não cairá uma só vírgula! Portanto, mesmo que o mundo tenha esquecido os valores, para Deus eles continuam valendo. E Ele não nos julgará pelos valores do mundo, mas sim  pelos que Ele nos ensinou a viver.
* Outro fator que, creio eu, atrapalha e muito a vivência cristã é acreditar em superstições. Não poder ver um gato preto, não passar debaixo de escada, bater na madeira, carregar ferradura, pé de coelho... Irmãos, Cristo nos quer livres e não presos. Superstição também é um grande mal a ser combatido e evitado por nós! 
Estamos vivendo um tempo profetizado por Jesus, um tempo em que os homens são materialistas, dados ao prazer, a tudo que proporciona bem-estar físico, cumulativo, consumista, em que os valores do Evangelho foram esquecidos... Jesus profetizou que na consumação dos tempos, tudo seria como nos dias de Noé: uns bebiam e comiam, davam-se em casamento, zombavam de Noé... Hoje, o mundo ensinou que o importante é ter prazer, não importa como e às custas de quem, viver o "amor livre", zombar da Igreja e dos ministros de Cristo... E quando Jesus voltar, se não tivermos nos preparado para sermos contados entre os Dele?
Portanto irmãos e irmãs, meu desejo é que, ao ler isto, você possa se conscientizar de que algumas práticas não condizem com o cristão, que Jesus abomina a nossa indecisão em segui-lo radicalmente e que você e eu, possamos nos libertar das amarras do pecado, dos vícios, do nosso egoísmo, que sejamos cristãos radicais no seguimento a Jesus, que não caiamos nesta de que o mundo é hoje, sem valores e sem moral... Que possamos aperfeiçoar a cada dia nosso amor a Cristo, amando o irmão necessitado, doando-nos por ele e que possamos ser verdadeiros Sacrários vivos, onde habite o Deus Verdadeiro. E lembre-se:espiritismo, umbanda, candomblé, magia, simpatias, egoísmo, materialismo não é para cristão verdadeiro! 
Que juntos sigamos a Cristo e como diz Monsenhor Jonas Abib, "Que a Santidade da minha vida apresse o Senhor e Ele logo virá!" Maranathá, Vem Senhor Jesus!

Por Francisco Marcos Araújo (Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Vale do Acaraú) - Sobral/CE.

sábado, 16 de junho de 2012

A formação dos valores humanos

Os primeiros cristãos mudaram as leis do Estado com seus costumes 

Vivemos no mundo da globalização, onde tudo se vê pelo prisma da economia, do possuir e do conseguir. E quanto mais se tem, mais insatisfeito se está quando não se consegue mais. Basta ver a publicidade do comércio nos meios de comunicação. Lança-se um produto e o que parecia uma conquista, já não será mais, porque logo depois começam outros lançamentos que são apontados como também necessários e atuais. 

E a família se encontra nesse mundo globalizado. Perdem-se valores humanos e cristãos dentro da própria família. Como consequência, temos a deterioração de muitas famílias, porque são tentadas pelo egoísmo, pelo ter, pelo poder. Qualquer ofensa recebida é tomada gravemente. Já não existem o perdão e a caridade e muitos casamentos acabam na separação e no divórcio. 

A solução é a santidade da família. E a santidade não é algo que está fora do alcance das pessoas. Ela consiste na verdade, no perdão, na misericórdia, na justiça, na fraternidade, na solidariedade. Foi o que Jesus disse: “Sede santos como meu Pai Celestial é santo”. 

A família, por ser de natureza divina, cresce e se aperfeiçoa quanto mais se cultivam o diálogo e não o monólogo, assim como o entendimento, a caridade e a paz. 

A família estável tem sido questionada de modo particular nos dias de hoje. Falam alguns até de estar ultrapassada por formas de convivência temporária. A forma do divórcio é reconhecida em quase todos os países. A infidelidade conjugal é tolerada muitas vezes e até incentivada. 

Na conferência inaugural do Congresso Teológico Pastoral, o Pe. Cantalamessa indicou que não se deve apenas «defender» a idéia cristã de matrimônio e família, mas o mais importante é «a tarefa de redescobri-lo e vivê-lo em plenitude por parte dos cristãos, de maneira que se volte a propô-lo ao mundo com os fatos, mais que com as palavras». 

Duas pessoas que se amam – e o caso do homem e da mulher no matrimônio é o mais forte – reproduzem algo do que ocorre na Trindade. Nessa luz se descobre o sentido profundo da mensagem dos profetas acerca do matrimônio humano, o qual é símbolo e reflexo de outro amor: o de Deus por Seu povo. 

A igual dignidade da mulher e do homem no matrimônio está no próprio coração do projeto originário de Deus e do pensamento de Cristo, mas isso quase sempre foi descumprido. 

Deve-se evitar dirigir tudo para leis do Estado a fim de defender os valores cristãos. Não podemos esperar hoje mudar os costumes com essas leis. Os primeiros cristãos mudaram-nas [as leis do Estado] com seus costumes de verdadeiros filhos de Deus.

Postado por Frei Erick Ramon

sexta-feira, 15 de junho de 2012

LISTA ATUALIZADA DOS CATEQUISTAS UNIDOS! Já somos 90

Catequistas Unidos



LISTA ATUALIZADA DOS CATEQUISTAS UNIDOS!
14/06/2012


Formatada pelo Catequista Rodrigo Boechat, obrigada!!!!
1. BLOG CATEQUESE NA NET por Claudia de Jesus Pinheiro


2. BLOG CATEQUISTA ADELINO (DEL) E AMIGOS por Adelino J. Vieira (DEL) "Catequista"

3. BLOG AMANDO A CATEQUESE por Renata Schmitz Furlan

4. BLOG CATEQUISTA ROBERTA por Roberta

5. BLOG CATEQUESE COM CRIANÇAS por Jonathan Cruz


6. BLOG CATEQUESE CAMINHANDO por Catequese Caminhando, Feira de Santana BA

7- BLOG CATEQUESE CASA FORTE por Tereza Diniz

8. BLOG CATEQUESE CHAMADO DE DEUS por Catequese Chamado de Deus

9. BLOG CATEQUIZANDO FELIZ por Cris Menezes

10. BLOG CATEQUESE SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS por Cassia Neves

11. BLOG CATEQUESE EM REDE por Catequese em Rede

12. BLOG CATEQUESE INFANTO JUVENIL por Catequese Infanto Juvenil

13. BLOG CATEQUESE KIDS por Catequese Kids

14. BLOG CATEQUISTA JAQUELINE por Catequista Jaqueline

15. BLOG CATEQUISTA ANGÉLICA por Angélica

16. BLOG CATEQUESIS GUADALUPANA por Isabel

17. BLOG CATEQUISTA DECA por Lurdes da Silva Visintainer Pinheiro

18. BLOG DO CATEQUISTA ROBERTO por Roberto Garcia

19. BLOG CAMINHANDO AO ENCONTRO DE JESUS por ?

20. BLOG FAMÍLIA PARA DEUS por Manoel Xavier

21. BLOG ELIANE CATEQUISTA por Eliane

22. BLOG CATEQUIZANDO COM AMOR por Érica Magro

23. BLOG ESCOLA DA FÉ CASA FORTE por Tereza Diniz

24. BLOG SOU CATEQUISTA DE IVC por Imaculada Cintra

25. BLOG JARDIM DA FÉ por Cristiane

26. BLOG CATEQUESE INFANTIL SÃO JOSÉ OPERÁRIO por catequese infantil São José Operário

27. BLOG DA NENA por Blog da Nena

28. BLOG PÃOZINHO DO CÉU por Pãozinho do Céu

29. BLOG PARÓQUIA SÃO PEDRO E SÃO PAULO por Reinaldo Fonseca

30. BLOG RENASCI NA FÉ-2011 por Regina Filomena Murbach

31. BLOG RONEI FIGUEIREDO – CATEQUISTA por Ronei Figueiredo

32. BLOG SEMEANDO CATEQUESE pela Catequista Sheila

33. BLOG ALFA & ÔMEGA por Alfa & Ômega

34. BLOG VINDE TODOS EVANGELIZAR por Silvanety M. David

35. BLOG PEDACINHO DO CÉU por Joana

36. BLOG TIA PAULA por Ana Paula

37. BLOG RE ROSSINI por Renata Rossini

38. BLOG QUERO “SER” COMUNIDADE por Quero "ser" Comunidade

39. BLOG CATEQUESE DE PERSEVERANÇA NOSSA SENHORA DO AMPARO por Abílio Gonçalves

40. BLOG CAMINHANDO COM JESUS por Caminhando com Jesus

41. BLOG CRESCER EM COMUNHÃO por Hellen

42. BLOG NINOS DA CATEQUESE E INFÂNCIA MISSIONÁRIA por Catarina E Pedro Leopoldo

43. BLOG DA PRÉ-CATEQUESE por Ivani

44. BLOG NOS PASSOS DE JESUS por Angela

45. BLOG CATEQUESE COM AMOR por Rosane Viana

46. BLOG CATEQUISTA, SEMEANDO AMOR por Lucyanna Rodrigues

47. BLOG UM SIMPLES SERVO DE CRISTO por Anderson Ribeiro

48. BLOG PARA JESUS COMICS por Para Jesus Comics

49. BLOG CANTINHO DA VAL por Val

50. BLOG CATEQUIZANDO COM JESUS por Patrícia S. Bonot

51. BLOG CATEQUISTA AMADORA por Angela Rocha

52. BLOG VIVE E REINA por Márcia Nunes

53. BLOG COM JESUS E COM MARIA por Com Jesus e com Maria

54. BLOG TIA HELENA NO CORAÇÃO DE JESUS por Tia Helenahttp://tiahelenanocoracaodejesus.blogspot.com.br/

55. BLOG CATEQUESE ANUNCIADORES DE CRISTO por Catequese Anunciadores de Cristo

56. BLOG CATEQUISTA GISA por Gisele Cristo

57. BLOG JARDIM DA FÉ por Kesia Lima

58.    BLOG EIS-ME AQUI SENHOR por Eis-me Aqui Senhor

59. BLOG CATEQUESE PARÓQUIA RAINHA SANTA ISABEL por Luciana

60. PASTORAL CATEQUESE IBICARAI por  Marcos  Menezes
61. BLOG CATEQUESE É VOCAÇÃO por Catequese é Vocação

62. BLOG CATEBRINCANDO por Verginia//Lurdes

63. BLOG CANTINHO RELIGIOSO por Juliana Leilany

64. BLOG VIDA NOVA por Ilze

65. BLOG CATEQUISANDO NA NET por Cássia

66. BLOG CATECICLAR por Catequese Paróquia N. Srª. Aparecida

67. BLOG CATEQUESE RENOVADA por Leno Martins

68. BLOG CATEQUESE ESTIVA por Bruni

69. BLOG SILVINHA.COM por Silvia Martins de Jesus

70.  BLOG CATEQUISTA LUCAS por Lucas

71. BLOG CATEQUESE INFANTIL SANTA BÁRBARA por Catequese Infantil - Paróquia Santa Bárbara

72. BLOG CAMINHANDO COM JESUS por Ivani Alves

73. BLOG CATEQUESE DE SANTA TERESINHA por Gracinha

74. BLOG PASTORAL DA CATEQUESE DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA-NILÓPOLIS/RJ por Gigantes de Cristo

75. BLOG EVANGELIZAR É PRECISO por Edite

76. BLOG CATEQUESE E PARTILHA por Ana Virgínia

77. BLOG CATEQUISTA BIA por Bia Lucas De Sá

78. BLOG VICENTINHOS – JUNDIAÍ por Vicentinhos

79. BLOG BÁLSAMO DE VIDA por Catequese Bálsamo de Vida

80. BLOG PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO por Jacozinho do Senhor

81. BLOG “CRIARTIS PRA JESUS” Por Carminha de Souza

82. BLOG CAMINHANDO PARA O CÉU por Cynthia Brito

83. BLOG MISSA COM CRIANÇAS PSBJ por Rodrigo Boechaat

84. BLOG JOVENS MISSIONÁRIOS NA NET por Claudia de Jesus Pinheiro

85. BLOG TURMINHA DO RANCHO DAS PERERECAS por Turminha do Rancho das Pererecas

86. BLOG FAMÍLIA PEDROSA por Família Pedrosa

87. BLOG CAMINHO DA FÉ por Rosemary de Marqui Correia Filha

88. BLOG CATEQUESE ALTO TAQUIRI por Catequese Alto Taquari


89. BLOG CATEQUESE EUCARÍSTICA por Denyse Cristina
http://catequeseinfanciaeucaristica.blogspot.com.br/ NOVO

90. BLOG ÁGUAS PROFUNDAS Por José Prado VOLTOUhttp://www.aguasprofundasevangelizacao.blogspot.com.br/