Perseverar na Alegria da Fé
Chegamos ao final do Ano da Fé. Tivemos oportunidade para
fazer crescer e fortalecer a fé teologal em nossa vida pessoal
e comunitária.
Deus revelou a sua face. Quis viver no meio de nós, para que
pudéssemos conhecê-lo e amá-lo. Jesus Cristo é a verdadeira
revelação de Deus (cf. Jo 14, 9). Assim sendo, podemos crer
em Deus, porque Deus nos toca, porque Ele está em nós.
Podemos nele crer, porque está naquele que nos enviou: Ele
viu o Pai (cf. Jo, 6, 46); ele é “o único a conhecê-lo e que pode
revelá-lo”. Poderíamos dizer então que “a fé é a participação
no olhar de Jesus”.
Por outro lado, a fé não é um ato individual, mas eclesial. “Uma
comunidade paroquial e também toda Igreja local que não seja
capaz de comunicar com palavras novas a Palavra eterna,
que não seja capaz de gestos, sinais, caminhos corajosos,
buscados e experimentados com criatividade, poderia ser
um perigoso sinal de declínio na resposta ao dom da fé que o
Espírito dá, constantemente, a todos” (Viver o Ano da Fé, Ed.
CNBB, pág. 181).
Redescobrir a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo na
comunicação da fé será um dos grandes frutos do Ano da Fé.
O sentido de pertença à Igreja implica a consciência de que a
fé vive pela transmissão dentro de uma tradição que leva até
Cristo. Não interrompamos essa transmissão. Escrevamos e
gravemos o Símbolo da fé na memória e no coração, para fazer
dele nossa oração de cada dia.
Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André
Nenhum comentário:
Postar um comentário