sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Imediatismo

" Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou..."

Vivemos numa sociedade imediatista, tudo é para ontem, ou no máximo para agora, o maior dos castigos é esperar. Esperar gera ansiedade,  soa como perca de tempo e dinheiro.
Vivemos num mundo capitalista, no qual o sucesso é medido pelos bens materiais que se tem, de preferência no menor tempo possível.
Muitas vezes, a sensação de não termos visto a semana, o mês e o ano passarem nos angustia, pois estamos tão envolvidos em produzir, no menor tempo possível, que a medida de tempo se torna diferente. O que se sente é culpa e falta de tempo.
Na sociedade de consumo, isto até pode ser aceitável por estar relacionado com o lucro e com o sucesso financeiro e profissional, mas quando o imediatismo invade as relacões humanas e o campo espiritual isso pode gerar distanciamento e frustração. Afinal, o que na vida não envolve espera?
No campo das emoções, imediatismo pode ser perigoso e nos levar a tomar decisões precipitadas. Casamentos se acabam porque muitos não dispensam tempo suficiente para alimentar um relacionamento saudável, e a decisão imediata é a separação. Assim se coloca um fim rápido no conflito e o resultado é imediato. Pais se distanciam dos filhos porque não há tempo para momentos em família. Não são poucos os que se distanciam da Igreja e alegam falta de tempo para a vida religiosa.
A organização do tempo é imprescindível para uma vida equilibrada, pois há tempo de trabalhar, mas também de colher os frutos do trabalho; há tempo de casar, mas também de viver o casamento; há tempo de ter filhos, mas também de curti-los. Tempo de pedir e tempo de agradecer os favores de Deus. Você é imediatista e quer tudo para ontem ou se programa para viver cada coisa em seu tempo?
O sábio rei Salomão nos ensina no livro de Eclesiastes 3,22: " Percebi que nada há de melhor para o homem do que alegra-se em suas obras, porque esta é a sua parte. Quem, aliás, poderá levá-lo a ver o que sucederá depois dele?"


Luciana Mendes " Revista de Aparecida"

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