terça-feira, 20 de março de 2012

Quem está obrigado a se confessar?

Segundo o mandamento da Igreja, todo fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves, ao menos uma vez ao ano. Aquele que tem consciência de haver cometido um pecado mortal, não deve receber a sagrada comunhão, mesmo que tenha uma grande contrição, sem ter previamente recebido a absolvição sacramental; a não ser que tenha um motivo grave para comungar e não lhe seja possível encontrar-se com um confessor.

Não podemos nos descurar na confissão das faltas quotidianas (pecados veniais), vivamente recomendada pela Igreja. A confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a nossa consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixarmo-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo com maior frequência neste sacramento o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele.

Como se confessar?

Após um meticuloso exame de consciência para a confissão, por meio da oração e do exame de consciência, o fiel aguarda pacientemente a sua vez, invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e a graça de uma conversão radical. Aproximando-se do sacerdote no confessionário, ele faz o sinal-da-cruz e deve iniciar a confissão dizendo: "Padre, dai-me a vossa bênção, porque pequei". Em seguida, com a maior precisão possível, diz o tempo transcorrido desde a última confissão, seu estado de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado...) e se cumpriu a penitência recebida da última confissão. Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual. Segue-se a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que mais intensamente pesam na consciência.

Primeiro, são confessados os pecados graves ou mortais, conforme sua espécie e número, sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsabilidade. Para se obter um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados veniais. Depois, dispõe-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta. O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição. Ele despede-se do sacerdote respondendo à sua saudação: "Demos graças a Deus", e então permanece um pouco na Igreja agradecendo ao Senhor.

Torna-se oportuno, ainda, lembrarmo-nos o ato de contrição: “Meu Deus, tenho muita pena de ter pecado, pois ofendi a Vós e mereci ser castigado. Meu Pai e Salvador, perdoai-me, não quero mais pecar. Amém.”

A confissão é importante não só na quaresma, ou na Semana Santa, mas durante todo o ano, porque ela é justamente o sacramento que nos reconcilia e tem o poder curativo em nós, quando descobrimos que a cada confissão a gente se propõe a uma mudança. Ela é curativa e faz crescer. Sempre que você se restaura de um erro, de uma fragilidade, também se projeta para crescer, a partir daquilo.

De forma muito especial, na Semana Santa, a confissão é fundamental, porque é um tempo específico de conversão. Na verdade, a confissão é uma mola propulsora da conversão, da renovação, da páscoa, que é passagem do pecado para a vida da graça.

Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário judicial da Arquidiocese de Juiz de Fora e presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano 

Um comentário:

  1. Olá, casal.
    Gostei muito do tema!!!
    Estava precisando ler isso...
    Beijos. A paz de Jesus e o amor de Maria!
    http://catequeserenovadacomjesus.blogspot.com.br/

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