Bento XVI recebeu milhares de fiéis e peregrinos para a tradicional Audiência Geral das quartas-feiras.
Em sua catequese, neste Ano da Fé, o Papa continuou sua meditação sobre o Credo. A profissão de fé inicia qualificando Deus como “Todo-poderoso”, e a seguir afirma que Ele é o “criador do céu e da terra”, retomando a frase com a qual tem início a Bíblia.
Deus é Pai enquanto origem da vida, disse o Pontífice. Ao criar, mostra a sua onipotência. Deus põe ordem, harmonia e beleza em todas as coisas, e não abandona suas criaturas. Assim, o mundo criado mostra vestígios da ação divina, que permitem vislumbrar a profunda verdade da criação e o amor de que está impregnada, mais além de uma análise meramente fática.
Por meio da revelação, o fiel pode ler no grande libro da natureza quem é Deus como Criador e Pai. O ápice da criação é o homem e a mulher, o ser humano: um ser pequeno em relação à imensidão do universo, porém o único que foi feito «à imagem de Deus», capaz de entender a sabedoria da sua obra, reconhecendo e louvando através dela o Criador.
Por isso, o homem goza da proteção especial de Deus, que fundamenta a inviolabilidade da dignidade humana, frente à tentação de ver na pessoas simples objetos inanimados para a própria utilidade.
“Queridos irmãos e irmãs, concluiu o Papa, viver de fé significa reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa pequenez, a nossa condição de criaturas deixando que o Senhor a preencha com o seu amor. O mal, com a sua carga de dor e de sofrimento, é um mistério que é iluminado pela luz da fé, que nos dá a certeza de nos livraremos dele.”
Após a catequese em italiano, Bento XVI fez um resumo da mesma em varias línguas, entre as quais o português:
Queridos irmãos e irmãs, no Credo, confessamos que Deus é o «criador do céu e da terra», como se lê no Génesis. Deus cria através da sua palavra: a vida surge, porque tudo obedece à Palavra divina. No vértice da criação, aparece o homem e a mulher: formados do pó da terra, possuem o sopro vital de Deus, e cada vida humana está sob a sua proteção. Esta é a razão mais profunda da inviolabilidade da dignidade humana. Viver na fé quer dizer reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa condição de criaturas. Por vezes, somos tentados a ver esta dependência do amor criador de Deus como um peso do qual libertar-se. Mas, indo contra o seu Criador, o ser humano renega a sua origem e a sua verdade, e o mal entra no mundo com a sua penosa cadeia de sofrimentos e morte. E, sozinhos, não podemos sair dela… As justas relações só podem ser reatadas, se Aquele, de quem nos afastamos, vier até nós e nos estender a mão. É o que faz Cristo! Percorre o caminho do amor, humilhando-Se até à morte de Cruz, para repor em ordem as nossas relações com Deus e com os outros. A Cruz torna-se a nova árvore da vida. De coração, saúdo os peregrinos de Guaratinguetá e todos os presentes de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade de Deus Pai criador, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia! Desça a sua Bênção generosa sobre vós e vossas famílias.
Ao final da saudação, o grupo brasileiro entoou para Bento XVI um hino a Nossa Senhora Aparecida.
Por:
Rádio Vaticano
Em sua catequese, neste Ano da Fé, o Papa continuou sua meditação sobre o Credo. A profissão de fé inicia qualificando Deus como “Todo-poderoso”, e a seguir afirma que Ele é o “criador do céu e da terra”, retomando a frase com a qual tem início a Bíblia.
Deus é Pai enquanto origem da vida, disse o Pontífice. Ao criar, mostra a sua onipotência. Deus põe ordem, harmonia e beleza em todas as coisas, e não abandona suas criaturas. Assim, o mundo criado mostra vestígios da ação divina, que permitem vislumbrar a profunda verdade da criação e o amor de que está impregnada, mais além de uma análise meramente fática.
Por meio da revelação, o fiel pode ler no grande libro da natureza quem é Deus como Criador e Pai. O ápice da criação é o homem e a mulher, o ser humano: um ser pequeno em relação à imensidão do universo, porém o único que foi feito «à imagem de Deus», capaz de entender a sabedoria da sua obra, reconhecendo e louvando através dela o Criador.
Por isso, o homem goza da proteção especial de Deus, que fundamenta a inviolabilidade da dignidade humana, frente à tentação de ver na pessoas simples objetos inanimados para a própria utilidade.
“Queridos irmãos e irmãs, concluiu o Papa, viver de fé significa reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa pequenez, a nossa condição de criaturas deixando que o Senhor a preencha com o seu amor. O mal, com a sua carga de dor e de sofrimento, é um mistério que é iluminado pela luz da fé, que nos dá a certeza de nos livraremos dele.”
Após a catequese em italiano, Bento XVI fez um resumo da mesma em varias línguas, entre as quais o português:
Queridos irmãos e irmãs, no Credo, confessamos que Deus é o «criador do céu e da terra», como se lê no Génesis. Deus cria através da sua palavra: a vida surge, porque tudo obedece à Palavra divina. No vértice da criação, aparece o homem e a mulher: formados do pó da terra, possuem o sopro vital de Deus, e cada vida humana está sob a sua proteção. Esta é a razão mais profunda da inviolabilidade da dignidade humana. Viver na fé quer dizer reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa condição de criaturas. Por vezes, somos tentados a ver esta dependência do amor criador de Deus como um peso do qual libertar-se. Mas, indo contra o seu Criador, o ser humano renega a sua origem e a sua verdade, e o mal entra no mundo com a sua penosa cadeia de sofrimentos e morte. E, sozinhos, não podemos sair dela… As justas relações só podem ser reatadas, se Aquele, de quem nos afastamos, vier até nós e nos estender a mão. É o que faz Cristo! Percorre o caminho do amor, humilhando-Se até à morte de Cruz, para repor em ordem as nossas relações com Deus e com os outros. A Cruz torna-se a nova árvore da vida. De coração, saúdo os peregrinos de Guaratinguetá e todos os presentes de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade de Deus Pai criador, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia! Desça a sua Bênção generosa sobre vós e vossas famílias.
Ao final da saudação, o grupo brasileiro entoou para Bento XVI um hino a Nossa Senhora Aparecida.
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Rádio Vaticano
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