Há quem à Bíblia dedica uma praça, faz-lhe um monumento, usa-a como um talismã protetor do lar... Nós lhe dedicamos, de forma mais direta, um mês. Um mês de estudo, reflexão, oração, ação. Quanto já se orou, se refletiu, se estudou a Bíblia durante o mês de setembro!
A Bíblia, a Palavra de Deus escrita, sempre foi a alma da Igreja. Por isso desde o segundo século, a Igreja, já então chamada de católica para diferenciá-la dos grupos sectários, assumiu a “lista “ (cânon, livros canônicos) dos textos sagrados do Antigo Testamento, conforme a tradução do hebraico para o grego chamada “dos Setenta”, tradução em uso entre os cristãos daquele tempo. E sentiu a necessidade de criar a lista dos novos textos sagrados, o Novo Testamento, surgidos a partir do testemunho dos apóstolos sobre Jesus. Estes textos, transmitidos de comunidade em comunidade, foram sendo reconhecidos por toda a Igreja como autênticos e sagrados, tanto que no fim do segundo século já havia unanimidade nas comunidades acerca dos textos que compunham o Novo Testamento.
Por mil e trezentos anos, nunca ninguém colocou em dúvida o cânon, isto é, a lista dos textos que compunham a Bíblia. Somente Martinho Lutero achou por bem recusar os textos (que depois foram chamados “deuterocanônicos”) que estavam na tradução chamada “dos Setenta”, mas não no cânon hebraico, assumido por ele.
Ao longo de dois mil anos, com as variantes necessárias ligadas às diversas culturas e vicissitudes, a Igreja estudou a Bíblia com intensidade e amor, guiada pela inspiração do Espírito Santo. E a estuda ainda agora, ao ser ela, a Igreja, “rede lançada” nas águas profundas do novo milênio.
A Igreja terá força de futuro, isto é, capacidade de fermentação no novo milênio, na medida em que souber, sempre de novo e com intensidade, voltar à sua fonte originária de inspiração: a Sagrada Escritura.
Um dos pontos que caracterizam a escuta “católica” da Palavra de Deus é a consciência de que a Bíblia é um “todo” de revelação. A Igreja tem consciência de que fixar-se unilateralmente neste ou naquele trecho, separando-o do todo, antes de ser iluminação, é surdez e cegueira, causa de tantos equívocos e interpretações pretextuosas, de ontem e de hoje, ainda que televisionadas e proferidas por autodenominados bispos, apóstolos e missionários! A Bíblia foi escrita por homens “inspirados pelo Espírito Santo”, mas que utilizaram a linguagem e a cosmovisão de seu mundo e de sua época. Por isso não se pode lê-la com espírito fundamentalista.
Ao vivermos os primeiros anos do novo milênio, ao enfrentarmos as águas deste mar, ao assumirmos o desafio de irmos em profundidade no nosso ser pessoa, comunidade e sociedade, queremos fazê-lo a partir do dom inestimável da Palavra de Deus, viva entre nós.
É importante que busquemos na Palavra de Deus nosso sustento espiritual. Em todas as celebrações ela está presente, mas é necessário que esteja também no nosso dia-a-dia. Para que se faça presente de forma eficaz em nossa vida, são necessárias algumas atitudes importantes: fé, oração, humildade, ligação com a vida; ter o coração livre para amar, a boca para anunciar e denunciar, a cabeça para pensar e meditar, os joelhos dobrados em oração. Desta maneira estaremos em sintonia com o ensinamento do apóstolo Paulo que, na segunda carta a Timoóteo (2Tm 3, 16- 17), afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, repreender, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.“
A Bíblia, a Palavra de Deus escrita, sempre foi a alma da Igreja. Por isso desde o segundo século, a Igreja, já então chamada de católica para diferenciá-la dos grupos sectários, assumiu a “lista “ (cânon, livros canônicos) dos textos sagrados do Antigo Testamento, conforme a tradução do hebraico para o grego chamada “dos Setenta”, tradução em uso entre os cristãos daquele tempo. E sentiu a necessidade de criar a lista dos novos textos sagrados, o Novo Testamento, surgidos a partir do testemunho dos apóstolos sobre Jesus. Estes textos, transmitidos de comunidade em comunidade, foram sendo reconhecidos por toda a Igreja como autênticos e sagrados, tanto que no fim do segundo século já havia unanimidade nas comunidades acerca dos textos que compunham o Novo Testamento.
Por mil e trezentos anos, nunca ninguém colocou em dúvida o cânon, isto é, a lista dos textos que compunham a Bíblia. Somente Martinho Lutero achou por bem recusar os textos (que depois foram chamados “deuterocanônicos”) que estavam na tradução chamada “dos Setenta”, mas não no cânon hebraico, assumido por ele.
Ao longo de dois mil anos, com as variantes necessárias ligadas às diversas culturas e vicissitudes, a Igreja estudou a Bíblia com intensidade e amor, guiada pela inspiração do Espírito Santo. E a estuda ainda agora, ao ser ela, a Igreja, “rede lançada” nas águas profundas do novo milênio.
A Igreja terá força de futuro, isto é, capacidade de fermentação no novo milênio, na medida em que souber, sempre de novo e com intensidade, voltar à sua fonte originária de inspiração: a Sagrada Escritura.
Um dos pontos que caracterizam a escuta “católica” da Palavra de Deus é a consciência de que a Bíblia é um “todo” de revelação. A Igreja tem consciência de que fixar-se unilateralmente neste ou naquele trecho, separando-o do todo, antes de ser iluminação, é surdez e cegueira, causa de tantos equívocos e interpretações pretextuosas, de ontem e de hoje, ainda que televisionadas e proferidas por autodenominados bispos, apóstolos e missionários! A Bíblia foi escrita por homens “inspirados pelo Espírito Santo”, mas que utilizaram a linguagem e a cosmovisão de seu mundo e de sua época. Por isso não se pode lê-la com espírito fundamentalista.
Ao vivermos os primeiros anos do novo milênio, ao enfrentarmos as águas deste mar, ao assumirmos o desafio de irmos em profundidade no nosso ser pessoa, comunidade e sociedade, queremos fazê-lo a partir do dom inestimável da Palavra de Deus, viva entre nós.
É importante que busquemos na Palavra de Deus nosso sustento espiritual. Em todas as celebrações ela está presente, mas é necessário que esteja também no nosso dia-a-dia. Para que se faça presente de forma eficaz em nossa vida, são necessárias algumas atitudes importantes: fé, oração, humildade, ligação com a vida; ter o coração livre para amar, a boca para anunciar e denunciar, a cabeça para pensar e meditar, os joelhos dobrados em oração. Desta maneira estaremos em sintonia com o ensinamento do apóstolo Paulo que, na segunda carta a Timoóteo (2Tm 3, 16- 17), afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, repreender, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.“
Por: Dom Fernando Mason
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