domingo, 2 de setembro de 2012

Pensamentos sobre a oração


O Senhor está perto de todos os que O invocam, daqueles que O invocam com sinceridade.
Salmo 144, 18

Na oração o verdadeiro protagonista é Deus.
João Paulo II

Temos de penetrar no Reino de Deus e não apenas colher informações a respeito dele.
Arcebispo Anthony Bloom

Basta deixar escapar um simples clamor de sofrimento ou de alegria, saído do coração. Podes ser mais ou menos bem dotado para longas horas de adoração, mas podes sempre rezar um minuto por hora com o desejo de rezar continuamente. É este desejo de rezar rigorosamente sempre, que fará de ti um homem de oração.
Jean Lafrance

A busca da intimidade com Deus leva consigo a necessidade verdadeiramente vital de um silêncio de todo o ser.
Paulo VI

É a oração que dá a fé. 
Jean Lafrance

Bate à porta da Santíssima Virgem; desse lado há boas perspectivas de obteres a graça da oração. Da mesma forma que ajudou os Apóstolos no Cenáculo, assim ela sustentará a tua fé e a tua perseverança para que te mantenhas em oração.
Jean Lafrance

Jesus não propôs uma escala de perfeição da qual se subam progressivamente os degraus, mas sim um caminho de descida às profundezas da humildade. Se quiserdes ir pelo caminho da humildade, é preciso que sejais sinceros, e não tenhais medo de descer às profundidades da vossa miséria.
Jean Lafrance

Aquele que conhece os seus pecados é maior do que aquele que, pela sua oração, ressuscita um morto. Aquele que, solitário e contrito, segue Cristo, é maior do que aquele que goza o favor das multidões nas igrejas.
Santo Isaac, o Sírio

Que o Espírito Santo te faça penetrar no mistério da súplica e conhecerás o poder da oração.
Jean Lafrance

Aquele que se venha juntar numa união com Deus, não há-de ir entendendo, mas sim crendo... Porque o mais alto que se possa entender de Deus fica a distância infinita de Deus.
S. João da Cruz

Como é grande o poder da oração! Dir-se-ia uma rainha que tem livre acesso junto do rei a cada instante, e que pode obter tudo quanto pode.
Santa Teresinha do Menino Jesus

Eis que estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.
Apocalipse 3, 20

Para mim a oração é um impulso do coração, um simples olhar dirigido para o céu, um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria. Enfim, é algo de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une com Jesus.
Santa Teresinha do Menino Jesus

Quando falamos de oração, entendemos um relacionamento afetuoso a sós com o Deus que sabemos que nos ama.
Inácio Larrañaga 

Como reza o Papa? Respondo-vos: como qualquer cristão, fala e escuta. Às vezes, reza sem palavras e é nessa altura que mais escuta. O mais importante é precisamente aquilo que ele ouve. Também procura unir a oração às suas obrigações, às suas atividades, ao seu trabalho e unir o seu trabalho à oração.
João Paulo II

Na oração descubro o amor do Senhor em relação a mim: Ele ama-me desde sempre, tal qual sou. Então reajo: abro-me ao amor de Cristo, ofereço-me a Ele, pergunto-Lhe "Senhor, que queres que eu faça?" E espero por Ele.
Henri Caffarel

A finalidade da oração não é senão receber o Espírito Santo.
Jean Lafrance

A oração é a condição necessária para que a semente da Palavra e a da Eucaristia germinem em nós e se tornem fecundas.
Jean Lafrance

A oração é o meio ideal para despertar e desenvolver o "coração novo" recebido no batismo.
Henri Caffarel

sábado, 1 de setembro de 2012

Oração de Setembro



Senhor, nosso Deus, o mês de setembro tradicionalmente é conhecido como o "mês da Bíblia". Por isso, ao iniciá-lo, venho pedir que possais semear em meu coração um amor incondicional e um interesse cada vez maior pela vossa Palavra. Eu possa, na minha vida cristã, trazer sempre a Bíblia nas mãos e no coração, buscando nela consolo na angústia, respostas nos momentos de dúvida e força nas horas de desânimo.
Vossa Palavra seja luz a iluminar os meus caminhos, fonte inesgotável de ensinamentos a guiar meus passos e minhas decisões. Obrigado, Senhor, pelo dom de vossa Palavra de vida e salvação. "A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo".

Frei Gustavo Wayand Medella, OFM

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Bíblia: alma da Igreja



Há quem à Bíblia dedica uma praça, faz-lhe um monumento, usa-a como um talismã protetor do lar... Nós lhe dedicamos, de forma mais direta, um mês. Um mês de estudo, reflexão, oração, ação. Quanto já se orou, se refletiu, se estudou a Bíblia durante o mês de setembro!

A Bíblia, a Palavra de Deus escrita, sempre foi a alma da Igreja. Por isso desde o segundo século, a Igreja, já então chamada de católica para diferenciá-la dos grupos sectários, assumiu a “lista “ (cânon, livros canônicos) dos textos sagrados do Antigo Testamento, conforme a tradução do hebraico para o grego chamada “dos Setenta”, tradução em uso entre os cristãos daquele tempo. E sentiu a necessidade de criar a lista dos novos textos sagrados, o Novo Testamento, surgidos a partir do testemunho dos apóstolos sobre Jesus. Estes textos, transmitidos de comunidade em comunidade, foram sendo reconhecidos por toda a Igreja como autênticos e sagrados, tanto que no fim do segundo século já havia unanimidade nas comunidades acerca dos textos que compunham o Novo Testamento.

Por mil e trezentos anos, nunca ninguém colocou em dúvida o cânon, isto é, a lista dos textos que compunham a Bíblia. Somente Martinho Lutero achou por bem recusar os textos (que depois foram chamados “deuterocanônicos”) que estavam na tradução chamada “dos Setenta”, mas não no cânon hebraico, assumido por ele.

Ao longo de dois mil anos, com as variantes necessárias ligadas às diversas culturas e vicissitudes, a Igreja estudou a Bíblia com intensidade e amor, guiada pela inspiração do Espírito Santo. E a estuda ainda agora, ao ser ela, a Igreja, “rede lançada” nas águas profundas do novo milênio.

A Igreja terá força de futuro, isto é, capacidade de fermentação no novo milênio, na medida em que souber, sempre de novo e com intensidade, voltar à sua fonte originária de inspiração: a Sagrada Escritura.

Um dos pontos que caracterizam a escuta “católica” da Palavra de Deus é a consciência de que a Bíblia é um “todo” de revelação. A Igreja tem consciência de que fixar-se unilateralmente neste ou naquele trecho, separando-o do todo, antes de ser iluminação, é surdez e cegueira, causa de tantos equívocos e interpretações pretextuosas, de ontem e de hoje, ainda que televisionadas e proferidas por autodenominados bispos, apóstolos e missionários! A Bíblia foi escrita por homens “inspirados pelo Espírito Santo”, mas que utilizaram a linguagem e a cosmovisão de seu mundo e de sua época. Por isso não se pode lê-la com espírito fundamentalista. 

Ao vivermos os primeiros anos do novo milênio, ao enfrentarmos as águas deste mar, ao assumirmos o desafio de irmos em profundidade no nosso ser pessoa, comunidade e sociedade, queremos fazê-lo a partir do dom inestimável da Palavra de Deus, viva entre nós.

É importante que busquemos na Palavra de Deus nosso sustento espiritual. Em todas as celebrações ela está presente, mas é necessário que esteja também no nosso dia-a-dia. Para que se faça presente de forma eficaz em nossa vida, são necessárias algumas atitudes importantes: fé, oração, humildade, ligação com a vida; ter o coração livre para amar, a boca para anunciar e denunciar, a cabeça para pensar e meditar, os joelhos dobrados em oração. Desta maneira estaremos em sintonia com o ensinamento do apóstolo Paulo que, na segunda carta a Timoóteo (2Tm 3, 16- 17), afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, repreender, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.“

Por: Dom Fernando Mason

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nhá Chica


Mineira pode se tornar a primeira santa brasileira

Depois de Santo Antônio de San'Ana Galvão (1739-1822), canonizado em 2007 pelo papa Bento XVI, a Igreja Católica pode reconhecer, em uma mulher do povo, a primeira santa brasilera. Em 28 de junho, o sumo pontífice reconheceu um milagre atribuído a Nhá Chica, a mineira filha de escravos que vai se tornar beata.

História

Nhá Chica
Ainda pequena Francisca de Paula de Jesus, que nasceu no Distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes em São João Del Rey -MG chegou em Baependi, MG. Estava acompanhada por sua mãe, uma ex- escrava e por seu irmão Teotônio. Com eles, poucos pertences e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Em 1818, com apenas 10 anos de idade, a mãe de Nhá Chica faleceu deixando aos cuidados de Deus e da Virgem Maria as duas crianças, Francisca Paula de Jesus e seu irmão, então com 12 anos. Órfãos de mãe, sozinhos no mundo, Francisca Paula e Teotônio, cresceram sob os cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração de Nhá Chica. Esta, a chamava carinhosamente de "Minha Sinhá" que quer dizer: "Minha Senhora", e nada fazia sem primeiro consultá-la.
Nhá Chica soube administrar muito bem e fazer prosperar a herança espiritual que recebera da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade a todas as propostas de casamento que lhes apareceram. Foi toda do Senhor. Se dava bem com os pobres, ricos e com os mais necessitados. Atendia a todos os que a procuravam, sem discriminar ninguém e, para todos tinha uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer orações e dar sugestões para pessoas que lidavam com negócio. Muitos, não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas, ela era considerada uma "santa", todavia em resposta para quem quis saber quem ela, realmente, era, respondeu com tranquilidade: "... É porque eu rezo com fé".
Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a visitar Baependi para conhecê-la, conversar com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga.
Nhá Chica era analfabeta, pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe e, diante da qual, rezava piedosamente para todos aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem, ainda hoje, se encontra na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da antiga Capela.
Em 1954, a Igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor. Desde então teve início bem ao lado da Igreja, uma obra de assistência social para crianças necessitadas que vem sendo mantida por benfeitores devotos de Nhá Chica. Hoje a "Associação Beneficente Nhá Chica" (ABNC) acolhe mais de 160 crianças entre meninas e meninos.
Ao longo dos anos, a "Igrejinha de Nhá Chica", depois de ter passado por algumas reformas, é hoje o "Santuário Nossa Senhora da Conceição" que acolhe Peregrinos de todo o Brasil e de diversas partes do mundo. Muitos fiéis que visitam o lugar, pedem graças e oram com fé. Tantos voltam para agradecer e registram suas graças recebidas. Atualmente, no "Registro de graças do Santuário", podem-se ler aproximadamente 20.000 graças alcançadas por intermédio de Nhá Chica.
A Venerável morreu no dia 14 de junho de 1895, estando com 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório. Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo. Os restos Mortais da Venerável se encontram hoje no mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Catequese Orante

" Pai,...a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que enviastes, Jesus Cristo" (Jo 17,3)

















segunda-feira, 27 de agosto de 2012

27 de agosto, dia de Santa Mônica


Mônica nasceu em Tagaste, no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência levando o conforto através das palavras de Deus.

Seu marido era um jovem pagão, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica encontrava o consolo nas orações e Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir o batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.

Ela teve três filhos, Agostinho e Navígio e Perpétua, que se tornou religiosa. Porém, Agostinho, foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do Bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".

As súplicas de Mônica foram finalmente ouvidas e seu filho, após anos de vida desregrada, converteu-se ao cristianismo, tornando-se um mestre em teologia. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas. Mas a mãe zelosa pouco conviveu com o filho convertido, pois no ano de 387 faleceu santamente.

O Papa Alexandre III confirmou o tradicional culto à Santa Mônica e a proclamou "padroeira das mães cristãs".

Reflexão:

Santa Mônica continua rogando pelas mães e por seus filhos, pelas esposas e seus maridos e por todos os pobres pecadores que necessitamos nos converter.

A fórmula de Mônica para evitar as brigas em casa era a seguinte: “Quando meu marido está de mal humor, eu me esforço para estar de bom humor. quando ele grita, eu me calo. E como para brigar precisam de dois e eu não aceito a briga, nós não brigamos". Milhares de mães e de esposas encomendaram-se em todos estes séculos a Santa Mônica, para que as ajude a converter a seus maridos e filhos, e conseguiram conversões admiráveis.

Oração:

Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas, alcançastes de Deus a conversão de Vosso filho transviado, olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família. Que Vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim de que Ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho.

Padre Evaldo César Souza, C.Ss.R

sábado, 25 de agosto de 2012

Oração da (do) Catequista

Senhor.
Como os discípulos de Emaús, somos peregrinos.
Vem caminhar conosco!
Dái-nos teu Espírito, para que façamos da catequese 
caminho para o discipulado.
Transforma nossa Igreja
em comunidades orantes e acolhedoras,
testemunhas de fé, de esperança e de caridade.
Abre nossos olhos para reconhecer-Te
nas situações em que a vida está ameaçada.
Aquece nosso coração, para que sintamos sempre a tua presença.
Abre nossos ouvidos para escutar a tua Palavra,
fonte de vida e missão.
Ensina-nos a partilhar e comungar do Pão,
alimento para a caminhada.
Permanece conosco!
Faze de nós discípulos missionários, 
a exemplo de Maria, sempre fiel,
sendo testemunhas de tua Ressurreição,
Tu que és o Caminho para o Pai. Amém!

Fonte: ABC Litúrgico