TER, 23 DE AGOSTO DE 2011 07:50POR: CNBB
O que está em jogo é o processo formativo do povo, no âmbito catequético. O Sulão da Catequese faz parte desse processo, agora com o tema “Mistagogia: novo caminho formativo de catequistas”. A motivação principal é o encontro com o Senhor, o “ver o Senhor”. É o aspecto do mistério dentro da Iniciação à Vida Cristã, para levar o catequizando a encontrar Jesus nos dados do patrimônio da fé que lhe são oferecidos.
A nossa reflexão deve preocupar-se muito com os ambientes motivadores da catequese, como a família e a comunidade cristã. Na roupagem e moldes da nova cultura, marcada de muito individualismo, uma catequese que consiga tocar os corações e as mentes dos interlocutores, dos catequizandos. Por isto, uma catequese com perspectiva cristológico-bíblica, com testemunho e que mostre a grandeza de Deus.
A realidade moderna exige formação dos catequistas para que saibam ler os desafios da cultura, reconheçam e anunciem Cristo com todas as suas exigências. Cada catequista deve se sentir chamado por Jesus e dar sua resposta de discípulo. Ele é mistagogo quando tem experiência do mistério com profundidade, quando consegue mergulhar-se nele. Isto supõe participação comunitária na fé e vivência dos sacramentos, dando dimensão missionária, profética e testemunhal.
O catequista mistagogo é aquela pessoa que reconhece o Mestre Jesus e se declara disposto a seguir os seus ensinamentos. Sente-se chamado por Deus e faz profunda experiência de Jesus Cristo. Ele testemunha sua fé na comunidade cristã, busca ter equilíbrio, capacidade de relacionamento com todos e consegue contagiar aqueles com quem convive. Com tudo isto, ele é interlocutor da fé, que ajuda os catequizandos na maturação de fé.
Por fim, o catequista mistagogo tem uma espiritualidade envolvente. Tem uma cumplicidade com Deus, sendo seu porta-voz. Tem experiência de intimidade com Deus na oração, na participação litúrgica, na leitura orante da Palavra de Deus, no seguimento de Jesus Cristo e na formação de comunidades cristãs. Ele, na oração e contemplação, procura ver a realidade, isto é, a vida com os olhos de Deus.
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