quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Liturgia Eucarística parte II

O memorial eucarístico faz Cristo presente e, com ele, sua vida, morte e ressurreição; a manifestação no Espírito, a Parúsia ( retorno de Cristo no fim dos tempos ), porque no mistério pascal de Cristo o tempo se eternizou. Por sua vez, pela ação do Espírito Santo, a eternidade entra no tempo e Cristo se torna presente em cada Cristão e na comunidade toda. Não meramente presente diante dos fiéis para ser adorado, mas presente em cada um, transformando-o pela comunhão em seu corpo eclesial.
A eucaristia, por ser memorial, é a epifania, manifestação da eternidade no tempo. Ao celebrar a eucaristia, os cristãos estão - pode-se dizer - já na eternidade, embora sob as condições da temporalidade, ou seja, a celebração é a temporalidade da eternidade e, consequentemente, a eternalização do tempo. Poder-se-ia dizer que o tempo sacramental irrompe no tempo cronológico, qualificando-se como tempo redimido. A Liturgia não é repetição do passado; mas, sendo representação do evento fundador, a cada vez que é celebrado a comunidade realiza um passo ulterior na caminhada rumo à definitividade da união plena com o Senhor, no corpo eclesial escatológico.
A Liturgia Eucarística hodierna da Igreja Católica segue o seguinte esquema: a) preparação das oferendas ( dons ); b) Oração Eucarística ( ação de graças, bênção da mesa, anáfora ); c) ritos de comunhão. Em termos dinâmicos, trata-se primeiramente de trazer, preparar e oferecer ( oferendas ); em seguida, dar graças ( eucaristizar/consagrar ); e, finalmente, repartir, comer e beber juntos, como povo unido numa só fé e num só amor ( comungar comunitariamente ).
Infelizmente, por ser pouco compreendida em sua preciosa estrutura e ainda mais em seu precioso conteúdo, a Oração Eucarística é rezada muitas vezes com pressa, sem convicção e sem alegria por parte do presbítero; atitude que não suscita gratidão e jubiloso aquecimento do coração do povo... Isso faz com que as pessoas sejam levadas  a achar que o momento mais apropriado para agradecer a Deus seja só após a comunhão, e não durante toda a preciosa e cativante dinâmica celebrativa da Eucaristia.

Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE. Guilhermo Micheletti




"Quem deseja aprofundar seu conhecimento sobre a celebração eucarística encontrará nesta obra explicações fundamentais sobre os ritos, os gestos, os cânticos, as orações, e tantos outros elementos que constituem a missa. Neste livro, você vai descobrir que cada um de nós somos celebrantes e protagonistas desse ritual cristão. O autor usa uma linguagem acessível e didática para explicar com detalhes as partes da missa, em especial, as liturgias da Palavra e da Eucaristia.’’

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